Formar para o cuidado: a Formação Humana Integral e o Ensino Integrado em saúde
DOI:
https://doi.org/10.15628/rbept.2021.12839Palavras-chave:
Cuidado. Enfermagem. Ensino Integrado. Formação Humana Integral. Gênero.Resumo
A pesquisa objetiva fazer uma discussão a respeito da Formação Humana Integral e Ensino Integral em saúde, destacando sua importância na formação profissional do técnico em enfermagem da Escola de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, instituição que compõe a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (EPT). Além disso, atentamos para a necessidade de problematizar, no interior da EPT enquanto campo epistêmico e modalidade educativa, os processos que naturalizam o cuidado enquanto prática vinculada às mulheres, colaborando para a manutenção de relações desiguais entre os gêneros. A fim de levantar tais discussões foi empregada metodologia de abordagem qualitativa e exploratória com o intuito de proporcionar uma maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito e descrever as características do grupo a ser estudado. O referencial teórico se concentrará na literatura acerca dos estudos de gênero, em diálogo constante com teóricos da Educação Profissional e como resultado, espera-se problematizar o trabalho do cuidado e considerar a onilateralidade na Educação Profissional em Saúde, levando em conta as relações de gênero.
Downloads
Referências
AGUIAR, Z. N. O Sistema Único de Saúde e as Leis Orgânicas da Saúde. In: AGUIAR, Z. N. (Org.). SUS: Sistema Único de Saúde – antecedentes, percurso, perspectivas e desafios. São Paulo: Martinari, 2011.
ARAÚJO, R. M. L. Práticas pedagógicas e ensino integrado. Curitiba: Instituto Federal do Paraná, 2014.
BOAVENTURA, E. M. Metodologia da pesquisa: monografia, dissertação, tese. 1ª Ed. São Paulo: Atlas, 2007.
BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 2020.
DURÃES, M.D. Análise das iniciativas do Ministério da Saúde para a formação profissional técnica de nível médio [dissertação]. Brasília (DF): Universidade de Brasília; 2013.
ESTÁCIO, M. M. S et al. A formação profissional em saúde na rede federal de educação profissional e tecnológica. Revista brasileira da educação profissional tecnológica, v.2, 2018. Disponível em: <http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index. php/RBEPT/article/view/7270>. Acesso em: 13 jan. 2020.
FEDERICI, S. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. Trad. Coletivo Sycorax. São Paulo: Elefante, 2017.
FOUCAULT, M. Vigiar e Punir: Nascimento da prisão. Edição 20ª. Petrópolis, RJ. Editora Vozes. 1999.
FOUCAULT, M. História da sexualidade 1: vontade de saber. Rio de Janeiro, Edições Graal, 1988.
FUINI, L. L.; A Educação Profissional e Tecnológica no brasil: um estudo através da perspectiva foucaultiana. Revista Brasileira da Educação Profissional e Tecnológica, [S.l.], v. 1, n. 20, p. e9882, mar. 2021.
GELBCKE, F. L. et al. A práxis da enfermeira e a integralidade no cuidado. Enfermagem em Foco. Brasília: 2011; 2(2): p.116-119.
GIL, A. C. Como elaborar Projetos de Pesquisa. 5ª Ed. São Paulo: Atlas S.A., 2010.
GLEYSE, J. A instrumentalização do corpo: uma arqueologia da racionalização instrumental do corpo, da Idade Clássica à Época Hipermoderna. Tradução de Avelino Aldo de Lima Neto, Cláudia Emília Aguiar Moraes e Fábio Luís Santos Teixeira. São Paulo: LiberArs, 2018.
HIRATA, H. et al. (org). Organização, trabalho e gênero. São Paulo: Senac, 2007.
KERGOAT, D. Divisão sexual do trabalho e relações sociais de sexo. In: HIRATA, H. et al. Dicionário crítico do feminismo. São Paulo: UNESP, 2009.
