VAI UM CAFÉ? O MODELO DE NEGÓCIO DE UMA EMPRESA JÚNIOR MULTIDISCIPLINAR

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/holos.2022.9908

Palavras-chave:

modelo de negócio, empresa júnior, coprodução, multidisciplinaridade.

Resumo

O objetivo deste artigo é descrever um modelo de negócio de uma empresa júnior multidisciplinar que oferta produtos e serviços. Ele parte da identificação de que não existem empresas juniores multidisciplinares no Distrito Federal com cursos de diferentes eixos ou áreas do conhecimento; as empresas juniores ofertam apenas serviços; não há na literatura exemplificações de como organizações que atuam com diferentes níveis de ensino podem se beneficiar com a atuação de estudantes de cursos técnicos em uma empresa júnior, sem serem empresários juniores. A descrição se baseou na lógica do modelo de negócio. As escolhas mais importantes do modelo de negócio da Olaria empresa júnior foram: apoio institucional via coprodução; multidisciplinaridade; oferta de produtos e serviços; desenvolvimento de parcerias; atuação de estudantes de cursos técnicos na empresa júnior; preços competitivos e desenvolvimento sustentável. O trabalho busca contribuir para o processo de implementação de empresas juniores em organizações de ensino.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luiz Fernando Câmara Viana, Instituto Federal de Brasília (IFB)

Possui graduação em Gestão do Agronegócio e mestrado em Agronegócios pela Universidade de Brasília. Atualmente é professor do Instituto Federal de Brasília e doutorando do Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA da Universidade de Brasília. Tem como principais interesses de pesquisa: inovação, resiliência econômica regional, empreendedorismo e mercados agroalimentares diferenciados.

Tatiane Alves de Melo, Instituto Federal de Brasília (IFB)

Professora no Instituto Federal de Brasília (IFB - Campus Gama), doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA da Universidade de Brasília (UnB). Atua como pesquisadora no Grupo de Pesquisas em Gestão de Pessoas e Clientes (GP2C2). Seus interesses de pesquisa concentram-se em: Gestão de Pessoas, Teletrabalho, Qualidade de Vida no (Tele)trabalho, Liderança, Práticas de Gestão de Pessoas, Interseccionalidade e Diversidade nas Organizações.

Patrícia Diniz Andrade, Instituto Federal de Brasília (IFB)

Possui graduação em Engenharia de Alimentos pela Universidade Federal de Lavras (2009), mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (2012) e doutorado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Brasília (2016). Atualmente é professora da Universidade de Brasília, atuando principalmente nos seguintes temas: aflatoxinas, LC-MS/MS, microtoxinas e avaliação da exposição a contaminantes pela dieta.

Mariana Carolina Barbosa Rêgo, Instituto Federal de Brasília (IFB)

Doutora, Mestra e Bacharel em Administração pela Universidade de Brasília (UnB). É professora de Gestão do Instituto Federal de Brasília (IFB) - Campus Brasília, e participa do Grupo de Pesquisa e Estudos Avançados sobre Comportamento Organizacional (GEPACO) da Universidade de Brasília e do Grupo sobre Estudos Organizacionais, Pessoas e Comportamento (GEOPEC). Possui interesse nas seguintes áreas: comportamento organizacional, desempenho individual, competências, vínculos no trabalho, representações sociais e metodologia de pesquisa.

Valmir Emil Hoffmann, Universidade Federal de Santa Catarina

Concluiu o doutorado em Administração de empresas - Universidad de Zaragoza em 2002. É Professor Titular do Departamento de Contabilidade na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com atuação no PPG em Contabilidade na UFSC e no PPG Profissional de Controle de Gestão; no PPG em Administração (PPGA) da UnB. Atuou como coordenador do MPA (UnB) - 2011-2015; coordenou o PPGA (UnB) - 2016-2018. Publicou vários artigos em periódicos e apresentou diversos trabalhos no Brasil e no exterior. Também participou com capítulos de livros no Brasil e publicou livros no Brasil e na Espanha. Produziu diversos trabalhos técnicos, entre consultorias e disciplinas em cursos de especialização. Sua linha de pesquisa tem se centrado em competitividade e estratégia, notadamente em temas ligados às relações interorganizacionais, como redes, aglomerações territoriais (clusters) e desempenho, em empresas de manufatura e de serviços (turismo).

