DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO INIBITÓRIA MÍNIMA DE CONSERVANTES ALIMENTARES PARA O CONTROLE DE SALMONELLA TYPHIMURIUM

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/holos.2020.10069

Palavras-chave:

Microbiologia, Segurança alimentar, Aditivos, Conservação

Resumo

A Salmonella é uma bactéria patogênica responsável por gastroenterites, sendo o principal agente de doenças de origem alimentar em várias partes do mundo, inclusive no Brasil. Visando inibir seu crescimento, pode-se utilizar conservantes como metabissulfito, bissulfito e benzoato de sódio, e o sorbato de potássio, que são amplamente empregados na preservação de alimentos. Estudos utilizando esses aditivos para inibição da Salmonella Typhimurium são escassos e, devido à sua importância para a segurança alimentar, objetivou-se determinar a Concentração Inibitória Mínima (CIM) dos conservantes, a fim de fornecer mais informações sobre a resistência da bactéria.  Nas condições do experimento, os conservantes metabissulfito e bissulfito de sódio apresentaram maior atividade antimicrobiana contra a S. Typhimurium, ambos com CIM de 1.250 ?g.mL-1. Já os conservantes benzoato de sódio e sorbato de potássio necessitaram do dobro da quantidade para inibi-la, apresentando CIM de 2.500 ?g.mL-1 e 2.300 ?g.mL-1, respectivamente. Concentrações tão elevadas de conservantes se devem às condições do experimento, principalmente em relação ao pH do meio de cultura (pH ~ 7,3), já que estes conservantes são mais efetivos em condições ácidas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

RAFAELA DIAS FERREIRA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SERTÃO PERNAMBUCANO, campus Salgueiro

Aluna do Curso Superior de Tecnologia em Alimentos

Setor de Tecnologia de Alimentos

RODRIGO DE ARAÚJO SOARES, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SERTÃO PERNAMBUCANO, campus Salgueiro

Professor do Curso Superior de Tecnologia em Alimentos

Setor de Tecnologia de Alimentos

LUCIANA ALVES DE CARVALHO, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SERTÃO PERNAMBUCANO, campus Salgueiro

Aluna do Curso Superior de Tecnologia em Alimentos

Setor de Tecnologia de Alimentos

GABRIELA AYALA DA SILVA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SERTÃO PERNAMBUCANO, campus Salgueiro

Aluna do Curso Técnico em Agropecuária 

CRISTIANE AYALA DE OLIVEIRA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SERTÃO PERNAMBUCANO, campus Salgueiro

Professora do Curso Superior de Tecnologia em Alimentos

Setor de Tecnologia de Alimentos

GLÁUCIA ALVES E SILVA, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MATO GROSSO, campus Cáceres - Prof. Olegário Baldo

Professora do Curso de Engenharia Florestal

Setor de Engenharia Florestal

Referências

Abdulmumeen, H. A., Risikat, A. N., & Sururah, A. R. (2012). Food: Its preservatives, additives and applications. International Journal of Biological and Chemical Sciences, 1, 36-47.

Bagar, T., Altenbach, K., Read, N. D., & Ben?ina, M. (2009). Live-cell imaging and measurement of intracellular pH infilamentous fungi using a genetically encoded ratio-metric probe. Eukaryotic Cell, 8 (5), 703–712.

BRASIL. (2013). Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Resolução – RDC nº 08, de 06 mar. de 2013. Dispõe sobre a aprovação de uso de aditivos alimentares para produtos de frutas e de vegetais e geleia de mocotó. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 08 mar. de 2013, Seção 1.

BRASIL. (2011). Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual técnico de diagnóstico laboratorial de Salmonella spp. Instituto Adolfo Lutz, Brasília, DF. 60 p.

BRASIL. (2001). Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Resolução – RDC nº 12, de 02 jan. de 2001. Aprova o regulamento técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 jan. de 2001, Seção 1. 45 p.

BRASIL. (1997). Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Portaria nº 540, 27 de out. de 1997. Aprova o Regulamento Técnico: Aditivos Alimentares – definição, classificação e emprego. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 out. 1997, Seção 1.

Brul, S., & Coote, P. (1999). Preservative agents in foods: mode of action and microbial resistance mechanisms. International Journal of Food Microbiology, 50 (1-2), 1–17.

Cardoso, A. L. S. P., & Tessari, E. N. C. (2015). Salmoneloses aviárias: Revisão. Revista Eletrônica Nutritime, 12 (03), 4049 – 4069.

