COMPLEMENTARIDADE HIDRO EÓLICA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA O PLANEJAMENTO ENERGÉTICO NACIONAL
DOI:
https://doi.org/10.15628/holos.2015.2006Palavras-chave:
energia eólica, Brasil, planejamento energéticoResumo
Estudos que retratam o cenário atual e as perspectivas futuras envolvendo o tema planejamento energético no Brasil tem encontrado a provocação de lidar com a insegurança e a carência de informações sistematizadas. Diante desse enfoque, este estudo tem como objetivo geral analisar como a complementaridade hidro eólica é abordada no planejamento energético nacional, ressaltando suas perspectivas e desafios para o país e para a sociedade. Embasado numa revisão literária, pode-se afirmar que as fontes alternativas de energias renováveis exercem uma importante opção complementar ao atendimento do crescimento das necessidades, tendo múltiplas vantagens ambientais, dentre as quais a redução potencial dos gases responsáveis pelo efeito estufa na atmosfera. Quanto ao atual planejamento energético nacional adotado pelo Governo Federal, demonstra-se com clareza que continuam sendo seguidos os preceitos da linha tradicional. Constitui desafio de grande relevância a modificação no perfil da demanda energética, a ampliação da eficiência na produção e no uso final de energia e a transição de energias não renováveis para renováveis. Contudo, advirta-se que o alcance de uma matriz energética nacional limpa depende de ações integradas e pautadas no rigor do conceito de planejamento energético atrelado à incorporação de uma lógica sustentável, pois a atribuição de que a matriz energética brasileira é limpa, devido ao uso de hidroelétricas, apresenta controvérsias socioeconômicas e ambientais, que podem conduzir a erros contínuos de planejamento e de políticas energéticas. Dessa forma, a questão do eficaz planejamento energético e a defesa pela importância da inserção de fontes alternativas complementares de energia na atual matriz energética, centraliza o debate, impulsionado pelo víeis do desenvolvimento sustentável.Downloads
Referências
ABRAMOWSKI, J.; POSORSKI, R. Wind energy in developing countries. DEWI Magazine, n. 16, p.46-53, February, 2000.
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br>. Acesso em: 29 ago. 2012.
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Brasília: ANEEL, 2011. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/area.cfm?idArea=671&idPerfil=2> Acesso em: 20 de Janeiro de 2013.
ARAÚJO, J.L., 1988, Modelos de energia para planejamento. COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
BAITELO. Ricardo Lacerda. Modelo de cômputo e valoração e valoração completa de recursos energéticos para o planejamento integrado de recursos. Ed. ver. São Paulo, 2011. 400p.
BAJAY., 2004, National Energy Policy: Brasil. Encyclopedia of Energy, vol. 4. Elsevier.
BITTENCOURT, R. M.; AMARANTE, O. C.; SCHULTZ, D. J. Estabilização sazonal da oferta de energia através da complementaridade entre os regimes hidrológico e eólico. In: Seminário nacional de produção e transmissão de energia elétrica - SNPTEE,15, 1999. Foz do Iguaçu: anais, 1999, GLP-17.
BRACKMANN, Rodrigo. Avaliação do potencial eólico do sul do Brasil. Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – CRS/INPE–MCT, 2009.
BRASIL. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Plano Decenal de Expansão de Energia 2008/2017. Rio de Janeiro: EPE, 2009.
BRASIL. MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA - MME. Balanço Energético Nacional - BEN, 2005.
CEMIG – Companhia Energética de Minas Gerais. Alternativas energéticas: uma visão Cemig. Belo Horizonte: Cemig, 2012.
CIMA, Fernando Monteiro. Utilização de indicadores energéticos no planejamento energético integrado [Rio de Janeiro] 2006. XIII, 195 p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ, M.Sc., Planejamento Energético, 2006). Dissertação – Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE.
CODONI R.; PARK H.; RAMANI K. Integrated Energy Planning –A Manual. Asianand Pacific Development Centre. Kuala Lampur, 1985.
DUTRA, Ricardo Marques. Propostas de políticas específicas para energia eólica no Brasil após a primeira fase do PROINFA. Rio de Janeiro, XXI, 415 p. 29.7 cm (COPPE/UFRJ, D.Sc., Planejamento Energético, 2007) Tese – Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE.
EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA, EPE. Plano Decenal de Expansão de Energia 2020. Rio de Janeiro, 2011.
ENGELS, F. O papel do trabalho na transformação do macaco em homem. In NeueZelt, Alemanha, 1896.
EPE – EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. Plano Nacional de Energia 2030, Rio de Janeiro, 2007.
FARIA, J. C. Administração: Teoria e Aplicações. Thomson, Rio de Janeiro, 2000.
FRATE, Cláudio Albuquerque. Políticas públicas para energias renováveis: fator de competitividade para eletricidade eólica e siderurgia semi-integrada.Dissertação. Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília, UNB, 2006.
GOLDEMBERG, J.; Biotechnol Biofuel. 2008, 1, 1.
GWEC - GLOBAL WIND ENERGY COUNCIL.Top 10 annual & cumulative capacity. 2006. Disponívelem: <http://www.gwec.net>. Acessoem: 28 set. 2010.
INTERNATIONAL JOURNAL ON HYDROPOWER & DAMS [IPCC].2010 World Atlas & Industry Guide. Disponível em: < INTERGOVERNMENT PANEL ON CLIMATE CHANGES. IPCC Special Report on Renewable Energy Sources and Climate Change Mitigation. 2011. Disponível em: <http://www.ipcc-wg3.de/publications/special-reports>. IPCC, 2011.
JUNFENG, L. et al. A study on the pricing policy of wind power in China.Brussels: GWEC, 2006.
MME – Ministério de Minas e Energia. Boletim Mensal de Energia - Mês de Referência: dezembro de 2011. MME, 2012.
MME – Ministério de Minas e Energia.Plano Nacional de Eficiência Energética – Premissas e Diretrizes Básicas. MME, 2011.
NASCIMENTO, Thiago Cavalcante; MENDONÇA, Andréa Torres Barros Batinga de; CUNHA, SieglindeKindlda.Inovação e sustentabilidade na produção de energia:o caso do sistema setorial de energia eólica no Brasil. Cad. EBAPE BR., v. 10, n. 3. Rio de Janeiro, Sept., 2012.
NOGUEIRA, Larissa Pinheiro Pupo. Estado atual e perspectivas futuras para a indústria eólica no Brasil. Dissertação (mestrado) – UFRJ/ COPPE/ Programa de Planejamento Energético, 2011.
REIS, Lineu Bélico dos; FADIGAS, Eliane A. AMARAL e CARVALHO, Cláudio Elias. Energia, recursos naturais e a prática do desenvolvimento sustentável.Barueri, SP. Manole, 2005.
SACHS, Ignacy. A revolução energética do século XXI.Estudos Avançados 21 (59), 2007.
SANTOS, Simone Mendonça. SOUZA, Marcelo Pereira de.Análise das contribuições potenciais da avaliação ambiental estratégica ao plano energético brasileiro. Eng. Sanit. Ambient. v. 16, n. 4. Rio de Janeiro, Oct./Dec., 2011.
SWISHER, J.; JANNUZZI, G.; REDLINGER, R. Tools and methods for integrating resource planning. UNEP, Denmark, 1997.
TOLMASQUIM, M. T.; GUERREIRO, A.; GORINI, R. Matriz energética brasileira. Novos Estudos, n. 79, nov. 2007.
TOLMASQUIM. Mauricio Tiomno. Perspectivas e planejamento do setor energético no Brasil. EstudosAvançados, 26 (74), 2012.