OFICINAS COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA PARA A PREVENÇÃO À DENGUE, FEBRE CHIKUNGUNYA E ZIKA VÍRUS EM CHAPECO, SC
DOI:
https://doi.org/10.15628/holos.2020.6181Palavras-chave:
Aedes aegypti, Educação em Saúde, Prevenção.Resumo
Os riscos associados à Dengue, febre Chikungunya e Zika vírus ora em curso justificam a busca por métodos alternativos de controle aos vetores. Estas enfermidades são responsáveis por milhares de casos anualmente e centenas de mortes, somente no Brasil. A comunidade escolar representa uma população de interesse para as atividades de educação em Saúde, já que a escola representa um espaço da formação. Este estudo visou avaliar a contribuição de oficinas na construção do conhecimento de estudantes dos ensinos fundamental e médio quanto aos aspectos relacionados à Dengue, febre Chikungunya e Zika vírus, em uma escola da cidade de Chapecó, SC. O estudo foi realizado no segundo semestre de 2016. Participaram da pesquisa estudantes de seis turmas do ensino fundamental e quatro turmas do ensino médio. Para contemplar aspectos da transmissão, tratamento e prevenção das doenças, foi utilizada uma peça de teatro de fantoches. Para abordar aspectos reprodutivos e comportamentais dos mosquitos A. aegypti e A. albopictus, foi utilizada uma lupa onde os estudantes puderam visualizar formas imaturas e adultas dos insetos. Para apresentar os criadouros preferenciais para os vetores, foi realizada uma exposição de materiais como pneus, recipientes plásticos, garrafas, latas de bebidas, uma caixa de água e uma piscina em tamanho reduzido. O teatro de fantoches e a exposição de materiais contribuíram para aumentar significativamente o número de acertos, na avaliação após oficinas, no ensino fundamental. A oficina de apresentação dos vetores contribuiu para um aumento de acertos tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio.
Downloads
Referências
ANJOS, A. C.; ANJOS, F. C.; SILVA, K. J.; ROCHA, M. R. S. (2012). Atividades lúdicas como ferramenta para o ensino da prevenção da dengue: um relato de experiência. I EITEC - Encontro de inovação tecnológica e ensino de Ciências, 1 (1), 29-30.
ARAÚJO, M. F. F.; AMORIM, A. S. (2014). Percepções de professores sobre o uso de atividades lúdicas para tratar o tema "água e saúde" em ações de educação ambiental numa região semiárida. HOLOS, 30(6), 295-306.
BARRETO, M. L.; TEIXEIRA, M. G. (2008). Dengue no Brasil: situação epidemiológica e contribuições para uma agenda de pesquisa. Estudos avançados, 22(64), 53-72.
BRASIL. (2002). Programa Nacional de Controle da Dengue. Brasília: Ministério da Saúde.
BUSATO, M. A.; VITORELLO, J.; LUTINSKI, J. A.; DAL MAGRO, J.; SCAPINELLO, J. Potencial larvicida de Melia azedarach L. e Ilex paraguariensis A. St.-Hil. no controle de Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) (Diptera: Culicidae). Ciência e Natura, 37(2), 277-282.
BUSS, P. M. (1999) Health promotion and health education at the School of Governance in Health, National School of Public Health, Brazil. Cadernos de Saúde Pública, 15 (2), 5177-5185.
FERREIRA, V. S.; BARRETO, R. L. M.; OLIVEIRA, E. K.; FERREIRA, P. R. F.; SANTOS, L. P. S.; MARQUES. V. E. A. (2012). PET-Saúde: uma Experiência Prática de Integração Ensino-serviço-comunidade. Revista brasileira de educação médica, 36(1), 147-51.
GIRÃO, R. V.; BRAGA, A. L. S.; CRHISTÓVAM, B. P.; ESCUDEIRO, C. L.; LIMA, V. M. F.; LOPES, C. M. Health education about dengue: contributions to the development of competencies. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental, 6(1):38-46.
IBGE. (2016). Infográficos: Dados gerais do munícipio de Chapecó. Disponível em: <http://cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?codmun=420420>. Acesso em: jul. 2017.
KUCZMAINSKI, A. G. (2016). Agentes de combate às endemias e sua contribuição na promoção de ambientes favoráveis à saúde. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Comunitária da Região de Chapecó. Dissertação de mestrado. 96p.
LEMOS, J. C.; REZENDE, K.; SILVA, J. B.; MELO, B. M. D.; ARAÚJO, K. F.; SANTOS, L. S.; MEDEIROS, T. L. D. (2010). Educação ambiental no controle de Aedes Aegypti – vetor do vírus da dengue, no distrito de amanhece no município de Araguari – MG. Em extensão, 9(10), 156-166.
LIMA, V. V. (2017). Espiral construtivista: uma metodologia ativa de ensino-aprendizagem. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 21(61), 421-434.
