ANÁLISE DA FREQUÊNCIA DA UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE APRENDIZAGEM: UM ESTUDO COM DISCENTES DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DOI:
https://doi.org/10.15628/holos.2017.4980Palavras-chave:
Estratégias de Aprendizagem, Hábitos de Estudo, Educação em Ciências Contábeis.Resumo
O presente trabalho tem como objetivo identificar a frequência de utilização de técnicas de estudo e aprendizagem pelos discentes do curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A partir de uma amostragem não probabilística e acidental, composta por 231 discentes, buscou-se levantar a frequência de utilização das técnicas de estudo evidenciadas por Dunlosky et al. (2013) através da aplicação de questionários estruturados. Além da análise descritiva, agrupou-se os dados para determinar, através do teste de médias t de Student, se há diferença estatística significativa entre as médias dos grupos: gênero, turno, vínculo de trabalho e período acadêmico. Os principais resultados demonstram que, de maneira geral, as técnicas mais bem avaliadas em relação à sua utilidade estão sendo pouco adotadas, como a resolução de testes práticos e prática do estudo distribuído ao longo do tempo. Por outro lado, o grifo e sublinhado, além da releitura, consideradas estratégias de baixa utilidade, apresentaram ocorrência significativa. Em relação às estratégias de moderada utilidade, a auto explicação e o questionamento elaborativo demonstraram-se predominantes. Em síntese, a realização do teste de médias propiciou verificar que há diferença de médias no grupo gênero quanto às técnicas: resumos, grifo/sublinhado, releitura e testes práticos; no grupo turno de estudo quanto às técnicas questionamento elaborativo e testes práticos; e nos grupos vínculo empregatício e período de curso em relação à técnica de imagem mental.
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