Referências

Almeida, J., Daniel, A. D., & Figueiredo, C. (2019). The future of management education: the role of entrepreneurship education and junior enterprises. International Journal of Management Education, 100318. https://doi.org/10.1016/j.ijme.2019.100318 DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijme.2019.100318

Angeloni, G., Guerrini, L., Masella, P., Innocenti, M., Bellumori, M., & Parenti, A. (2019). Characterization and comparison of cold brew and cold drip coffee extraction methods. Journal of the Science of Food and Agriculture, 99(1), 391–399. https://doi.org/10.1002/jsfa.9200 DOI: https://doi.org/10.1002/jsfa.9200

Bettencourt, L. A., Ostrom, A. L., Brown, S. W., & Roundtree, R. I. (2002). Client co-production in knowledge-intensive business services. California Management Review, 44(4), 100–128. DOI: https://doi.org/10.2307/41166145

Bovaird, T. (2007). Beyond engagement and participation: user and community coproduction of public services. Public Administration Review, 67(5), 846–860. https://doi.org/10.1111/j.1540-6210.2007.00773.x DOI: https://doi.org/10.1111/j.1540-6210.2007.00773.x

Brandsen, T., Pestoff, V., & Verschuere, B. (2012). Co-production as a maturing concept. In V. Pestoff, T. Brandsen, & B. Verschuere (Eds.), New public governance (pp. 1–9). Routledge.

Brasil. (2006). Lei no 13.267, de 6 de abril de 2016. Disciplina a criação e a organização das associações denominadas empresas juniores, com funcionamento perante instituições de ensino superior. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/L13267.htm

Brasil. (2008). Lei no 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Diário Oficial da União. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11892.htm

Brasil Júnior. (2019). Movimento Brasil Júnior. https://www.brasiljunior.org.br/

Casadesus-Masanell, R., & Ricart, J. E. (2010). From strategy to business models and onto tactics. Long Range Planning, 43(2–3), 195–215. https://doi.org/10.1016/j.lrp.2010.01.004 DOI: https://doi.org/10.1016/j.lrp.2010.01.004

Casadesus-Masanell, R., & Tarziján, J. (2012). When one business model isn’t enough. Harvard Business Review, 90(1), 132–137.

Chen, J., Tsou, H., & Ching, R. K. H. (2011). Co-production and its effects on service innovation. Industrial Marketing Management, 40, 1331–1346. https://doi.org/10.1016/j.indmarman.2011.03.001 DOI: https://doi.org/10.1016/j.indmarman.2011.03.001

Comissão Europeia. (2012). Effects and impact of entrepreneurship programmes in higher education (Issue March). Entrepreneurship Unit.

Concentro. (2019). Nossa rede. www.concentro.org.br

Hampden-Turner, C. (1990). Charting the corporate mind. Free Press.

IFB. (2014). Projeto pedagógico de curso licenciatura em química. Instituto Federal de Brasília (IFB). https://www.ifb.edu.br/index.php/estude-no-ifb?id=3435

IFB. (2016). Projeto pedagógico de curso tecnologia em alimentos. Instituto Federal de Brasília (IFB). https://www.ifb.edu.br/reitori/18952

IFB. (2017). Projeto pedagógico de curso tecnologia em logística. Instituto Federal de Brasília (IFB). https://www.ifb.edu.br/index.php/estude-no-ifb?id=8014

IFB. (2018). Projeto pedagógico de curso bacharelado em administração. Instituto Federal de Brasília (IFB). https://www.ifb.edu.br/reitori/17846

IFB. (2019). Plano de desenvolvimento institucional (PDI) 2019/2023. Instituto Federal de Brasília (IFB). https://doi.org/10.1192/bjp.112.483.211-a

JE. (2020). Junior Enterprises Europe. https://juniorenterprises.eu/

Marconi, M. de A., & Lakatos, E. M. (2011). Técnicas de pesquisa (7th ed.). Atlas.

