ENTRE PANELAÇOS E BATUQUES: NOTAS SOBRE AS RESISTÊNCIAS DAS ESTUDANTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DE GÊNERO NO ENSINO MÉDIO INTEGRADO DO IFRN
DOI:
https://doi.org/10.15628/holos.2025.19106Palavras-chave:
Resistência, Sororidade, Violência de gênero, Educação Profissional, SubjetivaçãoResumo
Este artigo analisa as resistências desenvolvidas por estudantes vítimas de violência de gênero no Ensino Médio Integrado do IFRN. A pesquisa, de abordagem qualitativa, utilizou a técnica do diário solicitado e a Análise Textual Discursiva (ATD) para compreender os processos de subjetivação e de resistência de uma aluna ficticiamente chamada Sabela. A partir de episódios de assédio, a estudante engajou-se em ações coletivas, como rodas de conversa, manifestações e protestos silenciosos. A pesquisa evidencia que, mesmo em contextos de violência, é possível construir práticas de resistência passiva e ativa por meio da sororidade e do engajamento político. Os resultados apontam a relevância do acolhimento institucional e do apoio entre pares na luta contra a violência de gênero no ambiente escolar.
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