Mulher e identidade profissional: processos educativos, relações sociais de sexo e o mundo do trabalho
DOI:
https://doi.org/10.15628/rbept.2021.12656Palavras-chave:
Trabalho, Projetos educacionais, Divisão sexual do trabalho, Relações sociais de sexo, Identidade.Resumo
O objetivo deste artigo é evidenciar como os processo educativo, a relação entre os sexos e a participação da mulher no mundo do trabalho contribuem para a construção de uma nova identidade social da mulher. Optou-se por uma pesquisa qualitativa de natureza teórica. Por meio destes ensaios teóricos aponta-se contribuições para uma nova identidade social da mulher. De acordo com os resultados pode-se concluir que o processo educativo, através da descolonização do currículo, contribui com a formação da consciência crítica em relação às estruturas de dominação e exploração da sociedade capitalista e possibilita a formação de uma nova identidade social da mulher. A participação da mulher no mundo do trabalho mostra a necessidade de subverter as identidades através de um esforço coletivo.
Downloads
Referências
ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. 6 ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
ALTHUSSER, Louis. Aparelhos ideológicos de Estado. Rio de Janeiro: Graal, 1983.
ARROYO, Miguel Gonzales. Os jovens, seu direito a se saber e o currículo. In: CARRANO, Paulo; DAYREL, Juarez; MAIA, Carla Linhares (Orgs.) Juventude e ensino médio: sujeitos e currículos em diálogo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.
BERGER, Peter. Perspectivas sociológicas: uma visão humanística. 4 ed. Petrópolis: Vozes, 1978.
BICALHO, T. E. F.; MAIA, E. H. G.; QUIRINO, R. Carreira profissional de homens e mulheres no setor de turismo: intersecção de profissão, carreira e divisão sexual do trabalho. REVES - Revista Relações Sociais, [S. l.], v. 3, n. 4, p. 16001-16011, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufv.br/reves/article/view/10405. Acesso em: 10 de abril de 2021.
BILHÃO, Isabel. Identidade e trabalho: uma história do operariado porto-alegrense (1898 a 1920). Londrina: EDUEL, 2008.
BOENAVIDES, Débora Luciene Porto. Nem no convento, nem no cabaré, na imprensa operária: a ampliação das esferas discursivas da mulher trabalhadora na república velha. Linguagem em (Dis)curso - LemD, Tubarão, SC, v. 17, n. 3, p. 297-313, setembro/dezembro de 2017.
BRUSCHINI, Cristina; LOMBARDI, Maria Rosa. Médicas, arquitetas, advogadas e engenheiras: mulheres em carreiras, profissionais de prestígio. Revista Estudos Feministas, ano 3, p. 9-24, 1999.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 17 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2019.
CARVALHO, Ana Maria Almeida; CAVALCANTI, Vanessa Ribeiro Simon; ALMEIDA, Maria Alice de; BASTOS, Ana Cecília de Sousa. Mulheres e cuidado: bases psicobiológicas ou arbitrariedade cultural? Paidéia, v. 18, nº 41, p. 431-444, 2008.
CASTELLS, Manuel. O Poder da identidade. 5. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
CHIES, Paula Viviane. Identidade de gênero e Identidade de gênero e identidade profissional no campo identidade profissional no campo de trabalho. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v.18, n. 2, p. 507-528, maio/agosto de 2010.
DAVIS, Angela. Mulher, Raça e Classe. Tradução livre pela Plataforma Gueto, 2013. Disponível em: joaocamillopenna.files.wordpress.com/2017/08/davis-angela-mulher-raca-e-classe-cap-11-p-116.pdf. Acesso em 10 de abril de 2021.
FAGUNDES, Tereza Cristina Pereira Carvalho. A mulher como profissional de educação: alguns aspectos de sua trajetória de formação. Revista da FACED, n. 3, 1999.
FREIRE, Paulo. Política e educação: ensaios. 5. ed. São Paulo, Cortez, 2001.
GAUDÊNCIO, Eliane Kelli. Relações de gênero e divisão sexual do trabalho: atuação das mulheres matemáticas na carreira acadêmica. In: Simpósio Internacional Trabalho, Relações de Trabalho, Educação e Identidade, 8, 2020, Belo Horizonte. Anais… Belo Horizonte: Appos, 2020. v. 1. Disponível em: sitre.appos.org.br/wp-content/uploads/2021/01/GT-28-Divisao-sexual-do-trabalho-e-relacoes-de-genero.pdf Acesso em: 10 de abril de 2021.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 4 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
HIRATA, Helena. Tecnologia, Formação Profissional e Relações de Gênero no Trabalho. Revista Educação & Tecnologia, n. 6, p.144-156, 2003.
