COMPLEMENTARIDADE HIDRO EÓLICA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA O PLANEJAMENTO ENERGÉTICO NACIONAL

Autores

  • Sandra Sereide Ferreira da Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - UFCG
  • Allan Carlos Alves Universidade Estadual da Paraíba - UEPB Departamento de Ciências Contábeis - DECON http://orcid.org/0000-0002-3434-8182
  • Ângela Maria Cavalcanti Ramalho UFCG; UEPB
  • Cicero de Sousa Lacerda UFCG, IESP PB
  • Cidoval Morais de Sousa Universidade Estadual da Paraíba - UEPB Mestrado em Desenvolvimento Regional - MDR

DOI:

https://doi.org/10.15628/holos.2015.2006

Palavras-chave:

energia eólica, Brasil, planejamento energético

Resumo

Estudos que retratam o cenário atual e as perspectivas futuras envolvendo o tema planejamento energético no Brasil tem encontrado a provocação de lidar com a insegurança e a carência de informações sistematizadas. Diante desse enfoque, este estudo tem como objetivo geral analisar como a complementaridade hidro eólica é abordada no planejamento energético nacional, ressaltando suas perspectivas e desafios para o país e para a sociedade. Embasado numa revisão literária, pode-se afirmar que as fontes alternativas de energias renováveis exercem uma importante opção complementar ao atendimento do crescimento das necessidades, tendo múltiplas vantagens ambientais, dentre as quais a redução potencial dos gases responsáveis pelo efeito estufa na atmosfera. Quanto ao atual planejamento energético nacional adotado pelo Governo Federal, demonstra-se com clareza que continuam sendo seguidos os preceitos da linha tradicional. Constitui desafio de grande relevância a modificação no perfil da demanda energética, a ampliação da eficiência na produção e no uso final de energia e a transição de energias não renováveis para renováveis. Contudo, advirta-se que o alcance de uma matriz energética nacional limpa depende de ações integradas e pautadas no rigor do conceito de planejamento energético atrelado à incorporação de uma lógica sustentável, pois a atribuição de que a matriz energética brasileira é limpa, devido ao uso de hidroelétricas, apresenta controvérsias socioeconômicas e ambientais, que podem conduzir a erros contínuos de planejamento e de políticas energéticas. Dessa forma, a questão do eficaz planejamento energético e a defesa pela importância da inserção de fontes alternativas complementares de energia na atual matriz energética, centraliza o debate, impulsionado pelo víeis do desenvolvimento sustentável.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sandra Sereide Ferreira da Silva, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - UFCG

Doutoranda em Recursos Naturais - UFCG. Mestre em Recursos Naturais pela Universidade Federal de Campina Grande - UFCG (2010), na Linha de Pesquisa: Desenvolvimento, Sustentabilidade e Competitividade. Especialista em Marketing (2006) pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB. Bacharel em Administração (1999) pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB. Bacharel em Ciências Contábeis (2005) pela Universidade Estadual da Paraíba -UEPB. . Tem experiência nas áreas de Ciências Contábeis e Administração, nesta, com ênfase em Marketing, Ética e Responsabilidade Social, Empreendedorismo, Administração Hospitalar, Recursos Humanos. É pesquisadora cadastrada nos Grupos de Pesquisas 1. GEGIT (Grupo de Estudos em Gestão, Inovação e Tecnologia), - Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, cadastrado no diretório de grupos de pesquisa CNPq; atuando na linha de Pesquisa: Sustentabilidade, Desenvolvimento e Competitividade, com ênfase em Indicadores de Desenvolvimento Sustentável, Resíduos Sólidos e Energias Renováveis. 2. Terceira Idade: Comportamento, Gênero e Estilo de Vida - Universidade Estadual da Paraíba - UEPB, cadastrado no diretório de grupos de pesquisa CNPq; atuando na linha de Pesquisa: Terceira Idade: Comportamento, Gênero e Estilo de Vida. 3. Águas Residuárias e Impactos Ambientais - Linha de pesquisa: Monitoramento e Controle da Degradação Ambiental - UFCG. Foi operadora da Linha DRS - Desenvolvimento Regional Sustentável do Banco do Brasil - Campina Grande-PB - Ano 2011. É Avaliadora de artigos de alguns periódicos nacionais com conceito Qualis Capes. É revisora de texto da Revista Eletrônica da Academia Brasileira de Direito Constitucional. É autora de alguns artigos publicados em periódicos, livros, congressos, simpósios e apresentados em eventos.

