AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE EMENDAS DE GEOMEMBRANAS DE POLI CLORETO DE VINILA EXPOSTAS A LIXÍVIAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/holos.2022.10402

Palavras-chave:

Geomembranas, compatibilidade química, descolamento, vinhaça, chorume.

Resumo

As geomembranas (GMs) são materiais sintéticos com baixa permeabilidade (em torno de 10-12 cm/s) utilizadas como barreiras impermeáveis em aterros sanitários e lagoas de estabilização. A avaliação de seu desempenho é
feita através de ensaios acelerados de compatibilidade química. Pelo fato destas serem fabricadas em bobinas, necessitam de emendas (soldas) em suas aplicações. Devido à sua resistência química, as GMs de polietileno (PE) são mais utilizadas. No entanto, as GMs de poli cloreto de vinila (PVC) também apresentam desempenho adequado em diversas aplicações, principalmente na utilização de aterros sanitários e contenção de resíduos que não contenham hidrocarbonetos. Pelo fato das GMs de PVC não possuírem um estudo mais detalhado na literatura técnica, este trabalho avaliou, por meio de ensaio acelerado, a resistência de emendas de GMs de PVC em contato com resíduo de cana-de-açúcar (vinhaça) e de aterro sanitário (chorume). Foram avaliados dois
tipos de emendas (alta frequência e fusão química) em GMs com espessuras de 1.0 e 2.0 mm. As amostras de emendas foram imersas em recipientes de aço inoxidável a uma temperatura de 50º C e, após 2, 4 e 6 meses de incubação, estas foram ensaiadas verificando-se a retenção das propriedades (resistência ao cisalhamento e descolamento) em função do tempo de exposição. Os resultados indicam que houve variação nos valores das propriedades considerando-se cada tipo de técnica de fabricação da emenda bem como do tipo de resíduo. A resistência ao descolamento nas emendas confeccionadas
pela técnica de fusão química, por exemplo, apresentou diminuições  consideráveis após os períodos de exposição. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Breno Padovezi Rocha, Instituto Federal de São Paulo (IFSP), Campus Avançado de Ilha Solteira

Possui Graduação em Engenharia Civil pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), campus Ilha Solteira, (2011). Mestrado (2013) e Doutorado (2018) pelo Programa de Pós-Graduação em Geotecnia, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo. Realizou Pos Doutorado pela UNESP (Faculdade de Engenharia de Bauru) em 2019. Faz parte dos Grupos de Pesquisa de Geotecnia e Saneamento Ambiental da UNESP de Bauru. Atualmente é professor EBTT (DE) no Câmpus Avançado Ilha Solteira do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - IFSP. Tem como principais interesses em pesquisa: Investigação do Subsolo, Ensaios de Campo, Geossintéticos, Fundações, Ensaios de Laboratório e de Campo em Solos Saturados e Não Saturados.

Paulo Cesar Lodi, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Faculdade de Engenharia de Bauru (FEB)

Possui graduação em Engenharia Civil pela Unesp - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho; Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado em Geotecnia pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC - USP). Também realizou Pós-Doutorado pela Universidade do Texas em Austin; Livre Docente pela UNESP em 2015. Possui vínculo empregatício com a Unesp - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" onde foi docente no campus de Ilha Solteira até abril de 2011. A partir desta data atua como docente no Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Faculdade de Engenharia de Bauru (FEB) sendo responsável pelas disciplinas da área de geotecnia, em particular, Mecânica dos Solos e Obras de Terra (Graduação) e Geossintéticos, Reforço de Solo e Metodologia Científica (Pós-Graduação). Sua linha de pesquisa atual está relacionada com geotecnia ambiental e geossintéticos (propriedades, degradação e envelhecimento).

Referências

AMERICAN SOCIETY OF TESTING AND MATERIALS (ASTM). (1995). D4439: Standard Terminology for Geosynthetics. West Conshohocken.

AMERICAN SOCIETY OF TESTING AND MATERIALS (ASTM). (1995). D5747: Standard Practice for Tests to Evaluate the Chemical Resistance of Geomembranes to Liquids. West Conshohocken.

AMERICAN SOCIETY OF TESTING AND MATERIALS (ASTM). (1999). D4545 – 86: Standard Practice for Determining the Integrity of Factory Seams Used in Joining Manufactured Flexible Sheet Geomembranes. West Conshohocken.

AMERICAN SOCIETY OF TESTING AND MATERIALS (ASTM). (1999). D4437: Standard Practice for Determining the Integrity of Field seams Used in Joining Flexible Polymeric Sheet Geomembranes. West Conshohocken.

AMERICAN SOCIETY OF TESTING AND MATERIALS (ASTM). (1992). D5322: Standard Practice for Immersion Procedures for Evaluating the Chemical Resistance of Geosynthetics to Liquids. West Conshohocken.

BOVE, J. A.; SMITH, W.L. (1990). Ultrasonic Seams. Geotextiles and Geomembranes, v. 09, n. 04-06, p. 325 – 331.

GIROUD, J. P. (1984). Analysis of Stresses and Elongations in Geomembranes, Proceedings of the International Conference on Geomembranes, Denver, v. 2, Denver, USA, pp. 481-486.

KOERNER, R. M. (1998). Designing with Geosynthetics, 3rd Ed. Prentice Hall Publ. Co., Englewood Cliffs.

LODI, P. C. (2003). Aspectos de degradação de geomembranas poliméricas de polietileno de alta densidade (PEAD) e de poli (cloreto de vinila) (PVC). Tese (Doutorado em Geotecnia) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos.

PEGGS, I. D. (1990). Destructive Testing of Polyethylene Geomembrane Seams: Various Methods to Evaluated Seam Strength. Geotextiles and Geomembranes, v. 09, n. 04-06, p. 405 – 414.

PEGGS, I. D. (1997). Stress Cracking in HDPE Geomembranes: What it is and how to avoid it, Proceedings of Geosynthetics Asia’97, Bangalore, India, pp. 409-417.

REDDY, D. V.; BUTUL, B. (1999). A comprehensive literature review of liners failures and longevity, submitted to Florida Center for Solid and Hazardous Waste Management University of Florida, July 12, 1999, 156p

ROLLIN, A. L.; RIGO, J. M. (1991). Geomembranes: Identification and Performance Testing. Report of Technical Committee 103 – MGH – Mechanical and Hidraulic Testing of Geomembranes. RILEM, Rollin A.L. & Rigo, J.M., eds., Chapman and Hall, Cambridge, Great Britain, 376 p.

STRUVE, F. (1990). Extrusion Fillet Welding of Geomembranes. Geotextiles and Geomembranes, v. 09, n. 04-06, p. 281-293.

SHARMA, H. D.; LEWIS, S.P. (1994). Waste containment System, waste stabilization and landfills: design and evaluation. John Wiley & Sons, Inc., New York.

VILAR, O. R. (2003). Geossintéticos em Aplicações Ambientais. In: IV Simpósio Brasileiro de Geossintéticos, 2003, Porto Alegre/RS. Anais do Geossintéticos 2003. Porto Alegre: IGS.

Downloads

Publicado

28/12/2022

Como Citar

Rocha, B. P., & Lodi, P. C. (2022). AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE EMENDAS DE GEOMEMBRANAS DE POLI CLORETO DE VINILA EXPOSTAS A LIXÍVIAS. HOLOS, 8. https://doi.org/10.15628/holos.2022.10402

Edição

Seção

ARTIGOS

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.