Aspectos metrológicos da termografia na indústria de petróleo
DOI:
https://doi.org/10.15628/holos.2017.5206Palavras-chave:
câmeras térmicas, incerteza de medição, indústria de petróleo, metrologiaResumo
Câmeras térmicas, também denominadas termovisores, vêm se tornando uma alternativa para medição de temperatura em situações em que, tradicionalmente, eram utilizados termômetros de contato como termopares, termorresistores e até mesmo termômetros de não contato, também chamados de termômetros de infravermelho ou pirômetros.
Entretanto, apesar das vantagens das câmeras térmicas, como, por exemplo, a velocidade de resposta bem superior à dos termômetros de contato, ou da possibilidade de se obter a distribuição de temperaturas de uma superfície de interesse, a obtenção de medidas confiáveis de temperatura com esses termovisores é um tanto mais complexa, exigindo do operador, conhecimentos tais como a emissividade efetiva da superfície alvo, o que não é necessário na termometria de contato. Além disso, plantas na área de petróleo e gás, como é o caso de refinarias ou plataformas de petróleo são, em geral, instalações complexas e de grande extensão, o que pode exigir a utilização de diversas câmeras térmicas. A confiabilidade nas medições com esses equipamentos, e a comparação entre as medições com termovisores diferentes, requer que essas medições sejam realizadas seguindo recomendações metrológicas e que as medições incluam o valor de suas respectivas incertezas.
O objetivo deste artigo é abordar os aspectos metrológicos, incluindo o cálculo da incerteza de medição, nas avaliações termográficas em situações típicas da indústria de petróleo e proporcionar um maior domínio aos usuários desses termovisores para a obtenção de medições mais confiáveis.
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