Estrutura de dependência espacial da eficiência relativa em Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia brasileiros

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/rbept.2025.16470

Palavras-chave:

Desempenho, Instituições de ensino, Recursos públicos, Geoestatística

Resumo

Considerando o papel dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFETs) brasileiros, essa pesquisa tem como objetivo verificar a relação entre a dependência espacial e os níveis de eficiência relativa da gestão de recursos públicos financeiros em relação a essas instituições de ensino. Por meio de uma análise geoestatística, constatou-se que de modo geral, o plano de expansão dos IFETs, iniciado em 2005 cumpriu seu objetivo. A pesquisa aponta que a Região Norte do país possui o melhor escore de eficiência relativa considerando os indicadores utilizados nesse trabalho, seguida pela região Centro Oeste. Partindo dessa premissa, observa-se que a proposta de interiorização da educação profissional foi alcançada, ainda que hajam grandes desafios em equilibrar o desempenho destas instituições.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sheldon William Silva, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais

Doutor em Administração pela Universidade Federal de Lavras. Mestre em Administração pela Fundação Pedro Leopoldo. Especialista em Gestão Empresarial, Metodologias Ativas e Docência na Educação Profissional. Bacharel em Administração com Habilitação em Comércio Exterior pela Universidade do Estado de Minas Gerais. Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico da área de Administração no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais. Docente desde 2007 em cursos de graduação e pós-graduação na área de gestão. Avaliador de cursos de graduação pelo INEP/MEC.

Gideon Carvalho de Benedicto, Universidade Federal de Lavras

Possui graduação em Ciências Contábeis pela Faculdade de Ciências e Letras de Campo Mourão (1983), mestrado em Ciências Contábeis e Atuariais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1992) e doutorado em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de São Paulo (1997). Atualmente é professor associado da Universidade Federal de Lavras. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Contabilidade, atuando principalmente nos seguintes temas: contabilidade, finanças, controladoria, avaliação, controle e gestão de empresa.

Franscisval de Melo Carvalho, Universidade Federal de Lavras

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura de Lavras, atual Universidade Federal de Lavras (1987) e mestrado em Administração Rural pela mesma instituição (1992). Em 2009 concluiu o doutorado no Programa de Pós-graduação em Administração de Empresas da Universidade Presbiteriana Mackenzie na área de concentração Finanças Estratégicas. É Professor Titular da Universidade Federal de Lavras e atual diretor da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas. 

Referências

ANDRIOTTI, J. L. S. Introdução à geoestatística. Acta Geológica Leopoldensia, São Leopoldo, v. 11, n. 27, p. 5-81, 1988.

BERNARDES, J. S. Foco nas políticas de avaliação, na regulação e na supervisão dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia a partir de atos normativos. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas), v. 27, n. 2, p. 366-387, 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/s1414-40772022000200009

BRASIL. Decreto n. 11.195, de 18 de novembro de 2005. Dá nova redação ao § 5º do art. 3º da Lei nº 8.948, de 8 de dezembro de 1994. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF: 2005. Disponível em: < http://www.pla-nalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11195.htm>. Acesso em: 05 fev. 2022.

BRASIL. Lei n. 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências.. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF: 2008. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br-/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11892.htm>. Acesso em: 05 fev. 2022.

CARDOSO, D. S. et al. Educação Profissional na Bahia: expansão dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia baiano. Encontro Internacional de Formação de Professores e Fórum Permanente de Inovação Educacional, v. 9, n. 1, 2016

CARNEIRO, M. F. Ajuste automático de semivariograma no GeoLeap com modelos: esférico, exponencial e gaussiano. 2018. 54 p. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia de Petróleo. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2018.

CARVALHO, N. B. et al. The internalization of Federal Institutes in Brazil as a strategy for the expansion of Higher Education: a look at the state of Bahia. Revista Cocar, v. 16, n. 34, p. 1-23, 2022.

CASADO, F. L. Análise envoltória de dados: conceitos, metodologia e estudo da arte na educação superior. Revista Sociais e Humanas, v. 20, n. 1, p. 59-71, 2007.

COSTA, A. C. Geoestatística: Motivação e Conceitos Básicos. 2009. Disponível em:< https://www.researchgate.net/profile/Ana-Costa94/publication/266290911_Geoestatistica_-Motivacao_e_Conceitos_Basicos/links/55377b860cf268fd0018a0c0/Geoestatistica-Motivacao-e-Conceitos-Basicos.pdf >. Acesso em: 05 jul. 2022.