HIRATA, Helena; GUIMARÃES, Nadya Araujo (Orgs.) Cuidado e cuidadoras: as várias faces do trabalho do care. São Paulo: Atlas, 2012.
HIRATA, Helena; KÉRGOAT, Danièle. Novas configurações da divisão sexual do trabalho. Cadernos de Pesquisa, v. 37, n. 132, p. 595-609, 2007.
IASI, Mauro Luis. Ensaios sobre a consciência e emancipação. São Paulo: Expressão Popular, 2007.
KÉRGOAT, Daniele. Divisão sexual do trabalho e relações sociais de sexo. In: HIRATA, Helena; LABORIE, Françoise; LE DOARÉ, Hélène; SENOTIER, Danièle. (Orgs) Dicionário Crítico do feminismo. São Paulo: Unesp, 2009.
KÉRGOAT, Danièle. Dinâmica e consubstancialidade das relações sociais. Novos estudos CEBRAP, n. 86, p. 93-103, mar. 2010.
LOPES, Sabrina Fernandes Pereira; QUIRINO, Raquel. Relações de Gênero e sexismo na educação profissional e tecnológica. Cadernos de Gênero e Tecnologia, v. 10, n. 36, p. 58-71, jul./dez. 2017.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Cultura, arte e literatura: textos escolhidos. Tradução de José Paulo Netto e Miguel Makoto Cavalcanti Yoshida. São Paulo: Expressão Popular, 2010.
MORENO, Montserrat. Como se ensina a ser menina: o sexismo na escola. São Paulo: Moderna, 1999.
NADAI, Elza. A educação de elite e a profissionalização da mulher brasileira na primeira república: discriminação ou emancipação. Revista da Faculdade de Educação, v. 17, n. 1/2, p. 05-34, 1991.
PETERSEN, Silvia Regina Ferraz. A mulher na imprensa operária gaúcha do século XIX. Revista de História. Porto Alegre, n. 1, 1986.
PISCITELLI, Adriana. Gênero: a história de um conceito. São Paulo: Berlendis Editores, 2009.
QUIRINO, Raquel. Relações de Gênero, Tecnologia e Formação Profissional de Mulheres no Segmento de Mineração. In: 37ª Reunião Nacional da ANPEd, 37, 2015, Florianópolis. Anais… Florianópolis: UFSC, 2015. Disponível em: 37reuniao.anped.org.br/wp-content/uploads/2015/02/Trabalho-GT23-4518.pdf. Acesso em: 10 de abril de 2021.
RAGO, Margareth. Trabalho feminino e sexualidade. In: DEL PRIORE, Mary (Org.). História das mulheres no Brasil. 10ª ed. São Paulo: Contexto, 2012. p. 579-606.
REIS, Ana Paula Poças Zambelli dos; GOMES, Candido Alberto. Práticas Pedagógicas Reprodutoras de Desigualdades: a subrepresentação de Meninas entre alunos superdotados. Revista Estudos Feministas. Florianópolis, v. 19, n. 2, maio/agosto de 2011.
SALVAGNI, Julice. As caminhoneiras: uma carona nas discussões de gênero, trabalho e identidade. Cadernos EBAPE.BR. Rio de Janeiro, v. 18, n. 3, p. 572-582, 2020.
SILVA, Tomaz Tadeu. Identidades Terminais: as transformações na política da pedagogia e na pedagogia da política. Editora Vozes: Rio de Janeiro, 1996.
SORJ, Bila. Trabalho, gênero e família: quais políticas sociais? In: GODINHO, Tatau; SILVEIRA, Maria Lúcia da. (Orgs.) Políticas públicas e igualdade de gênero. São Paulo: Coordenadoria Especial da Mulher, 2004. p. 143-148.
VALLE, Ione Ribeiro. Da “identidade vocacional” à “identidade profissional”: a constituição de um corpo docente unificado. Perspectiva [Florianópolis], v. 20, nº Especial, p. 209-230, jul-dez, 2002.
VELHO, Lea; LEÓN, Elena. A construção social da produção científica por mulheres. Cadernos Pagu, Campinas, n. 10, p. 309-344, 1998.
YANNOULAS, Silvia Cristina (Org.) Trabalhadoras: Análise da feminização das profissões e ocupações. Brasília: Editorial Abaré, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O autor na submissão do artigo transfere o direito autoral ao periódico. À Revista Brasileira da Educação Profisisonal e Tecnológica ficam reservados os direitos autorais pertinentes a todos os artigos nela publicados.