Editorial
DOI:
https://doi.org/10.15628/holos.2020.10124Palavras-chave:
Ciência, Divulgação Científica, Holos.Resumo
Neste terceiro número da Revista Holos apresentamos à comunidade científica relevante produção advinda de diversas áreas do conhecimento e diferentes instituições nacionais e internacionais.
É válido ressaltar que o mundo vive a maior crise sanitária da história recente com a transmissão da COVID-19, iniciada em novembro de 2019, na cidade de Wuhan na China. Os cientistas vivem o desafio de desenvolver o quanto antes uma vacina para imunizar a população. Enquanto isso não é possível, é reconhecida a eficácia do distanciamento social, recomendado pela Organização Mundial de Saúde/OMS. No Brasil, o total de mortes em decorrência do novo coronavírus chega hoje a 14817.
A comunidade científica permanece insistindo na importância do fomento à pesquisa a partir das instituições de fomento nacionais, inclusive com editais que oportunizem o desenvolvimento de todas as áreas, sem hierarquizações.
No âmbito do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte/IFRN, a comunidade acadêmica se ressente e resiste à intervenção do Ministério da Educação o qual com a emissão da Portaria n. 405, de 17 de abril de 2020, nomeou um reitor pro tempore, a despeito da eleição ocorrida em 04 de dezembro de 2019, que legitimou o professor José Arnóbio de Araújo como reitor, com resultado homologado pelo Conselho Superior/CONSUP-IFRN. Servidores e estudantes emitiram notas de repúdio à intervenção solicitando a posse imediata ao reitor eleito. Conselhos, Núcleos Centrais Estruturantes e entidades representativas evidenciaram sua indignação às quais somaram-se cartas de apoio da sociedade emitidas por pesquisadores, associações científicas e representantes políticos, os quais rejeitaram o ocorrido enquadrando-o como mais um golpe à democracia, em curso no cenário nacional.
Hoje, em mais um #15M, estudantes do Ensino Médio pedem o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio/ENEM, instrumento de avaliação da última etapa da educação básica e de acesso ao ensino superior no país e em algumas instituições estrangeiras. É, portanto, um imperativo ético suspender as inscrições e prorrogar a realização das provas, em um país em que grande parcela da população que participará da avaliação não está frequentando aulas e, quiçá, tem acesso à internet, às tecnologias e seus suportes nesse contexto pandêmico de distanciamento social, o qual amplificou sobremaneira desigualdades sociais estruturantes.
Reconhecendo a importância da ciência, da circulação do conhecimento produzido no âmbito da pesquisa, recomendo a visita ao sumário da revista para acesso aos novos artigos publicados.
À leitura!
Natal, 15 de maio de 2020
Prof.a Francinaide de Lima Silva Nascimento