DE LA TORRE, E. M. et al. The relevance of knowledge transfer for universities' efficiency scores: an empirical approximation on the Spanish public higher education system. Research Evaluation, v. 26, n. 3, p. 211-229, 2017. DOI: https://doi.org/10.1093/reseval/rvx022

DUTRA, R. S. et al. Determinantes do desempenho educacional dos institutos federais do Brasil no Exame Nacional do Ensino Médio. Educação e Pesquisa, v. 45, p. 1-23, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/s1678-4634201945199962

DYSON, R. G. et al. Pitfalls and protocols in DEA. European Journal of operational research, v. 132, n. 2, p. 245-259, 2001. DOI: https://doi.org/10.1016/S0377-2217(00)00149-1

GOMES, N. M. et al. Métodos de ajuste e modelos de semivariograma aplicados ao estudo da variabilidade espacial de atributos físico-hídricos do solo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 31, p. 435-443, 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-06832007000300003

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: notas metodológicas. Rio de Janeiro: IBGE, 2022.

INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Censo da Educação Básica 2019: resumo técnico. Brasília, 2021.

KRIESER, A. et al. Eficiência técnica dos Institutos Federais por meio da análise envoltória de dados (DEA). Brazilian Journal of Development, v. 4, n. 1, p. 145-166, 2018.

MEC. Ampliar a presença da rede federal de educação profissional em todo o Brasil é o objetivo do Plano de Expansão da Rede Federal. Sítio Eletrônico, Programas e Ações da Setec. Disponível em:< http://portal.mec.gov.br/setec-programas-e-acoes/expansao-da-rede-federal>. Acesso em: 05 fev. 2022.

MEDEIROS, M; OLIVEIRA, L. F. B. Desigualdades regionais em educação: potencial de convergência. Sociedade e Estado, v. 29, p. 561-585, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-69922014000200012

MELLO, J. M. Geoestatística aplicada ao inventário florestal. 2004. 110 p. Tese (Doutorado em Recursos Florestais) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2004.

MELLO, J. C. C. B. S. et al. Curso de Análise de Envoltória de Dados. In: Anais do XXXVII Simpósio Brasileiro de Pesquisa Operacional (SBPO). Gramado-RS, 2005.

MORAES, G. H; ALBUQUERQUE, A. E. M. As Estatísticas da Educação Profissional e Tecnológica-Silêncios Entre os Números da Formação de Trabalhadores. Textos para discussão, n. 45, p. 54-54, 2019. DOI: https://doi.org/10.24109/1414-0640.TD.2019.45

MOREIRA, N. P. Análise espacial e temporal da eficiência relativa em universidades federais brasileiras sob a política pública REUNI. 2018. 134 p. Tese (Doutorado em Administração)-Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2018.

OLIVEIRA, R. P. et al. Geoestatística aplicada na agricultura de precisão utilizando o Vesper. Brasília: Embrapa, 2015.

OCDE. Education policy outlook Brazil: With a focus on international policies. Paris: OECD Publishing, 2021. Disponível em: <https://www.oecd.org/education/policy-outlook/country-profile-Brazil-2021-INT-EN.pdf>. Acesso em: 06 jun. 2022.

PACHECO, E. M. Os institutos federais: uma revolução na educação profissional e tecnológica. Natal: Editora do IFRN, 2010.

PEÑA, C. R. Um modelo de avaliação da eficiência da administração pública através do método análise envoltória de dados (DEA). Revista de Administração Contemporânea, v. 12, n. 1, p. 83-106, 2008. DOI: https://doi.org/10.1590/S1415-65552008000100005

PNP, Plataforma Nilo Peçanha. Dados relativos ao corpo docente, discente, técnicoadministrativo e de gastos financeiros das unidades da Rede Federal. Brasília, 2018. Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br/pnp>. Acesso em: 06 jun. 2022.

R, C. T. R Core Team: A language and environment for statistical computing R Foundation for Statistical Computing. Vienna, Austria, 2013.

REIS, J. G. A; BARROS, R. P. Desigualdade salarial e distribuição de educação: a evolução das diferenças regionais no Brasil. Pesquisa e planejamento econômico, v. 20, n. 3, p. 415-478, 1990.

RODRIGUEZ, R. S; GONÇALVES, E. Hierarquia e concentração na distribuição regional brasileira de invenções por tipos de tecnologias. Revista Brasileira de Inovação, v. 16, n. 2, p. 225-266, 2017. DOI: https://doi.org/10.20396/rbi.v16i2.8650107

VALENCIA, L. I. O. et al. Geoestatística aplicada à Agricultura de Precisão. Agricultura de precisão para o manejo da fertilidade do solo em sistema plantio direto. Brasília: Embrapa, 2004.

YAMAMOTO, J. K; LANDIM, P. M. B. Geoestatística: conceitos e aplicações. São Paulo: Oficina de textos, 2015.

Downloads

Publicado

08.09.2025

Como Citar

SILVA, Sheldon William; BENEDICTO, Gideon Carvalho de; CARVALHO, Franscisval de Melo. Estrutura de dependência espacial da eficiência relativa em Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia brasileiros. Revista Brasileira da Educação Profissional e Tecnológica, [S. l.], v. 3, n. 25, p. e16470, 2025. DOI: 10.15628/rbept.2025.16470. Disponível em: https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/RBEPT/article/view/16470. Acesso em: 18 out. 2025.

Edição

Seção

Volume Especial - 2025

Artigos Semelhantes

> >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.