RELAÇÕES DE GÊNERO E ERGONOMIA: ABORDAGEM DO TRABALHO DA MULHER OPERÁRIA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/holos.2017.4772

Palavras-chave:

Relações de gênero, Ergonomia, Trabalho, Gênero

Resumo

Este artigo, de natureza teórica e empírica, descreve e aborda algumas condições de trabalho da mulher operária, sob a perspectiva de relações de gênero e intervenções ergonômicas. A partir da década de 1970, intensificou-se a participação da mulher no mercado de trabalho e, nos últimos anos elas deixaram de atuar somente naquelas áreas tipicamente femininas para ocupar espaço em profissões ditas masculinas que exigem força e resistência. O problema abordado são as dificuldades encontradas pelas mulheres operárias entrevistadas nesses ambientes laborais e a necessidade de adaptações ergonômicas dos postos de trabalho, de forma a atender as suas necessidades pessoais para a execução de suas atividades de forma eficiente e segura. Os resultados apontam para um silenciamento das relações de gênero no setor industrial, sobretudo quando se analisa as condições ergonômicas das atividades na perspectiva de uma subjetiva sexuada e atuante.

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Biografia do Autor

Mislene Rosa, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - CEFET-MG.

Mestranda em Educação Tecnológica - Bolsista CNPq

Departamento de Educação

Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica

Raquel Quirino, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - CEFET-MG.

Pós-Doutora em Educação

Departamento de Educação

Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica

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Publicado

14/11/2017

Como Citar

Rosa, M., & Quirino, R. (2017). RELAÇÕES DE GÊNERO E ERGONOMIA: ABORDAGEM DO TRABALHO DA MULHER OPERÁRIA. HOLOS, 5, 345–359. https://doi.org/10.15628/holos.2017.4772

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