MANEJO DE DESASTRES E PROTEÇÃO FINANCEIRA À INUNDAÇÃO NO VALE DO AÇU/RN

Autores

  • Juliana Rayssa Costa Discente da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Fernando Moreira Silva Prof. Dr. Dept. Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Adalfran Hebert de Melo Silveira Discente da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Hamilcar José Almeida Filgueira Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.15628/holos.2015.1634

Resumo

Os municípios de Açu, Ipanguaçu, Alto do Rodrigues, Pendências e Carnaubais foram inundados diversas vezes, causado impactos econômicos, sociais e ambientais. Em virtude de tal situação se fez necessário realizar pesquisas para avaliar a vulnerabilidade e o risco existente à inundação nestas áreas. Contudo, este artigo tem como objetivo expor o manejo de desastres e governabilidade e proteção financeira no que concerne a inundação em municípios do Vale do Açu/RN por meio de Indicadores de Manejo de Desastres e de Governabilidade e Proteção Financeira. Como metodologia utilizou-se indicadores elaborados por Cardona et al. (2005) por meio de questionários estruturados aos gestores municipais relativo à gestão institucional do ano de 2009. Os resultados mostram que os municípios que melhor maneja (IMD) e protege financeiramente (IPF) o risco à inundação respectivamente são: Açu (IMD e IPF qualificado como razoável), Ipanguaçu (IMD classificado como razoável e IPF – péssimo) e os demais municípios tanto o IMD como IPF foram ponderados como péssimos, devido ausência de algumas ações e recursos, como criação de fundo de investimentos sociais permanentes para o apoio de comunidades vulneráveis, com foco nos extratos socioeconômicos mais pobres e programas regulares de microcrédito, além de atividades do gênero, orientadas à redução da vulnerabilidade humana.

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Biografia do Autor

Juliana Rayssa Costa, Discente da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Graduada em Geografia (Bacharelado) pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2006-2009); Mestre pelo Programa de Pós Graduação em Engenharia Urbana e Ambiental da Universidade Federal da Paraíba (2010-2012); Especialista em Gestão Ambiental e Urbana pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2011-2012); Especialização em Andamento em Geografia do semiárido e Educação Ambiental pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (2011-2013) e Consultora Ambiental. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em climatologia, conforto térmico, análise geoambiental, inundações, educação ambiental, licenciamento ambiental, participação na elaboração de estudos ambientais (Relatório de Controle Ambiental RCA, Relatório Ambiental Simplificado - RAS, Relatórios Detalhados de Planos Ambientais-RDPAs) e Sistema de Gestão Ambiental baseado na ISO 14.001:2004.

Fernando Moreira Silva, Prof. Dr. Dept. Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Possui graduação em Meteorologia pela Universidade Federal da Paraíba (1981), mestrado em Meteorologia Aplicada pela Universidade Federal de Campina Grande (1991), doutorado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal da Paraíba (2003) e pós-doutorado em Bioclimatologia da Caatinga (2010). Foi meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (1981 a 1994). Atualmente é professor adjunto do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Meteorologia, atuando principalmente nos seguintes temas: bioclimatologia, educação ambiental, clima urbano, degradação ambiental, caatinga, geoprocessamento e sensoriamento remoto.

Adalfran Hebert de Melo Silveira, Discente da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Bacharel em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Pesquisador bolsista CNPq da base de estudos geoambientais vinculado ao Departamento de Geografia. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Climatologia e Meteorologia, Estatística, Informações Ambientais, atuando principalmente nos seguintes temas: Climatologia Dinâmica, Mudanças Climáticas, Temperatura do ar, Umidade de superfície, dinâmica do vento, Clima Urbano, Processamento Digital de Imagens de Sensoriamento Remoto (PDI), Sistemas de Informações Geográficas (SIG), Informações Ambientais e Indicadores Ambientais, Risco e vulnerabilidade de incêndio florestal e urbano. Experiência com SIG IDRISI (software que integra funcionalidades direcionadas às aplicações em SIG e também ao processamento de imagens), direcionados, principalmente com dados do programa Landsat. Soldado do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Norte, atualmente lotado no Serviço Técnico de engenharia (SERTEN). Atualmente cursa Pós Graduação em Geoprocessamento (EAD), Na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas e, Geografia do Semiárido e Educação Ambiental no IFRN (EAD).

Hamilcar José Almeida Filgueira, Universidade Federal da Paraíba

Graduado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal da Paraíba (1988), graduado em Licenciatura Plena em Técnicas Industriais, na habilitação Construção Civil, pela Universidade Federal da Paraíba (1981), mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (1992) e doutorado em Recursos Naturais pela Universidade Federal de Campina Grande (2004), com parte dos trabalhos de Tese desenvolvidos na University of Florida, em Gainesville, Flórida, EUA e na Universidad de Piura, em Piura, Peru. Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal da Paraíba, Campus I. Tem experiência nas áreas de Engenharia de Água e Solo, Saneamento Ambiental e de Geociências, com ênfase em Recursos Naturais, atuando principalmente nos seguintes temas: análise de risco a desastres relacionados com fenômenos naturais, irrigação e drenagem, sensoriamento remoto e recursos hídricos.

Referências

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Publicado

01/10/2015

Como Citar

Costa, J. R., Silva, F. M., Silveira, A. H. de M., & Filgueira, H. J. A. (2015). MANEJO DE DESASTRES E PROTEÇÃO FINANCEIRA À INUNDAÇÃO NO VALE DO AÇU/RN. HOLOS, 5, 34–43. https://doi.org/10.15628/holos.2015.1634

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