Formação e inserção no mercado de trabalho a partir da compreensão dos egressos dos cursos técnicos de nível médio em Minas Gerais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/rbept.2024.15772

Palavras-chave:

Educação Profissional de Nível Médio

Resumo

Este estudo tem como objetivo analisar a formação e a inserção profissional no mercado de trabalho dos egres-sos de cursos técnicos de nível médio no Estado de Minas Gerais. Na primeira fase da pesquisa, foi aplicado um questionário eletrônico, semi-estruturado, com 20 egres-sos, de 5 cidades distintas. Na segunda fase da pesquisa, foram realizadas entrevistas, semi-estruturadas, por vide-ochamada, com 8 egressos, de 3 cidades distintas. Am-bos, egressos, desta pesquisa são concluintes de cursos presenciais da EPTNM do estado de Minas Gerais, entre os anos de 2015 a 2019. A metodologia utilizada neste estudo é de abordagem qualitativa, de caráter explorató-rio, a partir das pesquisas bibliográfica, documental e de dados estatísticos. Para o tratamento e a interpretação dos dados obtidos, recorreu-se à análise de conteúdo. A problemática levantada na pesquisa foi: um ensino técnico – atrelado aos dados estatísticos do INEP e em conjunto com pesquisas qualitativas que analisam a formação e a inserção no mercado de trabalho dos egressos técnicos de nível médio – pode contribuir de que forma para a me-lhoria da formação técnica e do acesso dos jovens ao mercado de trabalho? Os resultados apresentados nesta pesquisa revelam o que o ensino técnico, atrelados a po-líticas públicas que promovam a equidade, a uma forma-ção integral emancipatória, possa de fato, possibilitar uma maior inserção ao mercado de trabalho dos futuros egres-sos de nível técnico. No entanto, ressalta, que a limitações a ser superada, uma delas é que os estudantes técnicos de nível médio, no seu processo de formação possam su-perar essa dicotomia, não apenas associando a formação técnica ao emprego imediato, mas, buscando nas condi-ções existentes a oportunidade de trabalho digno, que muitas vezes, exige um grau mais elevado de escolari-dade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adriana Maria Tonini, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Adriana Maria Tonini é professora associada da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG). Doutora em Educação.

Erick Fonseca Boaventura, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG)

Erick Fonseca Boaventura é professor da área de Controle e Processos Industriais do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG), Campus Sabará. Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG). Engenheiro de Produção.

Referências

ANTUNES, R. O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviços na era digi-tal. São Paulo: Boitempo, 2018.

ASHOKA, A. O ser e o agir transformador: para mudar a conversa sobre educação. São Paulo: 2017.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2016.

BRASIL. Ministério da Educação. Catálogo nacional de Cursos Técnicos. 3. ed. Brasília: 2014. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_doc-man&view=download&alias=41271-cnct-3-edicao-pdf&cat. Acesso em: 23 mar. 2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Catálogo nacional de Cursos Técnicos. 4. ed. Brasília: 2020. Disponível em: http://cnct.mec.gov.br/cnct-api/catalogopdf. Acesso em: 24 mar. 2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos.

BRASIL. Decreto nº 13.064, de 12 de junho de 1918. Implementa um novo regula-mento às Escolas de Aprendizes Artífices. Disponível em: https://www2.ca-mara.leg.br/legin/fed/de-cret/1910-1919/decreto-13064-12-junho-1918-499074-repu-blicacao-95621-pe.html. Acesso em: 14 mar. 2022.

BRASIL. Decreto nº 7.566, de 23 de setembro de 1909. Cria nas capitais dos Esta-dos da República Escola de Aprendizes Artífices, para o ensino profissional primário e gratuito. Coleção das Leis da República dos Estados Unidos do Brasil - 1909. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1913. v. 2, p. 445-447.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio.

Resolução CNE/CEB nº 6, de 20 de 20 setembro de 2012. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11663-rceb006-12-pdf&category_slug=setembro-2012-pdf&Itemid=30192. Acessado em: 27 jan. 2021.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. 2013. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Dis-ponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/julho-2013- pdf/13677-diretrizes-educa-cao-basica-2013-pdf/file. Acesso em: 21 abr. 2022.

