Configurações da disciplina de português: dando voz a alunos do ensino secundário
DOI:
https://doi.org/10.15628/holos.2025.18421Palavras-chave:
aprendizagem, português, currículo, ensino secundário, cursos científico humaniísticosResumo
Partindo da especificidade da disciplina de português, no espaço do currículo, e consequente valorização dos alunos como atores e coautores do seu conhecimento, este estudo pretende compreender a representação que os alunos dos Cursos Científico Humanísticos do ensino secundário têm da disciplina de português quanto à sua natureza e funções, bem como relativamente às opções metodológicas nela envolvidas.
Para o efeito, foi desenvolvido um estudo de caso com alunos dos Cursos Científico Humanísticos, numa escola do concelho de Évora, recorrendo ao inquérito por questionário e por entrevista (focus group).
Dos resultados obtidos destacamos que os alunos atribuem à disciplina valor utilitário pelo seu caráter formativo e transversal, no contexto do currículo, considerando que as competências nela e por ela desenvolvidas, focadas na comunicação oral e escrita na leitura, educação literária e gramática são fundamentais quer para o sucesso académico quer para a vida social e extraescolar, sobretudo no contexto profissional..
Downloads
Referências
Afonso, N. (2014). Investigação Naturalista em Educação - um guia prático e crítico. Fundação Manuel Leão.https://www.fmleao.pt/flipbook/DPP19_net/DPP19_net.pdf
Amado, J. (2017). Manual de Investigação Qualitativa em Educação (3.ª ed.). Universidade de Coimbra.
Amor, E. (1993). Didática do Português. Fundamentos e Metodologias.Texto Editora.
Araújo, L. (2005). the development of thinking in literature education. In O. Sousa(Ed.), Da investigação às práticas:Estudo de natureza educacional (pp.75-85). Escola Superior de Educação.
Bacich, J., Moran, L.(Eds.). (2018). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática.Penso.
Biesta, G. (2023). Outline of a Theory of Teaching: What. Em A.K. Praetorius, C. Charalambos Y. , & (Eds), Theorizing Teaching: Current Status and Open Issues (pp. 253-280). Springer
Carmo, H., & Ferreira, M. (2008). Metodologia da investigação: guia para auto-aprendizagem. Universidade Aberta.
Cervo, A. L., & Bervian, P. A. (1983). Metodologia científica : para uso dos estudantes universitários (3.ª ed.). McGraw-Hill do Brasil.
CNE. (2021). Recomendação n.º2/2021. Recomendação n.º2 - A voz das crianças e dos jovens na educação escolar, 135, 75-84. https://www.cnedu.pt/content/deliberacoes/pareceres/Parecer_11_2018.pdf
Cohen, L., Manion, L., & Morrison, K. (2000). Research Methods in Education. Routledge.
Cook- Sather, A. (2002). Authorizing Students' Perspectives: Toward Trust,Dialogue, and Change in Education. Educational Researcher (31) 4, 3-14.
Costa, P. (2013). Literatura, cânone, clássicos. In A. Balça, & M. Pires(Eds.), Literatura Infantil e Juvenil: Formação de leitores (pp. 31-50). Santillana Editores.
Costa, P. (2015). Algumas notas sobre o discurso oficial para o Português: as Metas Curriculares e a Educação Literária. Nuances : estudos sobre Educação set-dez, pp. 17-33.
Creswell, J. W. (2012). Educational Research: Planning, Conducting, and Evaluating Quantitative and Qualitative Research. Pearson Education.
Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho da Presidência do Conselho de Ministros. (2018). Diário da República: I Série, 2918-2928. https://data.dre.pt/eli/dec-lei/54/2018/07/06/p/dre/pt/html
Decreto-Lei n.º 55/2018 de 6 de julho, de Presidência do Conselho de Ministros. (2018). Diário da República: I Série, n.º 129, 2928-2943. https://data.dre.pt/eli/dec-lei/55/2018/07/06/p/dre/pt/html
Dionisio , M. D. (2000). A construção escolar de comunidades de leitores - Leituras do manual de Português. Edições Almedina.
Duarte, T. (2009). A possibilidade da investigação a 3:reflexões sobre triangulação (metodológica) . CIES e-WORKING PAPER,n.º 60.
Erickson, F. (1986). Qualitative Methods in Research on Teaching. Em M. C. Wittrock (Ed.), Erickson, F. (1986). Qualitative Methods in Research on Teaching. (M. C. Wittrock Ed.). MacMillan.
Fang, F., & Schelppegrell, M. (2010). disciplinary literacies across content areas: supporting secondary reading through functional language analysis. Journal of adolescent and adult literacy, 53(7), 587-597.
