ANÁLISE DA FREQUÊNCIA DA UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE APRENDIZAGEM: UM ESTUDO COM DISCENTES DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/holos.2017.4980

Palavras-chave:

Estratégias de Aprendizagem, Hábitos de Estudo, Educação em Ciências Contábeis.

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo identificar a frequência de utilização de técnicas de estudo e aprendizagem pelos discentes do curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A partir de uma amostragem não probabilística e acidental, composta por 231 discentes, buscou-se levantar a frequência de utilização das técnicas de estudo evidenciadas por Dunlosky et al. (2013) através da aplicação de questionários estruturados. Além da análise descritiva, agrupou-se os dados para determinar, através do teste de médias t de Student, se há diferença estatística significativa entre as médias dos grupos: gênero, turno, vínculo de trabalho e período acadêmico. Os principais resultados demonstram que, de maneira geral, as técnicas mais bem avaliadas em relação à sua utilidade estão sendo pouco adotadas, como a resolução de testes práticos e prática do estudo distribuído ao longo do tempo. Por outro lado, o grifo e sublinhado, além da releitura, consideradas estratégias de baixa utilidade, apresentaram ocorrência significativa. Em relação às estratégias de moderada utilidade, a auto explicação e o questionamento elaborativo demonstraram-se predominantes. Em síntese, a realização do teste de médias propiciou verificar que há diferença de médias no grupo gênero quanto às técnicas: resumos, grifo/sublinhado, releitura e testes práticos; no grupo turno de estudo quanto às técnicas questionamento elaborativo e testes práticos; e nos grupos vínculo empregatício e período de curso em relação à técnica de imagem mental.

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Biografia do Autor

Ercilia Damaris Alves Pereira de Medeiros, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Mestranda em Administração. Graduada em Ciências Contábeis (2014) e Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2003). Tem experiência na área de Contabilidade, com ênfase em: Finanças, Educação, Contabilidade Gerencial e Contabilidade Internacional.

Clayton Levy Lima de Melo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Possui graduação em Ciências Contábeis, Especialização em Formação Docente para o Ensino Superior, Mestrado e Doutorado em Ciências Contábeis pela Universidade de Brasília - UnB. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Ciências Contábeis, atuando principalmente nos seguintes temas: Contabilidade Comportamental, Teoria da Contabilidade e Controladoria.

Edzana Roberta Ferreira da Cunha Vieira, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Doutora pelo Programa Multiinstitucional e Inter-regional de Pós-graduação em Ciências Contábeis UnB, UFPB e UFRN, programa no qual concluiu seu mestrado, no ano de 2008. Possui graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2005). Professora Adjunta da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Tem experiência na área de Ciências Contábeis, atuando principalmente nos seguintes temas: Contabilidade Comportamental, Medidas de Desempenho, Custos e Controle Interno de Estoque de Medicamentos.

Yuri Gomes Paiva Azevedo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN (2015). Mestrando em Ciências Contábeis do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis - UFRN. Membro dos grupos de pesquisa: Estudos Avançados para a Sustentabilidade e Contabilidade e Avaliação Econômica e Financeira de Políticas Públicas. Atua nas áreas de Contabilidade Gerencial e Finanças Corporativas. 

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Publicado

19/09/2017

Como Citar

Medeiros, E. D. A. P. de, Melo, C. L. L. de, Vieira, E. R. F. da C., & Azevedo, Y. G. P. (2017). ANÁLISE DA FREQUÊNCIA DA UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE APRENDIZAGEM: UM ESTUDO COM DISCENTES DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS. HOLOS, 4, 2–19. https://doi.org/10.15628/holos.2017.4980

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ARTIGOS

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