OS INCENTIVOS DO PROGRAMA GRANDE CARAJÁS ÀS GRANDES EMPRESAS, E AS REPERCUSSÕES EM COMUNIDADES RURAIS
DOI:
https://doi.org/10.15628/holos.2019.5573Palavras-chave:
Programa Grande Carajás, Dominação Empresarial, Movimentos Sociais do CampoResumo
Os programas de desenvolvimento regional são destaque em pesquisas de diversas áreas. No entanto, ainda são poucas as pesquisas que se dedicam à análise das repercussões destes no cotidiano de pequenas comunidades rurais. Com isso, O objetivo deste artigo é demonstrar como o Programa Grande Carajás (PGC) possibilitou o crescimento da mineradora Vale S/A, bem como a implantação da Suzano Papel e Celulose no Maranhão, e o crescimento da influência destas em comunidades rurais, como é o caso do Assentamento Francisco Romão, em Açailândia (MA), e das quebradeiras de coco babaçu da Reserva Extrativista (RESEX) Ciriáco, em Cidelândia (MA). Os resultados contribuem para que movimentos sociais do campo tenham maior conhecimento das repercussões destas relações, possam aperfeiçoar suas ações de formação de trabalhares rurais
Downloads
Referências
Ab'Saber, A. N. (2004). A Amazônia: do discurso à práxis. 2ª ed. São Paulo EdUSP.
Acselrad, H., & Bezerra, G. N. (2007). Inserção Econômica Internacional e “Resolução Negociada” de conflitos ambientais na América Latina. Recuperado em 12 de julho, 2014, de http://goo.gl/BCJg5o.
Alexandre, A. F. (2002). A política que se apreende: avaliando o processo de implementação das reservas extrativistas no Brasil à luz do ideário da etnoconservação. Cadernos de Pesquisa Interdisciplinar em Ciências Humanas, 3 (25), 2-19. Recuperado em 20 de junho, 2015, de http://migre.me/vrDhQ.
Anderson, A. B., & Clay, J. W. (2002). Esverdeando a Amazônia: comunidades e empresas em busca de práticas para negócios sustentáveis. São Paulo: Editora Peirópolis.
Andrade, G. P. (2015). A Amazônia e o Projeto Grande Carajás: entre as tentativas de desenvolvimento da região e os problemas causados às populações indígenas. Mundo Amazónico, 6 (2), 5 – 19. Recuperado em 22 de janeiro, 2016, de http://dx.doi.org/10.15446/ma.v6n2.52950.
Araújo, H. F. A., & Nóbrega, M. L. C. (2014). Empreendimentos agroindustriais, ações coletivas de povos e comunidades tradicionais, conflitos territoriais e socioambientais. Anais do Congresso Iberoamericano de Estudios Territoriales y Ambientales, São Paulo, SP, Brasil, 6. Recuperado em 12 de fevereiro, 2016, de http://migre.me/vrF07.
Azar, Z. S. (2013). Relações de trabalho e resistência camponesa do desenvolvimento dependente no Maranhão: o assentamento Califórnia como uma expressão. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Maranhão, São Luis, MA, Brasil.
Barbosa, Z. M. (2013). O global e o regional: a experiência de desenvolvimento no Maranhão contemporâneo. Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional, 1(1). 113 – 128. Recuperado em 20 de janeiro, 2015, de http://dx.doi.org/10.7867/2317-5443.2013v1n1p113-128.
Borlina Filho, V. (2011). Commodities – Florestas avançam por novas fronteiras. Recuperado em 12 de março, 2014, de http://goo.gl/kgJAnG.htm.
Bruzaca, R. D., & Sousa, M. T. C. (2015). Conflitos socioambientais no contexto desenvolvimentista da Amazônia brasileira: proteção de direitos de comunidades quilombolas no Maranhão frente à duplicação da Estrada de Ferro Carajás. Veredas do Direito, 12 (24), 147-173. Recuperado em 12 de junho, 2016, de http://migre.me/vs1vQ.
Bunker, S. G. (2007). Da Castanha do Pará ao ferro: os múltiplos impactos do projeto de mineração na Amazônia brasileira. In: Coelho, M. C. N., & Monteiro, M. A. (Org.). Mineração e reestruturação da Amazônia. Belém: Editora NAEA, 105 – 140.