Chen, H., & Zhong, Q. (2018) Antibacterial activity of acidified sodium benzoate against Escherichia coli O157:H7, Salmonella enterica, and Listeria monocytogenes in tryptic soy broth and on cherry tomatoes. International Journal of Food Microbiology, 274, 38–44.

Chipley, J. R. (2015). Sodium benzoate and benzoic acid. In: Davidson, P. M., Sofos, J. N., & Branen, A. I. (Eds). Antimicrobials in Food, 3.ed. Boca Raton: Taylor Francis Group, 11-48.

Damodaran, S., Parkin, K. L., & Fennema, O. R. (2010). Química de Alimentos de Fennema, Porto Alegre: Artmed, 900 p.

Evangelista, J. Tecnologia de alimentos. 2 ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2008. 652 p.

FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations (2016). Online Edition: Combined Compendium of Food Additive Specifications Available, 2016. Consultado em 20 de março de 2017. Disponível em http://www.fao.org/food/food-safety-quality/scientificadvice/jecfa/jecfa-additives/en/.

Favero, D. M., Ribeiro, C. S. G., & Aquino, A. D. (2011). Sulfitos: Importância na indústria alimentícia e seis possíveis malefícios à população. Segurança Alimentar e Nutricional, 18 (1), 11-20.

FIB – Food Ingredients Brasil. (2011). Dossiê dos Conservantes, p. 28-51, 2011. Consultado em 20 de março de 2020. Disponível em http:// http://www.revista-fi.com/materias/186.pdf.

Filla, C. P. (2016). Principais conservantes utilizados em alimentos industrializados. Química alimentar. Consultado em 11 de fevereiro de 2020. Disponível em http://quimicalimentar.com.br/principais-conservantes-utilizados-em-alimentos-industrializados.

Fodil, S., Delgado, J., Varvaro, L., Yaseen, T., & Rodríguez, A. (2018). Effect of potassium sorbate (E?202) and the antifungal PgAFP protein on Aspergillus carbonarius growthand ochratoxin A production in raisin simulating media. Journal of the Science of Food and Agriculture, 98, 5785–5794.

Forsythe, S. J. (2002). Microbiologia da Segurança Alimentar, Porto Alegre: Artmed, 424 p.

Franco, B.D.G.M.; Landgraf, M. (2005). Microbiologia dos alimentos. São Paulo: Atheneu, 196 p.

Helms, M., Ethelberg, S., Mølbak, K., & DT104 Study Group (2005). International Salmonella Typhimurium DT104 infections, 1992-2001. Emerging infectious diseases, 11(6), 859–867.

Hwang, C. A., Huang, L., Juneja, V. (2015). Effect of acidified sorbate solutions on the lag-phase durations and growth rates of Listeria monocytogenes on meat surfaces. Journal of Food Protection, 78 (6), 1154–1160.

Jay, J. M. Microbiologia de Alimentos, Porto Alegre: Artmed. 2005. 711 p.

Lázaro, N. S., Reis, E. M. F., Pereira, C. S., & Rodrigues, D. P. (2008). Gênero Salmonella: Características epidemiológicas e laboratoriais. Rio de Janeiro: IOC, 67 p.

Lidon, F. C., & Silvestre, M. M. A. (2007). Industrias Alimentares - Aditivos e tecnologias. Escolar Editora: Lisbon, 360 p.

López, A. M. Q., Lima-Coelho, S. F., & Lira, G. M. (2009). Efeito de diferentes concentrações de conservantes sobre o crescimento in vitro de bactérias veiculadas por alimentos. Instituto Adolfo Lutz, 68 (1), 49-57.

Majowicz, S.E., Musto, J., Scallan, E., Angulo, F. J., Kirk, M., O’Brien, S. J., Jones, T. F., Fazil, A., & Hoekstra, R. M. (2010). The global burden of nontyphoidal Salmonella gastroenteritis. Clinical Infectious Diseases, 50 (6), 882–889.

Mattick, K. L., Jorgensen, F., Legan, J. D. Lappin-Scott, H. M., & Humphrey, T. J. (2000). Habituation of Salmonella spp. at reduced water activity and its effect on heat tolerance. Applied and Environmental Microbiology, 66 (11), 4921–4925.

Mira, N. P., Teixeira, M. C., & Sá-Correia, I. (2010). Adaptive response and tolerance toweak acids in Saccharomyces cerevisiae: a genome-wide view. Omics: a journal of integrative biology, 14 (5), 525–540.

