Diferenciação curricular no Ensino Médio Integrado: recursos acessíveis, mediação pedagógica e trabalho colaborativo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/rbept.2022.11492

Palavras-chave:

Educação profissional e tecnológica. Ensino Médio Integrado. Educação Especial. Diferenciação curricular.

Resumo

Os debates em torno da diferenciação curricular não se constituem como uma novidade no campo educacional. Hodiernamente, esta temática tem ganhado especial atenção no campo da Educação Profissional e tecnológica, devido ao aumento significativo de matrículas de estudantes com deficiência nesta modalidade de ensino. Neste estudo, serão analisadas as possibilidades de diferenciação curricular para o trabalho pedagógico no contexto do Ensino Médio Integrado (EMI), objetivando apresentar possibilidades teóricas e metodológicas para os docentes que atuam nessa modalidade de ensino. Com base nas análises foi possível mapear três sentidos que a diferenciação curricular assume no contexto do EMI, quais sejam: o primeiro refere-se à criação de recursos acessíveis, o segundo sentido refere-se às estratégias de mediação pedagógica e o terceiro refere-se ao trabalho colaborativo. 

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Biografia do Autor

Renata Porcher Scherer, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense

Doutora (2019) e mestra (2015) em Educação, especialista em Educação Especial (2012) e graduada em Educação Física (2007) pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Licenciada em Pedagogia (2019) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua como professora no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense- Câmpus Camaquã. Integra o Grupo Interinstitucional de Pesquisa em Docências, Pedagogias e Diferenças (GIPEDI/CNPq).

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Publicado

04/02/2022

Como Citar

SCHERER, Renata Porcher. Diferenciação curricular no Ensino Médio Integrado: recursos acessíveis, mediação pedagógica e trabalho colaborativo. Revista Brasileira da Educação Profissional e Tecnológica, [S. l.], v. 1, n. 22, p. e11492, 2022. DOI: 10.15628/rbept.2022.11492. Disponível em: https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/RBEPT/article/view/11492. Acesso em: 22 dez. 2024.

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