Castro, E. M. R. (1994). Industrialização, Transformações sociais e mercado de trabalho. Papers do NAEA, 23, 01 – 21.
Castro, E. M. R. (1992). Grande Carajás: Nascimento de um Pólo Guseiro em Açailândia, Maranhão. Cadernos do Centro de Estudos e Ação Social (CEAS), 142, 74-85.
Castro, R. A., & Santos, O. C. O. S. (2016). Atividades econômicas e alterações no uso e ocupação do solo na bacia do córrego Água Branca, Açailândia (MA). Caminhos de Geografia, 17(57), 118 – 130.
Coelho, M. C. N., & Monteiro, M. A. (Org.). (2007). Mineração e reestruturação espacial na Amazônia. Belém: NAEA.
Cruz, S. H. R., Castro, E. M. R., & Sá, M. E. R. (2016) Grandes projetos urbanos em metrópoles amazônicas: modernização e conflito. Novos Cadernos NAEA, 14 (2), 135-151.
Diegues, A. C. (Org.). (1999). Desmatamento e modos da vida na Amazônia. São Paulo: NUPAUB.
Esterci, N. (1987). Conflito no Araguaia: peões e posseiros contra a grande empresa. Petrópolis: Vozes.
Fernandes, A. C., & Negreiros, R. (2004). Desenvolvimento econômico, divisão de trabalho e mudanças na rede urbana. In: Fernandes, E.; Valença, M. M. (Org.). Brasil Urbano. Rio de Janeiro: Mauad. 25 – 56.
Ferreira, C. C. (2013). Vozes da Terra: o diálogo como tática para a construção de relações em rede. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.
Fonseca, P. C. D., & Monteiro, S. M. M. (2007). O Estado e suas razões: o II PND. Revista de Economia Política, 28 (1), 28 – 46.
Gil, A. C. (1996). Como elaborar projetos de pesquisa. 3ª ed. São Paulo: Atlas.
Guimarães, M. L. L. (1998). Assentamentos rurais sob políticas públicas com a empresa privada: assentamento Hipólito no município de Mossoró/RN. Anais do XI Encontro Nacional da ABEP, Campinas, SP, Brasil, 11. Recuperado em 22 maio, 2015, de http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/PDF/1998/a185.pdf.
Hébette, J. (Org.). (1991). O cerco está se fechando: o impacto do grande capital na Amazônia. Petrópolis: Vozes.
Lima, A. C. C., & Simões, R. F. (2010). Teorias clássicas do desenvolvimento regional e suas implicações de política econômica: o caso do Brasil. RDE, 12 (21), 5 – 19.
Marconi, M. A., & Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos de Metodologia Científica. 5ª Edição. São Paulo: Editora Atlas.
Martins, D. P. (2008). Novos caminhos e antigas práticas: acordos de Comunidades com empresas para o manejo Florestal, o caso da reserva extrativista rio Preto-Jacundá em Machadinho D’Oeste – RO. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Pará, Belém, PA, Brasil.
MARX, K. (1996a). O capital: crítica da economia política. v. 01. Capítulos I – XII. (R. Barbosa., & F. R. Kothe, Trad.). São Paulo: Ed. Nova Cultural.
_____. (1996b). O capital: crítica da economia política. v. 02. Capítulos XIII – XXV. (R. Barbosa., & F. R. Kothe, Trad.) São Paulo: Ed. Nova Cultural.
Monteiro, M. A. (2012). Mineração, siderurgia e desenvolvimento regional. Anais da Reunião anual da SBPC, São Luís, MA, Brasil, 64. Recuperado em 26 de março, 2015, de http://goo.gl/WtEouY.
Monteiro, M. A. (2005). Meio século de mineração industrial na Amazônia e suas implicações para o desenvolvimento regional. Estudos Avançados, 19 (53), 187-207.
Monteiro, M. A. (2004). Amazônia: mineração, tributação e desenvolvimento regional. Novos Cadernos NAEA, 7 (2), 159 – 186.
Monteiro, M. A. (1998). Siderurgia e Carvoejamento na Amazônia. Drenagem energético- material e pauperização regional. Belém: Editora da UFPA em co-edição com a ETFPA.