BRASIL. Ministério da Saúde. Ofício Circular nº 2/2021. Brasília, DF: Ministério da Educação, 24 fev. 2021. Assunto: Orientações para procedimentos em pesquisas com qualquer etapa em ambiente virtual. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/ima-ges/Oficio_Circu-lar_2_24fev2021.pdf. Acesso em: 30 abr. 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pes-quisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, n. 12, p. 59-62, 13 jun. 2013. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/resolu-coes/2012/Reso466.pdf. Acesso em: 18 mar. 2021.

Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 510, de 07 de abril de 2016. Dispõe sobre as normas aplicáveis a pesquisa em ciências humanas e sociais cujos procedimentos metodológicos envolvam a utilização de dados direta-mente obtidos com os participantes ou de informações identificáveis ou que possam acarretar riscos maiores do que os existentes na vida cotidiana. Brasília, Diário Oficial da União, 24 maio 2016. Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publis-her/Kujrw0TZC2Mb/content/id/22917581. Acesso em: 18 mar. 2021.

CIAVATTA, M. A FORMAÇÃO INTEGRADA A ESCOLA E O TRABALHO COMO LUGARES DE MEMÓRIA E DE IDENTIDADE. Revista Trabalho Necessário, v. 3 n. 3 (2005).

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS. CEFET-MG. CEFET-MG em Números. CEFET: 2018. Disponível em: <https://www.cefe-tmg.br/wp-content/uploads/2019/09/CEFET_EM_NUMEROS_2017.pdf.>Acesso em: 21 jan. 2022.

CORDÃO, F. A.; MORAES, F. Educação Profissional no Brasil: síntese histórica e perspectivas. São Paulo: Editora Senac, 2017.

DE NEGRI, F. Novos caminhos para a inovação no Brasil. Washington, DC: Wilson Center, 2018.

DUTRA, J. S.; DUTRA, T. A.; DUTRA, G. A. Gestão de pessoas: Realidade Atual e Desafios Futuros. São Paulo: Atlas, 2017.

FEGARO, R. O mundo do trabalho e as organizações: abordagens discursivas de diferentes significados. ORGANICOM, São Paulo, n. 9, p. 90-100, 2008.

FRANCO, V. M. M. Anais do Senado. Imprensa Oficial, Ouro Preto, 1892.

FRIGOTTO, G. (Org.). Educação e crise do trabalho: perspectivas de final de sé-culo. Petrópolis: Vozes, 1998.

FRIGOTTO, G.; CIAVATTA, M.; RAMOS, M. A gênese do Decreto 5.154/2004: um debate no contexto controverso da democracia restrita. Trabalho Necessário, Niterói, v. 3, n. 3, p. 1- 26, 2005.

IBGE (2021). População Estimada do Estado de Minas Gerais no ano de 2021. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/mg.html. Acesso em 25 dez. 2021.

INEP. Ministério da Educação. Anuário Estatístico da Educação Profissional e Tecnológica. Ano base 2019. Disponível em:https://download.inep.gov.br/publicacoes/institucio-nais/estatisticas_e_indicadores/anuario_estatistico_educacao_profissional_tecnolo-gica_2019.pdf. Acesso em: 15 abr. 2022.

KRAWCZYK, N.; FERRETI, C. J. Flexibilizar para quê? Mais verdade da “reforma”. Retratos da Escola. v. 11, n. 20, jan/jun. 2017. p. 33-44.

LEMOS, A. H. C.; DUBEUX, V. J. C.; PINTO, M. C. S. Educação, empregabilidade e mobilidade social: convergências e divergências. Cadernos EBAPE. BR, v. 7, n. 2, artigo 8, Rio de Janeiro, jun., p. 368-384, 2009.

LUND, S. et al. The Future of Work in America. Mckinsey Global Institute, 2019.

MANYIKA, J. et al. A Future That Works. Mckinsey Global Institute, 2016.

