DE INICIANTES A VANGUARDISTAS: O USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS POR JOVENS PROFESSORES

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/holos.2018.4867

Palavras-chave:

Aprendizagem Ubíqua, Docência, Ciberespaço, Aplicativos Digitais.

Resumo

Compreender os usos que jovens professores fazem das tecnologias digitais em sala de aula é um dos desafios deste texto. Para isso, o artigo discute três perfis: iniciantes, moderados e vanguardistas.  A partir dos resultados, que são um recorte de uma pesquisa realizada no âmbito do Mestrado em Educação, apresentamos aqui os desafios e as estratégias do uso das TICs por jovens professores. A pesquisa qualitativa (MINAYO, 2014) com abordagem etnográfica virtual (MATTOS, 2011; SALES, 2012), fez uso da técnica Snowball (GOODMAN, 1961; DEWES, 2013). O estudo problematiza as narrativas de doze jovens docentes à luz de temas como ubiquidade (SANTAELLA, 2016; 2013; 2004; BURBULES, 2014), desafios da docência na era digital (CASTEELS, 2015; KERCKHOVE, 2016), e integração das TICs na prática pedagógica (BONILLA E PRETTO, 2015). O estudo conclui que os jovens professores tendem a usar com mais intensidade as tecnologias em situação de aula, mas isso não está relacionado apenas ao fato deles serem usuários imersos de artefatos tecnológicos na sua vida pessoal. O fator principal que impulsiona esses docentes a desenvolverem práticas pedagógicas inovadoras, especificamente no caso estudado, está relacionado à aproximação que eles tiveram com as TICs na licenciatura e o aprofundamento dessa temática via cursos extracurriculares ou pós-graduação.  

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Valdeci Reis, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina

Pedagogo, Mestre em Educação, Doutorando em Educação pela Universidade do Estado de Santa Catarina

Referências

BIERNACKI, P., WALDORF, Dan. (1981) Snowball Sampling: Problems and Techniques of Chain Referral Sampling. Sociological Method Research. V.10, p. 141-163.

BONILLA, M. H. S., PRETTO, N. L. (2015) Política Educativa e Cultura Digital: entre práticas escolares e práticas sociais. PERSPECTIVA, Florianópolis, v. 33, n. 2, p. 499 - 521.

BRASIL. Presidência da República. Secretaria de Comunicação Social. Pesquisa brasileira de mídia 2015: hábitos de consumo de mídia pela população brasileira. Brasília: SECON, 2014.

________. LEI Nº 12.852, de 5 de agosto de 2013. Institui o Estatuto da Juventude e dispõe sobre os direitos dos jovens, os princípios e diretrizes das políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude - SINAJUVE. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12852.htm>. Acesso em: 25 jan. 2015.

BURBULES, N. C. (2013) Los significados de “aprendizaje ubicuo”. Archivos analíticos de políticas educativas, 22 (104). 2014. Http://dx.doi.org/10.14507/epaa.v22.1880. Arículo publicado originalmente en: revista de política educativa, año 4, número 4, udesa-prometeo, buenos aires.

CASTELLS, M. (2002) A Sociedade em rede – a era da informação: economia, sociedade e cultura. v.I. São Paulo: Paz e Terra.

______. (2010) Communication Power. Cambridge, MA: MIT.

______. (2015) O Poder da comunicação. São Paulo: Paz e Terra.

CITELLI, A. O., COSTA, M. C. C. (2011) Educomunicação: construindo uma nova área de conhecimento. São Paulo: Paulinas.

DEWES, J. O. (2013) A amostragem em Bola de Neve e Respondent-Driven: Uma descrição dos Métodos. 2013. 63 f. TCC (Graduação) – Graduação em Estatística, Instituto de Matemática, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

DUSSEL, I. (2011) VII Foro Latinoamericano de Educación: aprender e ensinar en la cultura digital. 1.ed. Buenos Aires: Santillana.

________. (2010) La invención pedagógica del aula: Una genealogía de las formas de enseñar. Buenos: Ed. Santillana.

______. (2013) Curriculum y Autoridad Cultural: Metáforas para pensar en los desafios contenporáneos. In: MORGADO, José Carlos; SANTOS, Lucíola Licínio de Castro Paixão; PARAÍSO, Marlucy Alves. Estudos Curriculares: Um debate contemporâneo. Curitiba: CRV. p. 11-36.

ERICKSON, F. (1992) Ethnographic microanalysis of interaction. LECOMPTE, M. D., MILLROY, W. L.; PREISSLE, J. (Ed.). The Handbook of Qualitative Research in Education. New York: Academic Press, p. 201-226.

Freire, P. (1976) Extensão ou Comunicação? Rio de Janeiro: Paz e Terra.

________. (1993) Política e Educação. São Paulo: Cortez.

GUATARRI, F. (1992) Caosmose. Um novo paradigma estético. Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Cláudia Leão (Trads.). Rio de Janeiro: Ed. 34.