KUENZER, A. Z. A formação de professores para o Ensino Médio: velhos problemas, novos desafios. Educação e Sociedade. Campinas, v. 32, n. 116, set. 2011 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101 73302011000300004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 17 jan. 2020.
LE BRETON, D. A Sociologia do Corpo. Trad. Sônia M. S. Fuhrmann. Petrópolis: Vozes, 2011.
LOURO, G. L. et. al. Pedagogias da sexualidade. In: O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autentica, 1999.
MANACORDA, M. O homem onilateral. In: Marx e a pedagogia moderna. São Paulo: Cortez, 2000.
MANFREDI, S. M. Educação profissional no Brasil. São Paulo: Cortez, 2002.
MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. Trad. Jesus Ranieri. São Paulo: Boitempo, 2010.
MINAYO, M. C. S. (org). O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14. ed. São Paulo: Hucitec, 2014.
______. Análise qualitativa: teoria, passos e fidedignidade. Ciência e Saúde Coletiva, ABRASCO, v. 7, n. 3, p. 621-626, 2012.
MORTARI. L. Filosofia do cuidado. São Paulo: Paulus, 2018.
PEREIRA, I.B., LIMA, J. C. F. Dicionário da educação profissional em saúde 2.ed. rev. ampl. - Rio de Janeiro: EPSJV, 2008.
OGUISSO, T.; FREITAS, G. F. Memória e história na construção da identidade profissional da enfermagem. In: Trajetória histórica da enfermagem. Taka
Oguisso (Org.). Barueri, SP: Manole, 2014.
RAGO, M. Epistemologia Feminista, Gênero e História. In.: PEDRO, Joana; GROSSI, Miriam (orgs.). Masculino, Feminino, Plural. Florianópolis: Ed. Mulheres,1998.
RAMOS, M. Concepções e práticas pedagógicas nas Escolas Técnicas do Sistema Único de Saúde: fundamentos e contradições. Trabalho, Educação e Saúde. Rio de Janeiro, v. 7, suplemento, p. 153-173, 2009.
RAMOS, M. N.; FRIGOTTO, G. “Resistir é preciso, fazer não é preciso”: As contra-reformas do ensino médio no Brasil. Cadernos de pesquisa em educação PPGE-UFES, v. 19, p. 26-47, 2017.
SILVA, V. O.; SANTANA, P.M. M. A. Conteúdos curriculares e o Sistema Único de Saúde (SUS): categorias analíticas, lacunas e desafios. Interface (Botucatu)[online]. 2015, vol.19, n.52, pp. 121-132, 2014. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1414-32832014000200313&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 20 mai. 2020.
SOUSA JÚNIOR, J. Omnilateralidade. PEREIRA, I. B.; LIMA, J.C.F. (Org.). In: Dicionário de educação profissional em saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, 2009.
TONET, I. Interdisciplinaridade, formação humana e emancipação humana. In: Serviço Social e Sociedade, São Paulo, nº 116, p. 725-742, out/dez 2013. Disponível em. Acesso em 03 de Mai. de 2017.
TORREZ, M. N. F. B; BARROS L. R.; GOULART, V. M. P. A Educação Profissional de nível técnico e a estratégia saúde da família: renova-se o desafio. R. Bras. Enferm. , Brasília, v. 53, n. especial, p. 6 1 -69 dez. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reben/v53nspe/v53nspea08.pdf>. Acesso em: 07 jan. 2020.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. Resolução nº 009/2019 - CONSUNI, de 03 de abril de 2019. Aprova o Regimento interno da Escola de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – ESUFRN – Unidade Acadêmica Especializada em Educação Profissional em Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Natal/RN, 03 abr. 2019. Disponível em: < http://escoladesaude.ufrn.br/media/uploads/2021/02/01/regimento-interno-esufrn_resolucao-09_19_consuni.pdf >. Acesso em: 15 jun. 2021.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O autor na submissão do artigo transfere o direito autoral ao periódico. À Revista Brasileira da Educação Profisisonal e Tecnológica ficam reservados os direitos autorais pertinentes a todos os artigos nela publicados.