LUTINSKI, J. A.; ZANCHET, B.; GUARDA, C.; CONSTANCI, C.; FRIEDRICH, D. V.; CECHIN, F. T. C.; BONES, I. A.; SOUZA, M. F.; BALSAN, S. T.; ZARYCHTA, S. M.; BUSATO, M. A. (2013). Infestação pelo mosquito Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) na cidade de Chapecó–SC. Biotemas, 26(2), 143-151.
MARTEIS, L. S.; MAKOWSKI, L. S.; SANTOS, R. L. C. (2011). Abordagem sobre Dengue na educação básica em Sergipe: análise de cartilhas educativas. Scientia plena, 7(6), 1-8.
MARTINS, F. E. P.; PORTO, R. DE S.; DIAS, R. V.; VIANA, R. S.; LINHARES, M. S. C. (2016). Promoção à saúde no combate à dengue em Sobral (CE): relato de experiência. SANARE, 15(1), 112-118.
MASCARENHAS, P. M.; LOPES, V. M.; SILVA, M. DOS S.; SILVA, G. R.; DUARTE, A. C. S.; BOERY, R. N. S. O. (2017). Oficina pedagógica na construção de conhecimentos sobre arboviroses. Revista Baiana de Enfermagem 31(2), 1-7.
MICROSOFT. (2010). Office package. Microsoft Inc.
MITRE, S. M.; SIQUEIRA-BATISTA, R.; GIRARDI-DE-MENDONÇA, J. M.; MORAIS-PINTO, N. M.; MEIRELLES, C. A. BR.; PINTO-PORTO, C., M. T.; HOFFMANN, L. M. A. (2008). Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde: debates atuais. Ciência & Saúde Coletiva, 13(2), 2133-2144.
NEVES, D. P. (2005). Parasitologia Humana. 11. ed., São Paulo: Editora Abreu.
OLIVEIRA, R. L. (2015). Transmissão Vetorial. In VALLE, D.; PIMENTA, D. N.; CUNHA, R. V. (Org.) Dengue: teorias e práticas. Rio de Janeiro: Fiocruz.
OLIVEIRA, D. F.; MENDONÇA, C. C. R.; MEIRELLES, R. M. S.; COUTINHO, C. M. L. M.; JORGE, C. T. C. A.; LUZ, M. R. M. P. (2012). Construção de espaços de escuta, diagnóstico e análise coletiva de problemas de saúde pública com a linguagem teatral: o caso das oficinas de jogos teatrais sobre a dengue. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 16(43), 929-41.
RANGEL, M. L. (2008) Dengue: educação, comunicação e mobilização na perspectiva do controle - propostas inovadoras. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 12(25), 433-41.
SALES, F. M. S. (2008). Ações de educação em saúde para prevenção e controle da dengue: um estudo em Icaraí, Caucaia, Ceará. Ciência e Saúde Coletiva, 13(1), 75-84.
SANTA CATARINA. (2016). 31º Boletim Epidemiológico/2016. Situação da dengue, febre do chikungunya e zika vírus em Santa Catarina. Secretaria de Estado da Saúde: Diretoria de Vigilância Epidemiológica.
SANTOS, F. O.; OLIVEIRA, J. C.; LIMA, S. C. (2016). Promoção da saúde, mobilização comunitária e intersetorialidade para o combate ao Aedes aegypti, em Uberlândia, Minas Gerais. Em Extensão, 15(2), 64-75.
SILVA, I. B.; MALLMANN, D. G.; VASCONCELOS, E. M. R. (2015). Estratégias de combate à dengue através da educação em saúde: uma revisão integrativa. Saúde (Santa Maria), 41(2), 27-34.
SILVA, L, B.; SOARES, S. M.; FERNANDES, M. T. O.; AQUINO, A. L. (2011). Comunicação sazonal sobre a dengue em grupos socioeducativos na atenção primária à saúde. Revista de saúde pública, 45(6), 1160-7.
TAUIL, P. L. (2002). Aspectos críticos do controle do dengue no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 18(3), 867-871.
VALLE, D.; PIMENTA, D. N.; AGUIAR, R. (2016). Zika, dengue e chikungunya: desafios e questões. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 25(2): 419-422.
VESGA-GÓMEZ, C.; CÁCERES-MANRIQUE, F. M. (2010). Eficacia de la educación lúdica en la prevención del dengue en escolares: the efficacy of play-based education in preventing dengue in primary-school children. Revista de Salud Publica, 12(4), 558-9.
ZANON, D. A. V.; GUERREIRO, M. A. S.; OLIVEIRA, R. C. (2008). Jogo didático Ludo Químico para o ensino de nomenclatura dos compostos orgânicos: projeto, produção, aplicação e avaliação. Ciências & Cognição, 13(1), 72-81.
Português (Brasil)
English
Español (España)
Français (France)