Allan Carlos Alves, Universidade Estadual da Paraíba - UEPB Departamento de Ciências Contábeis - DECON

2008 - Doutorando em Ciências da Administraçaõ - Universidade do Minho - Portugal

2007 - Mestrado em Administraçaõ pela UFPB

2005 - Especialização em Gestão de Pessoas - Uninorte

2003 - Graduaçaõ em Administraçaõ pela UFCG

Ângela Maria Cavalcanti Ramalho, UFCG; UEPB

Doutora em Recursos Naturais pela UFCG. Professora Mestrado em Desenvolvimento Regional - UEPB

Cicero de Sousa Lacerda, UFCG, IESP PB

Mestre em Recursos Naturais pela UFCG. Professor do IESP faculdades - João Pessoa PB

Cidoval Morais de Sousa, Universidade Estadual da Paraíba - UEPB Mestrado em Desenvolvimento Regional - MDR

É BACHAREL EM COMUNICAÇÃO SOCIAL pela Universidade Estadual da Paraíba (1995), estudou Ciências Sociais (1986-90), fez especialização em Sociologia na Universidade Federal da Paraíba (1997) e doutorou-se em Geociências pela Universidade Estadual de Campinas (2005). É professor efetivo da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), vinculado aos Programas de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Ensino de Ciências e Matemática. Participa de grupos pesquisas com interesse nos seguintes temas: Mídia Regional; Comunicação Pública da Ciência; relações CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade); Educação e Ciência; Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Regional. Colabora com o PPGCTS da UFSCar. Publicou/organizou vários livros temáticos e artigos em periódicos nacionais e estrangeiros. Tem experiência na área de comunicação midiática (jornal, rádio, revista, televisão, blog, etc) e também faz roteiros e produz documentários científicos e históricos. Além das atividades de ensino, pesquisa e extensão dirige, atualmente, a Editora da Universidade Estadual da Paraíba - EDUEPB. (Texto informado pelo autor)

Referências

ABRAMOWSKI, J.; POSORSKI, R. Wind energy in developing countries. DEWI Magazine, n. 16, p.46-53, February, 2000.

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br>. Acesso em: 29 ago. 2012.

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Brasília: ANEEL, 2011. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/area.cfm?idArea=671&idPerfil=2> Acesso em: 20 de Janeiro de 2013.

ARAÚJO, J.L., 1988, Modelos de energia para planejamento. COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

BAITELO. Ricardo Lacerda. Modelo de cômputo e valoração e valoração completa de recursos energéticos para o planejamento integrado de recursos. Ed. ver. São Paulo, 2011. 400p.

BAJAY., 2004, National Energy Policy: Brasil. Encyclopedia of Energy, vol. 4. Elsevier.

BITTENCOURT, R. M.; AMARANTE, O. C.; SCHULTZ, D. J. Estabilização sazonal da oferta de energia através da complementaridade entre os regimes hidrológico e eólico. In: Seminário nacional de produção e transmissão de energia elétrica - SNPTEE,15, 1999. Foz do Iguaçu: anais, 1999, GLP-17.

BRACKMANN, Rodrigo. Avaliação do potencial eólico do sul do Brasil. Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – CRS/INPE–MCT, 2009.

BRASIL. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Plano Decenal de Expansão de Energia 2008/2017. Rio de Janeiro: EPE, 2009.

BRASIL. MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA - MME. Balanço Energético Nacional - BEN, 2005.

CEMIG – Companhia Energética de Minas Gerais. Alternativas energéticas: uma visão Cemig. Belo Horizonte: Cemig, 2012.

CIMA, Fernando Monteiro. Utilização de indicadores energéticos no planejamento energético integrado [Rio de Janeiro] 2006. XIII, 195 p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ, M.Sc., Planejamento Energético, 2006). Dissertação – Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE.

CODONI R.; PARK H.; RAMANI K. Integrated Energy Planning –A Manual. Asianand Pacific Development Centre. Kuala Lampur, 1985.

