HISTÓRIAS DAS IDEIAS PEDAGÓGICAS E A COEDUCAÇÃO: REGISTROS DE UM PERCURSO

Autores

Palavras-chave:

Histórias das ideias pedagógicas, Escolas Mistas, Coeducação.

Resumo

O artigo parte de duas provocações: escolas mistas e coeducação são sinônimos? Como compreender a coeducação, na perspectiva da coexistência dos sexos? para refletir sobre a coeducação, a partir das escolas mistas e do registro de seu percurso na educação brasileira, evidenciando seus atuais desafios. Para tanto, são revelados indícios da presença de práticas educativas mistas entre os povos originários, no período colonial. Em seguida, são registrados os debates ocorridos em torno da criação de escolas mistas no período imperial, para compreender a sua regulamentação legal, à época. O texto discorre sobre as estruturas arquitetônicas das escolas nas primeiras décadas da república brasileira e seus reflexos para com a coeducação, defendida no Manifesto dos Pioneiros, de 1932. Finalizando, é dada visibilidade às atuais práticas escolares sexistas e à existência de Escolas Single-Sex, para destacar a necessidade da inserção, na formação docente, do debate sobre escolas mistas e coexistência dos sexos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Iran de Maria Leitão Nunes, Universidade Federal do Maranhão

Universidade Federal do Maranhão

Referências

Almeida, J. S. (2007, agosto) A co-educação dos sexos: apontamentos para uma interpretação histórica. História da Educação, (22), 61-86. Recuperado de: http//fae.ufpel.edu.br/asphe.

Andrade, F. A. de. (2010). A educação feminina nas vilas de índio na capitania do Ceará: fontes e itinerários metodológicos. In VIII Congresso Luso-brasileiro de História da Educação. Anais. São Luís: EDUFMA.

Auad, D. (2014). Igualdade de gênero e co-educação: reflexões necessárias para a construção da democracia. In Sierra, J. C., & Signorelli M. C. (Orgs.). Diversidade e educação: intersecções entre corpo, gênero e sexualidade, raça e etnia. Matinhos: UFPR Litoral.

Auad, D. (2004). Relações de gênero nas práticas escolares e a construção de um projeto de co-educação. In Reunião anual da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Educação – ANPEd, 27. Caxambu. Anais. Rio de Janeiro: ANPEd, 2004. 1-17. Recuperado de: http://www.anped.org.br/reunioes/27/ge23/t233.pdf.

Azevedo F. Manifestos dos pioneiros da Educação Nova (1932) e dos educadores 1959. (2010). Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Massangana.

Bourdieu, P. (2002). A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

Castanha, A. P. (2013). Edição crítica da legislação educacional primária do Brasil imperial: a legislação geral e complementar referente à Corte entre 1827 e 1889. Francisco Beltrão: Unioeste – Campus de Francisco Beltrão; Campinas: Navegando Publicações.

Castanha, A. P. (2015, dezembro). O processo de feminização do magistério no Brasil do Século 19: coeducação ou escolas mistas. Hist. Educ. [online]. 19(47), 197-212.

Faria Filho, L. M., & Vidal, D. G. (2000). Os tempos e os espaços escolares no processo de institucionalização da escola primária no Brasil. Revista Brasileira de Educação, (14), 19-34.

Fortino, S. (2009). Coexistência dos sexos In Hirata, H. (Orgs) Dicionário crítico do feminismo (pp. , 133-138). São Paulo: UNESP.

Ginzburg, C. (2002) Relações de força: história, retórica, prova. São Paulo: Companhia das Letras.

Moacyr, P. (1936) A instrução e o Império Subsídios para a história da educação no Brasil, 1850 – 1887. São Paulo: Cia Editora Nacional.

Mattos, L. A. (1958). Primórdios da Educação no Brasil: o período heróico (1549-1570). Rio de Janeiro: Aurora.

Motta, D. G., & Nunes, I. M. L. (2016, dezembro). Sexualidade, formação docente e currículo escolar: abordagem maranhense. Revista COCAR, (2), 164-181. Recuperado de: http://páginas.uepa.br/seer/index.php/cocar.

Nunes, I. M. L., & Oliveira, R. T. (2022). Corpos e sexualidades na formação docente e nas práticas educativas. In Silva, S. M. P., & Machado, R. N. S. (Orgs). Gêneros, Diversidades e Inclusão Educacional. Curitiba: CRV.

Oliveira, A. A. (2003). O ensino público. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial.

Leite S. I. S. (1940). Novas Cartas Jesuíticas (De Nóbrega a Vieira). Cia Editora Nacional. São Paulo.

Ribeiro, A. I. M. (2011). Mulheres educadas na colônia. In Eliane Maria Teixeira Lopes; Fialho Filho, L. M., & Cynthia G. V. 500 anos de Educação no Brasil. 5ª ed. Belo Horizonte: Autêntica.

Scott, J. (1995, dezembro) Gênero: uma categoria útil para análise histórica. Educação & Realidade, (20), 71-99.

Publicado

04/04/2023

Como Citar

Leitão Nunes, I. de M. (2023). HISTÓRIAS DAS IDEIAS PEDAGÓGICAS E A COEDUCAÇÃO: REGISTROS DE UM PERCURSO. HOLOS, 2(39). Recuperado de https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/15263

Edição

Seção

Dossiê - Práticas escolares e socioeducativas no contexto ibero-americano

Artigos Semelhantes

<< < 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.