Ferreira, P. (2012). Conceções e práticas dos professores de língua portuguesa em relação ao ensino e à aprendizagem da Gramática: Um estudo exploratório no 2.º Ciclo do ensino básico[Dissertação de mestrado, Escola Superior de Educação de Lisboa]. Repositório Científico do Instituto Politécnico de Lisboa. http://hdl.handle.net/10400.21/2321
Fletcher, A. (2005). Meaningful Student Involvement.Guide to Students as Partners in School Change. HumanLinks Foundation. researchgate.net/publication/274707207_Meaningful_Student_Involvement_Guide_to_Students_as_Partners_in_School_Change/link/5601688f08aec948c4fab59a/download
Gorgulho, A. R., & Teixeira, M. (2016). A importância da aprendizagem da Gramática e da Escrita - o uso do laboratório gramatical. Exedra, 2, 146-168. https://doi.org/https://dialnet.unirioja.es/ejemplar/492791
Hart, R. (1992). Children's Participation: From Tokenism to Citizenship. UNICEF: Internacional Child Development Centre.
Hibberts, M., & Johnson, R. (2012). Mixed methods research. Em M. A.R.J.Briggs, Coleman, & M. Morisson (Eds.), Research methods in educational leadership and management (pp. 122-139). Sage Publications.
Krueger, R. A., & Casey, M. A. (2009). Focus groups: A pratical guide for applied research.Sage.
Lopes, J., Spear-Swerling, L., Oliveira, C. R., Velasquez, M., Araújo, L., Almeida, L., Cheesman, E. (2014). Ensino da leitura no 1.º ciclo do ensino básico: Crenças, conhecimentos e formação de professores. Fundação Francisco Manuel dos Santos. http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/33552#:~:text=http%3A//www.ffms.pt/upload/docs/ensino%2Dda%2Dleitura%2Dno%2D1o%2Dciclo%2Ddo%2Densino%2Dbasico_4Da0eQKRe0OwAClOsZH8LA.pdf
Lundry, L., & Cook-Sather, A. (2016). Children's rights and student voice: their intersections and the implications for curriculum and pedagogy. In D. Wyse, L. Hayward, & J. Pandaya (Eds.), The SAGE handbook of curriuculum, Pedagogy and Assessment (pp. 263-277). Sage.
Madeira, F. (2005). Crenças de professores de Português sobre o papel da Gramática no ensino da Língua Portuguesa. Linguagem e Ensino, 8(2), 17-38. https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/rle/article/view/15613/9800
Ministério da Educação e Ciência (MEC). (2017). Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Ministério da Educação / Direção Geral da Educação.
Merrian, S. B. (1988). Case study research in education. Jossey-Bass Publishers.
Mitra, D. (2004). The significance of students: Can increasing "student voice" in. Teachers College Record. 106(4), 651-688.
OCDE. (2016). Literacia científica, literacia de leitura e literacia matemática. PISA 2015
Onwuegbuzie , A., & Johnson, B. (outubro de 2004). Mixed Methods Research: A Research Paradigm Whose Time Has Come. (A. E. Association, Ed.) Educational Researcher, 33(7), 14-26. Obtido de http://www.jstor.org/stable/3700093?origin=JSTOR-pdf
Onwuegbuzie, A., Dickinson, W., Leech, N., & Zoran, A. (2009). A Qualitative Framework for Collecting and Analyzing Data in Focus Group Research. (U. o. Alberta, Ed.) International Journal of Qualitative Methods, 8(3), 1-21. http://creativecommons.org/licenses/by/2.0
Patton, M. Q. (1990). Qualitative Research and Evaluation Methods. Sage.
Penim, L. (2011). A alma e o engenho do currículo: história das disciplinas de Português e de Desenho no ensino secundário do último quartel do século XIX a meados do século XX. Fundação Calouste Gulbenkian: Fundação para a Ciência e Tecnologia.
Pereira, S. (2010). Explicitação gramatical no 1.ºCiclo. Em O. Sousa, A. Cardoso, & (Eds.), Desenvolver Competências em Língua: Percursos didáticos (pp. 145-174). Colibri.
Petit, M. (2019). Ler o mundo: experiências de transmissão cultural nos dias de hoje (1, Brasileira ed.). Editora 34.
Rato, V., Pereira, S., & Valente, B. (2022). As conceções de alunos do 2.º ciclo do Ensino Básico sobre o ensino e a aprendizagem da gramática do português. APP, Palavras, 58,59.
Rodrigues, D. (2016). Direitos Humanos e Inclusão. Profedições.
Sá, Patricia; Costa, António Pedro; Moreira, António (coords.). (2021). Reflexões em torno de Metodologias de Investigação: recolha de dados (Vol. 2). UA Editora. https://doi.org/https://doi.org/10.34624/ka02-fq42
Silva, A. S., & Pinto, J. M. (2009). Metodologia das Ciências Sociais. Edições Afrontamento.
Sim -Sim, I., & Rodrigues, P. (2006). O ensino da gramática visto por professores e alunos. ( E.I. Sim- Sim Eds.).ASA.
Tashakkori, A., & Teddlie, C. (2003). Handbook of Mixed Methods in Social and Behavioral Research. Sage.
Yin, R. K. (2010). Estudo de caso: planejamento e métodos (trad. Ana Thorell). Bookman.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.