DUTRA, Ricardo Marques. Propostas de políticas específicas para energia eólica no Brasil após a primeira fase do PROINFA. Rio de Janeiro, XXI, 415 p. 29.7 cm (COPPE/UFRJ, D.Sc., Planejamento Energético, 2007) Tese – Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE.

EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA, EPE. Plano Decenal de Expansão de Energia 2020. Rio de Janeiro, 2011.

ENGELS, F. O papel do trabalho na transformação do macaco em homem. In NeueZelt, Alemanha, 1896.

EPE – EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. Plano Nacional de Energia 2030, Rio de Janeiro, 2007.

FARIA, J. C. Administração: Teoria e Aplicações. Thomson, Rio de Janeiro, 2000.

FRATE, Cláudio Albuquerque. Políticas públicas para energias renováveis: fator de competitividade para eletricidade eólica e siderurgia semi-integrada.Dissertação. Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília, UNB, 2006.

GOLDEMBERG, J.; Biotechnol Biofuel. 2008, 1, 1.

GWEC - GLOBAL WIND ENERGY COUNCIL.Top 10 annual & cumulative capacity. 2006. Disponívelem: <http://www.gwec.net>. Acessoem: 28 set. 2010.

INTERNATIONAL JOURNAL ON HYDROPOWER & DAMS [IPCC].2010 World Atlas & Industry Guide. Disponível em: < INTERGOVERNMENT PANEL ON CLIMATE CHANGES. IPCC Special Report on Renewable Energy Sources and Climate Change Mitigation. 2011. Disponível em: <http://www.ipcc-wg3.de/publications/special-reports>. IPCC, 2011.

JUNFENG, L. et al. A study on the pricing policy of wind power in China.Brussels: GWEC, 2006.

MME – Ministério de Minas e Energia. Boletim Mensal de Energia - Mês de Referência: dezembro de 2011. MME, 2012.

MME – Ministério de Minas e Energia.Plano Nacional de Eficiência Energética – Premissas e Diretrizes Básicas. MME, 2011.

NASCIMENTO, Thiago Cavalcante; MENDONÇA, Andréa Torres Barros Batinga de; CUNHA, SieglindeKindlda.Inovação e sustentabilidade na produção de energia:o caso do sistema setorial de energia eólica no Brasil. Cad. EBAPE BR., v. 10, n. 3. Rio de Janeiro, Sept., 2012.

NOGUEIRA, Larissa Pinheiro Pupo. Estado atual e perspectivas futuras para a indústria eólica no Brasil. Dissertação (mestrado) – UFRJ/ COPPE/ Programa de Planejamento Energético, 2011.

REIS, Lineu Bélico dos; FADIGAS, Eliane A. AMARAL e CARVALHO, Cláudio Elias. Energia, recursos naturais e a prática do desenvolvimento sustentável.Barueri, SP. Manole, 2005.

SACHS, Ignacy. A revolução energética do século XXI.Estudos Avançados 21 (59), 2007.

SANTOS, Simone Mendonça. SOUZA, Marcelo Pereira de.Análise das contribuições potenciais da avaliação ambiental estratégica ao plano energético brasileiro. Eng. Sanit. Ambient. v. 16, n. 4. Rio de Janeiro, Oct./Dec., 2011.

SWISHER, J.; JANNUZZI, G.; REDLINGER, R. Tools and methods for integrating resource planning. UNEP, Denmark, 1997.

TOLMASQUIM, M. T.; GUERREIRO, A.; GORINI, R. Matriz energética brasileira. Novos Estudos, n. 79, nov. 2007.

TOLMASQUIM. Mauricio Tiomno. Perspectivas e planejamento do setor energético no Brasil. EstudosAvançados, 26 (74), 2012.

Downloads

Publicado

11/12/2015

Como Citar

Silva, S. S. F. da, Alves, A. C., Ramalho, Ângela M. C., Lacerda, C. de S., & Sousa, C. M. de. (2015). COMPLEMENTARIDADE HIDRO EÓLICA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA O PLANEJAMENTO ENERGÉTICO NACIONAL. HOLOS, 6, 32–53. https://doi.org/10.15628/holos.2015.2006

Edição

Seção

ARTIGOS

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.