Massa, L., & Tucci, C. L. (2014). Business model innovation. In M. Dodgson, D. M. Gann, & N. Phillips (Eds.), The Oxford handbook of innovation management. Oxford University Press. DOI: https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780199694945.013.002

Miles, M. B., & Huberman, A. M. (1994). Qualitative data analysis - an expanded sourcebook. Sage Publications.

Motta, G. da S. (2017). Como escrever um bom artigo tecnológico? Revista de Administração Contemporânea, 21(5), 4–8. https://doi.org/10.1590/1982-7849rac2017170258 DOI: https://doi.org/10.1590/1982-7849rac2017170258

OECD. (2010). The nature of learning. Organization for Economic Cooperation & Development.

Olaria. (2019). Estatuto. Olaria Empresa Júnior. http://bit.ly/19esTatOL

Osborne, S. P., & Strokosch, K. (2013). It takes two to tango? understanding the co-production of public services by integrating the services management and public administration perspectives. British Journal of Management, 24(S1), S31–S47. https://doi.org/10.1111/1467-8551.12010 DOI: https://doi.org/10.1111/1467-8551.12010

Osterwalder, A., & Pigneur, Y. (2011). Business model generation - inovação em modelos de negócios. Alta Books. https://doi.org/65.012.2 O85b

Ostrom, E. (1996). Crossing the great divide: coproduction, synergy, and development. World Development, 24(6), 1073–1087. https://doi.org/10.1016/0305-750X(96)00023-X DOI: https://doi.org/10.1016/0305-750X(96)00023-X

Palassi, M. P., Martinelli, R. G. de O., & Paula, A. P. P. de. (2020). Entre o discurso empreendedor e a consciência política: estudo exploratório do movimento empresa júnior em uma universidade pública no sudeste do Brasil. Cadernos EBAPE.BR, 18(1), 1–12. DOI: https://doi.org/10.1590/1679-395172642

Porter, D. O. (2012). Co-production and network structures in public education. In V. Pestoff, T. Brandsen, & B. Verschuere (Eds.), New public governance (pp. 145–167). Routledge.

Ritter, T., & Lettl, C. (2018). The wider implications of business-model research. Long Range Planning, 51(1), 1–8. https://doi.org/10.1016/j.lrp.2017.07.005 DOI: https://doi.org/10.1016/j.lrp.2017.07.005

Rodrigues, C. M. C., Vieira, K. M., Ribas, F. T. T., Arruda, G. S. de, & Catarina, G. M. F. S. (2010). Relação entre valores pessoais e comprometimento organizacional. Revista Eletrônica Gestão de Gestão Organizacional, 8(2), 245–264.

Shafer, S. M., Smith, H. J., & Linder, J. C. (2005). The power of business models. Business Horizons, 48(3), 199–207. https://doi.org/10.1016/j.bushor.2004.10.014 DOI: https://doi.org/10.1016/j.bushor.2004.10.014

Tether, B. S. (2014). Services, innovation, and managing service innovation. In M. Dodgson, D. M. Gann, & N. Phillips (Eds.), The Oxford handbook of innovation management. Oxford University Press. DOI: https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780199694945.013.031

Zott, C., Amit, R., & Massa, L. (2011). The business model: recent developments and future research. Journal of Management, 37(4), 1019–1042. https://doi.org/10.1177/0149206311406265 DOI: https://doi.org/10.1177/0149206311406265

Downloads

Publicado

25/03/2022

Como Citar

Viana, L. F. C., de Melo, T. A., Andrade, P. D., Rêgo, M. C. B., & Hoffmann, V. E. (2022). VAI UM CAFÉ? O MODELO DE NEGÓCIO DE UMA EMPRESA JÚNIOR MULTIDISCIPLINAR. HOLOS, 1, 1–15. https://doi.org/10.15628/holos.2022.9908

Edição

Seção

ARTIGOS

Artigos Semelhantes

<< < 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.