Minas Gerais. (1898). Decreto nº 1.127, de 14 de abril de 1898. Promulga o regula-mento dos Institutos de ensino profissional primário.

Minas Gerais. (1906). Lei nº 444, de 3 de outubro de 1906. Contém disposições relativas ao Ensino Técnico Prático e Profissional.

Minas Gerais. (1911). Decreto nº 3.191, de 9 de junho de 1911. Belo Horizonte, MG: Imprensa Oficial.

MORAES, M. C. Pensamento eco-sistêmico: educação, aprendizagem e cidada-nia no século XXI. Petrópolis: Vozes, 2004.

MINAYO, M. C. S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 29. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

OBSERVATÓRIO DO PNE. Indicador das Metas e Estratégias do PNE 2014-2024 [online]. Brasília: Observatório do PNE/BID, 2020. Disponível em: <http://www.observatoriodopne.org.br>. Acesso em 11 mar. 2023.

PIMENTEL, F. M. Anais da Câmara dos Deputados. Imprensa Oficial, Ouro Preto, 1896.

RIBEIRO, E. C. S. R.; SOBRAL, K. M.; JATAÍ, R. P. Omnilateralidade, politecnia, es-cola unitária e educação tecnológica: uma análise marxista. Anais... Jornada Inter-nacional de Estudos e Pesquisas em Antonio Gramsci, 1., 2016, p. 1-11, Ceará: UFC, 2016.

RAMOS, M. Concepção de ensino médio integrado. Secretaria de Educação do Estado do Paraná, 2008. Disponível em: https://tecnicadmiwj.files.word-press.com/2008/09/texto-concepcao-do-ensino-medio-integrado-marise-ramos1.pdf. Acesso em: 26 set. 2021.

RAMOS, M. N. Possibilidades e desafios na organização do currículo integrado. In: FRIGOTTO, G..; CIAVATTA, M.; RAMOS, M. N. (Orgs.). Ensino Médio Integrado: concepção e contradições. 3. ed., p. 107-128, São Paulo: Cortez, 2012.

RAMPAZZO, Lino. Metodologia Científica: Para alunos dos cursos de graduação e pós-graduação. 3. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2005.

RODRIGUES, M. U. (Org.). Análise de Conteúdo em Pesquisas Qualitativas na área da Educação Matemática. Curitiba, PR: Editora CRV, 2019.

SAVIANI, D. Trabalho e educação: fundamentos ontológicos e históricos. Revista Brasileira de Educação, v.12, n.34, p.152-165, 2007.

SAVIANI, D. Sistema Nacional de Educação articulado ao Plano Nacional de Educação. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 15, n. 44, p. 380-412, maio/ago. 2010.

SENA, Joaquim Cândido da Costa. Anais do Senado. Imprensa Oficial, Ouro Preto, 1892.

SETEC/MEC (Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica/Ministério da Educação e Cultura). Proposta em discussão: Políticas

Públicas para a Educação Profissional e Tecnológica. Brasília: SETEC/MEC, 2004.

SILVA, D. J. A. A organização curricular do IFPR Campus Jacarezinho: Pressupostos teóricos e princípios. In: SILVA, C. N. N.; ARAÚJO, A. C. (Orgs). Ensino Médio Inte-grado no Brasil: fundamentos, práticas e desafios. Brasília: Ed. IFB, 2017.

VINUTO, J. A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa: um debate em aberto. Temáticas, Campinas, v. 22, n. 44, p. 203-220, 2014.

Downloads

Publicado

02/09/2024

Como Citar

RAFAEL ANTUNES, João Batista; MARIA TONINI, Adriana; BOAVENTURA, Erick Fonseca. Formação e inserção no mercado de trabalho a partir da compreensão dos egressos dos cursos técnicos de nível médio em Minas Gerais. Revista Brasileira da Educação Profissional e Tecnológica, [S. l.], v. 2, n. 24, p. e15772, 2024. DOI: 10.15628/rbept.2024.15772. Disponível em: https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/RBEPT/article/view/15772. Acesso em: 2 set. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS

Artigos Semelhantes

<< < 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.