Ottati, A. M. A. A. (2013). As dinâmicas e as desigualdades regionais de desenvolvimento no estado do Maranhão. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.
Página Sustentável. (2014). Suzano fortalece a cadeia produtiva do coco babaçu. Notícia Publicada em 18 dez. 2014. Recuperado em 23 de março, 2015, de http://goo.gl/VPVpSB.
Palheta, J. M., Silva, C. N., & Medeiros, G. N. (2015). Territórios com mineração na região sudeste do Pará–Norte do Brasil. Revista da ANPEGE, 11 (15), 281-308.
Pereira, A. R. (2016). A Igreja Católica, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e o Estado: Mediação e Conflito na região Araguaia Paraense. Cadernos do CEAS, 232, p. 5-26.
PNCSA. (2014). Programa Nova Cartografia Social da Amazônia. A devastação dos babaçuais e a desestruturação de modos de vida dos povos e comunidades tradicionais. Boletim Informativo.
Rocha, M. R. V. S., Silva, D. C. O., & Loiola, E. (2015). Amazônia Oriental: impactos socioambientais em Pequiá de Baixo no Município de Açailândia-Ma. Revista Acta Ambiental Catarinense, 12 (1/2), 17-30.
Sant’Ana Júnior, H. A., Milanez, B., Scotto, G., Bossi, D., & Fato, K. (2012). Injustiça Ambiental, Mineração e Siderurgia. In: Porto, M. F., Pacheco, T., & LEROY, J. P. (Org.). Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil, o mapa de conflitos. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 175-205.
Sant’Ana Júnior, H. A. (2009). Conflitos socioambientais no Maranhão e sua relação com grandes projetos de desenvolvimento. Anais da Jornada Internacional de Políticas Públicas, São Luís, MA, Brasil, 4.
Sant’Ana Júnior, H. A., Pereira, M. J. F., Alves, E. J.P., & Pereira, C. R. A. (2009) Ecos dos conflitos socioambientais: a RESEX Tauá-Mirim. São Luis: EDUFMA.
Silva, J. R. S. (2006). Segurança alimentar, produção agrícola familiar e assentamentos de reforma agrária no Maranhão. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA, Brasil.
Souza, A. S., & Eld, F. (2015). Migração de trabalhadores nordestinos a Parauapebas. Revista Geonorte, 4 (12), 1582-1599.
Sousa, R. V. (2012). A influência do Estado no crescimento da economia do setor mineral: o caso da CVRD de 1942 a 2010. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Pará, Belém, PA, Brasil.
Souza, N. J. (2005). Teoria dos polos, regiões inteligentes e sistemas regionais de inovação. Análise, 16 (1), 87 – 112.
Suzano. (2012). Relatório de Sustentabilidade 2012. Recuperado em 20 de junho, 2015, de http://goo.gl/R55IcX.
Tavares, H. M. 2013. Estratégias de Desenvolvimento Regional: abordagens e experiências em tempos e espaços diferentes. In: Randolph, R., & Tavares, H. M. (Org.). Política e Planejamento Regional: uma coletânea. Brasília: Gráfica Movimento. 22 – 30.
Tavares, J. C. (2008). Universalidade e singularidades do espaço transitório: um estudo a partir de quebradeiras de coco Babaçu/MIQCB e trabalhadores rurais sem terra/MST no Maranhão (1990 – 2000). Tese de Doutorado, Universidade de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.
Vale. (2015). Diretoria de Relacionamento com Comunidades. Estrada de Ferro Carajás. Comunidades Prioritárias. (No prelo).
Vale. (2014). A Vale no Maranhão. Recuperado em 22 de setembro, 2016, de http://migre.me/v2J2t. Acessado em: 22 de setembro de 2016.
Vale. (2013). Diretoria de Relacionamento com Comunidades. Comunidades Críticas – Novo Oriente (Açailândia). (No prelo).
Vallejo, L. R. (2009). Unidade de conservação: uma discussão teórica à luz dos conceitos de território e políticas públicas. Geographia, 4 (8), 57-78.
Zhouri, A. (2005). Conflitos sociais e meio ambiente urbano. Comunidades, Meio Ambiente e Desenvolvimento, 17. Recuperado em 12 de julho, 2015, de http://migre.me/uUPIJ.
Português (Brasil)
English
Español (España)
Français (France)
