Estarão as (os/es) Profissionais da Psicologia Preparadas (os/es) para o Atendimento de Pessoas Trans?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/rbept.2021.13170

Palavras-chave:

Sexualidade, Gênero, Transgênero, Formação em Psicologia.

Resumo

Estarão as(os/es) psicólogas(os/es) preparados para o atendimento de pessoas trans? O presente estudo qualitativo objetivou averiguar se houve a transmissão de informações sobre a temática da transexualidade na formação acadêmica de psicólogas(os/es) brasileiros(as/es). Através de formulário online, foram obtidas cento e trinta e três respostas de psicólogas(os) voluntárias(os) das cinco regiões do país, que demonstram que pouco se aborda sobre a temática da transexualidade na formação em Psicologia, ainda que nos últimos anos tenha havido espaços para a transmissão e aquisição de conhecimentos sobre temáticas das sexualidades, gêneros e transexualidade nos cursos em Psicologia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fernanda Rafaela Cabral Bonato, Universidade Federal do Paraná

Psicóloga, doutoranda em Psicologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Mestre em Psicologia também pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Possui pós graduação em Sexualidade Humana pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP - 2014) e pós graduação em Psicopedagogia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUPPR - 2010). É graduada em Direito pela Universidade Positivo (UP - 2009) e em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR - 2004). Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em psicologia clínica.

Adriane Mussi, Universidade Federal do Paraná

Psicóloga. Possui pós-graduação em Sexualidade Humana pela Universidade Positivo (2019), graduação em Direito pela UniCuritiba (2010) e graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Paraná (2019).

Referências

ANTRA. Boletim n. 03/2020: assassinatos contra travestis e transexuais em 2020. Rio de Janeiro: documento eletrônico, 2020a. Disponível em: https://antrabrasil.files.wordpress.com/2020/06/boletim-3-2020-assassinatos-antra.pdf. Acesso em: 10 ago. 2021.

BONATO, F. R. C. A formação científica sobre sexualidade nos cursos de graduação em Psicologia da região de Curitiba. 2019. 176 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Setor de Psicologia. Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2019. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/61911. Acesso em: 17 set. 2021. https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/61911

BUTLER, J. Regulações de gênero. Cadernos pagu, v. 42, p. 249-274, jan.-jun. 2014 Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/cpa/n42/0104-8333-cpa-42-00249.pdf.

BUTLER, J. Problemas de gênero: Feminismo e subversão da identidade. 8 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015. 288 p..

BUTLER, J. Corpos que pesam: sobre os limites dos discursos do “sexo”. In: Louro, G. L. (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016. P. 151-166.

BRASIL. Lei nº 4.119, de 27 de agosto de 1962. Dispõe sobre os cursos de formação em psicologia e regulamenta a profissão de psicólogo. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4119.htm. Acesso em: 23 set. 2021.

BRASIL. Lei n o. 5.766, de 20 de dezembro de 1971. Cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5766.htm. Acesso em: 23 set. 2021.

BRASIL. Decreto-Lei nº 79.822, de 17 de junho de 1977. Regulamenta a Lei nº 5.766, de 20 de dezembro de 1971, que criou o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D79822.htm. Acesso em: 23 set. 2021.

CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Resolução n o. 5, de 05 de março de 2011. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Psicologia, estabelecendo normas para o projeto pedagógico complementar para a Formação de Professores de Psicologia. Brasília: Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, 2011. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=7692-rces005-11-pdf&category_slug=marco-2011-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 23 set. 2021.

CASTRO, A. E. F de; YAMAMOTO, O. H. A Psicologia coo profissão feminina: apontamentos para estudo. Estudos de Psicologia. v. 3, n. 1, p. 147-158. 1998. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/epsic/v3n1/a11v03n1. Acesso em: 23 set. 2021.

CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO. Parecer nº. 403, de 19 de dezembro de 1962. Dispõe sobre currículo mínimo dos cursos de Psicologia. Brasília: Ministério da Educação e Cultura, 1962. Disponível em: www.abepsi.org.br/portal/wpcontent/uploads/2011/07/1962-parecern403de19621.pdf. Acesso em: 23 set. 2021.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução no 08, de 02 de fevereiro de 1975. Aprova, até posterior revisão, o Código de Ética, elaborado pela Associação Brasileira de Psicólogos, introduzidas algumas modificações, para melhor adequá-lo à legislação vigente. Brasília: Conselho Federal de Psicologia, 1975. Disponível em: https://atosoficiais.com.br/BR/CONSELHO.../RESOLUCAO-CFP-8-1975-CFP-BR.pdf. Acesso em: 23 set. 2021.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Código de Ética Profissional do Psicólogo. Brasília: Conselho Federal de Psicologia, 1995. Disponível em: http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo_etica.pdf. Acesso em: 23 set. 2021.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Contribuições do Conselho Federal de Psicologia à discussão sobre a formação da(o) psicóloga(o). Brasília: Conselho Federal de Psicologia, 2013. Disponível em: http://newpsi.bvs-psi.org.br/ebooks2010/pt/Acervo_files/discussao_sobre_a_formacao_do_psicologo.pdf. Acesso em: 23 set. 2021.

CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DO PARANÁ. Ano de formação em Psicologia 2018: revisão das diretrizes curriculares nacionais para os cursos de graduação em Psicologia, 2018. Brasília: Conselho Federal de Psicologia, 2018 a. Disponível em: http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2018/01/cartilha-Ano-da-Forma%C3%A7%C3%A3o-em-Psicologia.pdf. Acesso em: 23 set. 2021.

CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DO PARANÁ. Nota técnica no. 02, de 15 de agosto de 2018. Orienta os(as) profissionais da Psicologia no atendimento às pessoas transexuais e travestis, promovendo o acolhimento, o acompanhamento, a autonomia e a despatologização. Curitiba: Conselho Regional de Psicologia do Paraná, 2018 b. Disponível em: https://crppr.org.br/wp-content/uploads/2018/08/nt-002-2018.pdf. Acesso em: 23 set. 2021.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução nº. 01 de 29 de janeiro de 2018. Estabelece normas de atuação para as psicólogas e os psicólogos em relação às pessoas transexuais e travestis. Brasília: Conselho Federal de Psicologia, 2018. Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2018/01/Resolu%C3%A7%C3%A3o-CFP-01-2018.pdf. Acesso em: 23 set. 2021.

CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL. Nota técnica do CRPRS acerca da produção de documentos psicológicos em situações de alteração/adequação de nome no registro civil e de procedimentos de modificação corporal de pessoas transexuais e travestis. Porto Alegre: Conselho Federal de Psicologia do Rio Grande do Sul, 2016. Disponível em: https://www.crprs.org.br/conteudo/nt01.pdf. Acesso em: 23 set. 2021.

FOUCAULT, M. História da sexualidade I: A vontade de saber. 2 ed. São Paulo: Paz e terra, 2015. 175 p.

GALLAS, A. K. C.; BRITO, A. K. M.; SILVA, F. M. V. da. (2019) A despatologização das indentidades TRANS e a psicologia brasileira frente a luta pelos direitos LGBTQI+. Josshe. v. 2, n. 2, p. 51-58, jul.-dez. 2019. Disponível em: https://lestu.org/journals/index.php/josshe/article/view/53/110. Acesso em: 23 set. 2021.

INTERNACIONAL COMISSION OF JURISTIS(ICJ). Yogyakarta Principles– Principles on the application of international human rights law n relation to sexual orientation and gender identity. 2007. Disponível em: Recuperado de https://www.refworld.org/docid/48244e602.html. Acesso em: 23 set. 2021.

ISAY, R. A. Tornar-se gay: o caminho da auto-aceitação. São Paulo: GLS, 1998. 184 p.

JESUS, J. G. Orientações sobre a população transgênero: conceitos e termos / Jaqueline Gomes de Jesus. Brasília: Autor, 2012. 24 p. Disponível em: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/16/o/ORIENTA%C3%87%C3%95ES_POPULA%C3%87%C3%83O_TRANS.pdf?1334065989. Acesso em: 23 set. 2021.

LEÃO, I. V.; CASTANHO, W. G. T. Identidade de gênero e orientação sexual no currículo: fundamentos e ameaças de direitos LGBTI. In:

OLIVEIRA, L. Z. de; KIRCHOFF, R. dos S. Educação e interseccionalidades. Curitiba: Ed. NEAB-UFPR, 2018. p. 87-102. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Fabiola-Goncalves/publication/338677413_Praticas_de_leitura_com_leitoras-reeducandas_em_cumprimento_de_pena_no_SerrotaoPB/links/5e2374eea6fdcc101574f9cd/Praticas-de-leitura-com-leitoras-

reeducandas-em-cumprimento-de-pena-no-Serrotao-PB.pdf#page=88. Acesso em: 23 set. 2021.

LINS, R. N. O livro do amor: volume I. 4 ed. Rio de Janeiro: Best Seller, 2013a. 362 p.

LINS, R. N. O livro do amor: volume II. 4 ed. Rio de Janeiro: Best Seller, 2013 b. 506 p.

LOURO, G. L. O corpo educado: pedagogias da sexualidade. 3 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2016. 176 p.

MAYORGA, C. Sobre mulheres, Psicologia, profissão e a insistente ausência das questões racionais. In: Conselho Federal de Psicologia. Psicologia: uma profissão de muitas e diferentes mulheres. Conselho Federal de Psicologia. Brasília: Conselho Federal de Psicologia, 2013. p. 173-201. Disponível em: http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2014/01/Publica%C3%A7%C3%A3o_Mulher_FINAL_WEB.pdf#page=173. Acesso em: 23 set. 2021.

PETRY, A. L. R.; MEYER, D. E. E. Transexualidade e heteronormatividade: algumas questões para a pesquisa. Textos & Contextos, v. 10, n. 1, p. 193-198, jan./jul. 2011. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/viewFile/7375/6434. Acesso em: 23 set. 2021.

