ONDAS DE GRAVIDADE NA ESTRATOSFERA EQUATORIAL BRASILEIRA: ESTUDO DE CASO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/holos.2016.4637

Palavras-chave:

Meteorologia, Ondas de gravidade, estratosfera, Balões meteorológicos

Resumo

Perturbações atmosféricas geradas por ondas de gravidade e com características quase periódicas têm sido intensamente estudadas nas últimas décadas. No entanto, poucos desses estudos se referem a atmosfera equatorial sobre o setor sul americano de latitudes. No presente trabalho se discute resultados relativos a detecção de assinaturas de ondas de gravidade no perfil de temperatura da estratosfera equatorial, em uma faixa de altura compreendida entre 16 – 25 km, a partir de dados de radiossondas instaladas em balões meteorológicos lançados, rotineiramente, do Centro de Lançamentos da Barreira do Inferno (CLBI), localizado em Natal/RN (5,8°S; 35,5°O), durante o ano de 2000. Neste ano foram realizadas 185 sondagens diurnas, sendo que em 29 casos foram observadas perturbações com períodos aproximados compreendidos entre 6 – 28 min, ou seja, compatíveis com ondas de gravidade. Além disso, foi calculado o perfil da densidade de energia potencial, para o caso do dia 23/05/2000, e se constatou que a densidade de energia potencial, associada à esta perturbação, foi da ordem de 0,5 – 4 J/kg.

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Biografia do Autor

Anderson Luiz Pinheiro de Oliveira, UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Doutorando do Programa de Pós-graduação em Ciências Climáticas (UFRN), Mestre em Ensino de Ciências Naturais e Matemática (UFRN) e Graduado em Física (UFRN). Desenvolve pesquisas em Ensino de Física e Clima Espacial/Aeronomia. Professor de Física do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, campus São Paulo do Potengi.

 

Elio Pessoa Cazuza, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Graduado em Física Licenciatura Plena na UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. mestrado em CIÊNCIAS CLIMÁTICAS pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2014) e doutorando em Ciências Climáticas. Atuou como bolsista no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência/ PIBID subprojeto Física UFRN/ CAPES - no qual se concentrou nas áreas de pesquisa e extensão em Ensino de Física.Tem experiência na área de Geociências com ênfase em Aeronomia.

José Quinzinho Medeiros Neto, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Graduado em Física Licenciatura pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, atuando principalmente nos seguintes temas: licenciatura em física, física de plasmas e descargas elétricas.

José Pedro da Silva Junior, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Possui graduação em Física Licenciatura pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2012) e mestrado em CIÊNCIAS CLIMÁTICAS pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2015). Atualmente é professor substituto do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte e doutorando em Ciências Climáticas. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em magnetômetros do tipo fluxgate para estudos em clima espacial.

Abimael Amaro Xavier Barbosa, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Graduado em Física-licenciatura pela UFRN e mestre em Ciências Climáticas pelo PPGCC (UFRN), tem desenvolvido trabalhos na área de clima espacial, com foco na influência de tempestades magnéticas sobre cintilações de GPS. Também possui experiência em áreas de ensino: método investigativo na educação científica para crianças; ensino de Física para cursinho pré-vestibular (UFRN) e para jovens e adultos (SEEC-RN); e atuação no ensino médio do Colégio Estadual do Atheneu Norte-Riograndense.

Gilvan Luiz Borba, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Possui graduação em Física Bacharelado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1979), mestrado em Física pela Universidade Estadual de Campinas (1984) e doutorado em Geofísica Espacial pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (1993). Atualmente é professor Titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Tem experiência nas áreas de Geociências e Ensino de Física, atuando principalmente nos seguintes temas: medium scale traveling ionospheric disturbances, gravity waves, física da ionosfera, física do clima e formação de professores.

David Mendes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

É graduado em Meteorologia pela Universidade Federal do Pará (1998) e doutorado em Física da atmosfera pela Universidade de Lisboa (2006). Pós-doutorado do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Meteorologia Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: Mudanças climáticas, amazônia, eventos extremos , modelagem clima, meteorologia dinâmica termodinâmica, clima, ciclones extratropicais e inteligencia Artificial (e.g. Redes Neurais Artificiais - RNA). é coordenador do Grupo de Pesquisa em Modelagem de Sistemas Complexos da UFRN, e coordenador do Projeto "CONEXÕES ENTRE A ZONA DE GELO MARGINAL NOS MARES ANTÁRTICOS E SISTEMAS SINÓTICOS E DE BLOQUEIOS: IMPACTO SOBRE A AMÉRICA DO SUL", projeto este inserido no PROANTAR. Coordenado do Grupo de pesquisa "Modelagem Climática e de Sistemas Complexo" do CNPq/UFRN. Professo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, e professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas - PPGCC. e do Departamento de Ciências Atmosféricas e Climáticas - DCAC. Professor Adjunto II.

Mário Pereira da Silva, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Graduado em Física pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1974), mestre e doutor em Física, respectivamente em 1978 e 1989, pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Pesquisador em Física da Matéria Condensada no Laboratorio Film Sotilli, ENEA (Casaccia)-Itália (1991/1992). Foi coordenador de C&T do Governo do Estado do RN, no período 97/99. Em 2005/2006 realizou estágio posdoutoral em Oceanografia Física no IOUSP-SP, com ênfase em dinâmica de estuários e sua interação com o meio ambiente, além do uso de modelos numéricos para estudar movimentos de águas em estuários e na plataforma continental. Atualmente é Professor Titular do Departamento de Geofísica e Membro Efetivo do Programa de Pósgraduação em Ciências Climáticas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Maurício de Lima Alcântara, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Possui graduação em Ciências Aeronáuticas pela Acadêmia da Força Aérea (1989), graduação em Matemática (2003) e Mestre em Ciências Climáticas (2015) pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atualmente é discente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas. Tem experiência em gestão e administração pública, gestão da qualidade, gerência de recursos humanos, gestão de projetos na área aeronáutica e espacial.

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Publicado

09/05/2017

Como Citar

Oliveira, A. L. P. de, Cazuza, E. P., Medeiros Neto, J. Q., Silva Junior, J. P. da, Barbosa, A. A. X., Borba, G. L., … Alcântara, M. de L. (2017). ONDAS DE GRAVIDADE NA ESTRATOSFERA EQUATORIAL BRASILEIRA: ESTUDO DE CASO. HOLOS, 8, 24–35. https://doi.org/10.15628/holos.2016.4637

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