NCCLS (2003). Methods for Dilution Antimicrobial Susceptibility Tests for Bacteria That Grow Aerobically; Approved Standard—Sixth Edition. NCCLS document M7-A6 (ISBN 1-56238-486-4). Pennsylvania (USA).

Nemes, D., Kovács, R., Nagy, F., Tóth, Z., Herczegh, P., Borbás, A., Kelemen, V., Pfliegler, W. P., Rebenku, I., Hajdu, P. B., Fehér, P., Ujhelyi, Z., Fenyvesi, F., Váradi, J., Vecsernyés, M., & Bácskay, I. (2020). Comparative biocompatibility and antimicrobial studies of sorbic acid derivates. European Journal of Pharmaceutical Sciences, 143, 2020, 105162.

Oliveira, T. M., Soares, N. F.; Paula, C. D., & Viana, G. A. (2008). Uso de embalagem ativa na inibição do escurecimento enzimático de maçãs. Semina: Ciências Agrárias, 29 (1), 117-128.

Plumridge, A., Hesse, S. J. A., Watson, A. J., Lowe, K. C., Stratford, M., & Archer, D. B. (2004). The weak acid preservative sorbic acid inhibits conidial germination and mycelial growth of Aspergillus niger through intracellular acidification. Applied and Environmental Microbiology, 70 (6), 3506–3511.

Rodrigues, K. R. M, & Salay, E. (2000). Garantia de qualidade sanitária de ovos de galinha in natura, em unidade de alimentação e nutrição. Higiene Alimentar, 14 (73), 13-20.

Santos, L. R., Nascimento, V. P., & Flores, M. L. (2002). Salmonella Enteritidis isoladas de amostras clínicas de humanos e de alimentos envolvidos em episódios de toxinfecções alimentares ocorridas entre 1995 e 1996 no Estado do Rio Grande do Sul. Higiene Alimentar, 16 (102-103), 93-99.

Shinohara, N. K. S., Barros, V. B., Jimenez, S. M. C., Machado, E. C. L., Dutra, R. A. F., & Filho, J. L. L. (2008). Salmonella spp., importante agente patogênico veiculado em alimentos. Ciência & Saúde Coletiva, 13 (5), 1675-1683.

Silva, M. M., & Lidon, F. C. (2016). Food preservatives – An overview on applications and side effects. Emirates Journal of Food and Agriculture, 28(6), 366 – 373.

Silva, N., Junqueira, V. C. A., Silveira, N. F. A., Taniwaki, M. H., Santos, R. F. S., & Gomes, R. A. R. Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos e água. 4.ed. São Paulo: Livraria Varela, 632 p.

Steenackers, H., Hermans, K., Vanderleyden, J., & De Keersmaecker, S. C. J. (2012). Salmonella biofilms: an overview on occurrence, structure, regulation and eradication. Food Research International, 45(2), 502–531.

Tavechio, A. T., Ghilardi, A. C., Peresi, J. T., Fuzihara, T. O., Yonamine, E. K., Jakabi, M., & Fernandes, S. A. (2012). Salmonella serotypes isolated from nonhuman sources in São Paulo, Brazil, from 1996 through 2000. Journal of Food Protection, 65 (6), 1041-1044.

Wang, J., Ma, M., Yang, J., Chen, L., Yu, P., Wang, J., Gong, D., Deng, S., Wen, X., & Zeng, Z. (2018). In vitro antibacterial activity and mechanism of monocaprylin against Escherichia coli and Staphylococcus aureus. Journal of Food Protection, 81, 1988–1996.

World Health Organization (2016). Food and Agriculture Organization of the United Nations & Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives. Meeting (?80th: 2015, Rome, Italy)?. Evaluation of certain food additives and contaminants: eightieth report of the Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives. 109 p.

Yang, L., Liu, Y., Wu, H., Song, Z., Høiby, N., Molin, S., & Givskov, M. (2012). Combating biofilms. FEMS Immunology and Medical Microbiology, 65 (2), 146–157.

Downloads

Publicado

01/07/2020

Como Citar

FERREIRA, R. D., SOARES, R. D. A., CARVALHO, L. A. D., SILVA, G. A. D., OLIVEIRA, C. A. D., & SILVA, G. A. E. (2020). DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO INIBITÓRIA MÍNIMA DE CONSERVANTES ALIMENTARES PARA O CONTROLE DE SALMONELLA TYPHIMURIUM. HOLOS, 4, 1–14. https://doi.org/10.15628/holos.2020.10069

Edição

Seção

ARTIGOS

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.