QUEEVEDO, J. E. M. Educación, diversidad sexual y subjetividad: una aproximación cultural-histórica a la educacion sexual escolar em Cali-Colombia. 2017. 171 p. Tese (Doutorado em Educação) – Setor de Educação, Universidade de Brasília, Brasília, 2017. Disponível em: https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/23565/1/2017_JorgeEduardoMoncayoQuevedo.pdf. Acesso em: 17 set. 2021.

RAGO, M. Epistemologia feminista, gênero e história. In: PEDRO, J.; GROSSI, M. (orgs.) Masculino, feminino, plural. Florianópolis: Ed. Mulheres, 1998. 11 p. Disponível em: http://www.historiacultural.mpbnet.com.br/artigos.genero/margareth/RAGO_Margareth-Epistemologia_Feminista.pdf. Acesso em: 23 set. 2021.

ROBLES, R. et al. Removing transgender identify from the classification of mental disorders: a Mexican field study for ICD-11. The Lancet, v. 3, n. 9, p. 850-859, set. 2016. Disponível em: https://www.thelancet.com/journals/lanpsy/article/PIIS2215-0366(16)30165-1/fulltext. Acesso em: 23 set. 2021.

ROSA, E. B do P. R. Cisheteronormatividade com instituição total. Cadernos Petfilosofia, v. 18, n. 2, p. 59-103, ago. 2020. Disponível em https://revistas.ufpr.br/petfilo/article/view/68171. Acesso em: 23 set. 2021.

ROSEMBERG, F. Psicologia, profissão feminina. Cad. Pes., v. 47, p. 32-37, nov. 1983. Disponível em: de http://publicacoes.fcc.org.br/index.php/cp/article/view/1477/1471. Acesso em: 23 set. 2021.

SCOTT, J. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, v. 30, n. 2, p. 71-99. 1995. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/71721/40667. Acesso em: 23 set. 2021.

SPIZZIRRI, G. et al. Proportion of people identified as transgender and non-binary gender in Brazil. Sci Rep, v. 11, n. 2240, p. 1-7, jan. 2021. Disponível em: https://www.nature.com/articles/s41598-021-81411-4#:~:text=As%20main%20results%2C%20we%20found,among%20Brazil's%205%20geographic%20regions. Acesso em: 19 set. 2021.

SPARGO, T. (2017) Foucault e a teoria queer: seguindo o Ágape e êxtase: orientações pós sexualidades. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2017. 96 p.

TOOMEY, R. B., SYVERTSEN, A.; SHRAMKO, M. Transgender adolescente suicidal behavior. Pedriatrics, v. 142, n. 4, p. 1-10, out. 2018. Disponível em: https://pediatrics.aappublications.org/content/142/4/e20174218. Acesso em: 19 set. 2021.

TRINDADE, S.B. da. Aspectos da interdiscursividade dos enunciados polêmico-religiosos em torno das sexualidades e identidades de gênero dissidentes. 2020. 159 P. Dissertação (Mestrado em Língua e Cultura) – Setor de Pós Graduação em Língua e Cultura, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2020.

VEZZOSI, J. I. P.; RAMOS, M. de M.; SEGUNDO, D. S. de A.; COSTA, A. B. Atitudes corretivas de Profissionais de Psicologia sobre a Homossexualidade. Psicol. Ciênc. Prof., v. 39, n. 3, p.174-19. 2019 . Disponível em: https://www.scielo.br/j/pcp/a/nnSsGPNfcPSkBb69ks7H7fM/?lang=pt#:~:text=Este%20estudo%20buscou%20avaliar%20as,12%2C43%25%20quando%20n%C3%. Acesso em: 19 set. 2021.

YAMAMOTO, O. H. A LDB e a Psicologia. Psicol. Cienc. Prof., v 20, n. 4, p. 30-37, dez. 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932000000400004&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 19 set. 2021.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Defining sexual health: Report of a technical consultation on sexual health. Geneva: WHO, 2006. 35 p. Disponível em: http://www.who.int/reproductivehealth/publications/sexual_health/defining_sexual_health.pdf. Acesso em: 23 set. 2021

WORLD PROFESSIONAL ASSOOCIATION FOR TRANSGENDER HEALTH Normas de atenção à saúde das pessoas trans e com variabilidade de gênero. 7 ed. Illinois: World Professional Association for Transgender Health, 2012. 131 p.

Downloads

Publicado

21/12/2021

Como Citar

BONATO, Fernanda Rafaela Cabral; MUSSI, Adriane; VALENTINI, Thaís; NUNES, Thamirys Nardini; ASSUNÇÃO, Thais Ferreira Assis; TAGLIAMENTO, Grazielle. Estarão as (os/es) Profissionais da Psicologia Preparadas (os/es) para o Atendimento de Pessoas Trans?. Revista Brasileira da Educação Profissional e Tecnológica, [S. l.], v. 2, n. 21, p. e13170, 2021. DOI: 10.15628/rbept.2021.13170. Disponível em: https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/RBEPT/article/view/13170. Acesso em: 24 nov. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ - Mundo do trabalho, Educação Profissional e Identidade de Gênero