______. (1993) Produção de subjetividade. In: PARENTE, A. (Org.). Imagem Máquina. Rio de Janeiro: Ed. 34.

GEERTZ, C. (1989) A interpretação das culturas. LTC: Rio de Janeiro.

GOODMAN, L. A. (1961) Snowball Sampling. Annals of Mathematical Statistics. v.32, p.148-170. Disponível em: http://projecteuclid.org/DPubS?verb=Display&version=1.0&service=UI&handle=euclid.aoms/1177705148&page=record Acesso em: 04 Sep. 2015.

HARAWAY, D. (1991) Cyborg manifesto: science, technology and socialist feminism in the late twentieth century. In: ______. Simians, cyborgs, and women: the reinvention of nature. New York: Routledge.

______. (2009) Manifesto ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. In: SILVA, Tomaz Tadeu da. Antropologia do ciborgue: as vertigens do pós-humano. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica, p. 33-99. (MIMO).

KERCKHOVE, D. (2016) Ética de transparência na era do Big Data. In: LOPES, Maria Immacolata Vassallo de; KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Comunicação, cultura e mídias sociais. São Paulo: ECA USP, 2016. p. 5-23.

LÉVI-STRAUSS, C. (1988) Tristes trópicos. Barcelona: Paidós.

LÜDKE, Menga; ANDRÉ, (1986) Marli Elisa Dalmazo Afonso. A Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU.

LUNARDI-MENDES, G. M; SOUZA NETO, A; REIS, V. (2015) Laptops na sala de aula: os desafios da escola em tempos digitais. In: BUSARELLO, Raul Inacio; BIEGING, Patricia; ULBRICHT, Vania Ribas (Orgs.). Sobre Educação e Tecnologias: conceitos e aprendizagem. 1.ed., v.1, São Paulo: Pimenta Cultural, p. 145-159.

MALINOWSKI, Bronis?aw. (1978) Uma teoria científica da cultura. Rio de Janeiro: Zahar.

MATTOS, C. L. G. (2011) A abordagem etnográfica na investigação científica. In: MATTOS, CLG., and CASTRO, PA., orgs. Etnografia e educação: conceitos e usos. Campina Grande: EDUEPB. pp. 49-83.

MEHAN, H. (1992) Understanding inequality in schools: the contribution of interpretative studies. Sociology of Education, v. 62, nº 1, p. 265-286.

MINAYO, M. C. S. (2014) O Desafio do Conhecimento: Pesquisa qualitativa em saúde. 14 ed. São Paulo: Hucitec Editora.

QUARTIERO, E. M., FANTIN, M. (2014) Education-Research in School: places and authorships in question. REM- Research on Education and Media, v. 6, p. 35-45.

QUARTIERO, E. M., BONILLA, M. H., FANTIN, M. (2015) Projeto UCA: entusiasmos e desencantos de uma política pública. 1.ed., v.1. Salvador-BA: EDUFBA, 241p.

SALES, S. R. (2013) O imperativo da ciborguização no currículo do ensino médio. In: MORGADO, José Carlos; SANTOS, L. L. C. P., PARAÍSO, M. A. Estudos Curriculares: um debate contemporâneo. Curitiba: CRV, p. 193-206.

_______. (2012) Etnografia+netnografia+análise do discurso: articulações metodológicas para pesquisar em educação. In: MEYER, D. E., PARAISO, M. A. Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação. Belo Horizonte: Mazza Edições, p. 111-132.

SANTAELLA, L. (2016). A cultura digital na berlinda. In: LOPES, M. I. V., KUNSCH, M. M. K. Comunicação, cultura e mídias sociais. São Paulo: ECA USP. p. 93-101.

______. (2013) Comunicação ubíqua: repercussões na cultura e na educação. São Paulo: Paulus.

______. (2004) Navegar no Ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo: Paulus.

_______. (2010) A aprendizagem ubíqua substitui a educação formal?. ReCeT: Revista de Computação e Tecnologia da PUC-SP, v. 2, p. 17-22.

WILLIS, P. (1977) Learning to labor: working class kids get working class jobs. Farnborough, Eng: Saxon House.

WOODS, P. (1986) Inside schools. Ethnography in educational research. London: Routledge.

YOUNG, M. F. D. (2010) Conhecimento e currículo: do socioconstrutivismo ao realismo social na sociologia da educação. Tradução de Jorge Ávila de Lima. Porto: Porto Editora.

Downloads

Publicado

09/02/2018

Como Citar

Reis, V., & Mendes, G. M. L. (2018). DE INICIANTES A VANGUARDISTAS: O USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS POR JOVENS PROFESSORES. HOLOS, 1, 297–316. https://doi.org/10.15628/holos.2018.4867

Edição

Seção

ARTIGOS

Artigos Semelhantes

<< < 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.