Bem-estar pessoal e relacionamento ambiental em crianças de 10-12 anos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/holos.2020.8410

Palavras-chave:

bem-estar pessoal, relacionamento ambiental, apego ao lugar, identidade de lugar, satisfação ambiental

Resumo

Trata-se de um estudo quantitativo e qualitativo, sendo que o primeiro comparou as médias de bem-estar por escolas, enquanto o segundo analisou a percepção das crianças sobre os conceitos de bem-estar, apego ao lugar, identidade de lugar e satisfação ambiental. Participaram do estudo quantitativo 886 crianças, alunos do sexto ano do ensino fundamental de escolas públicas do município de Cascavel, com idade entre 10-12 anos. Foi utilizada a Escala PWI-SC (Cummins et al., 2003) que apresentou alfa de cronbach de 0,74. Os dados foram analisados por meio do Teste t de Student e ANOVA. Houve diferenças significativas entre as médias de bem-estar por escolas nos itens de como as crianças se relacionam com as pessoas, sobre sua saúde, o quanto se sentem seguras e satisfação com as coisas que tem em geral. Para o estudo qualitativo, foram realizados grupos focais com perguntas abertas abrangendo o relacionamento ambiental infantil, considerando construtos como bem-estar, apego ao lugar, identidade de lugar e satisfação ambiental. Participaram quatro turmas dos sextos anos de quatro escolas, tendo média de 25 alunos por turma, as quais foram selecionadas por diferentes zonas urbanas (central, intermediária e periférica). Constatou-se que as crianças possuem uma visão ecocêntrica dos problemas ambientais, sendo que o bem-estar pessoal aparece relacionado ao apego e à identidade de lugar e também à proximidade com a natureza.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fabrício Duim Rufato, Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Educação - Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Bacharel em Psicologia, Especialista em docência do ensino superior e especialista em psicanálise clínica. Mestre em Ciências ambientais.

Eveline Favero, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Bacharel em Psicologia, Mestre em Extensão rural em doutora e Pós-doutora em psicologia.

Emanuel Neto Alves Oliveira, Docente do Mestrado em Ensino da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte. Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, Campus Pau dos Ferros.

Graduado em Tecnologia de Alimentos, Mestre e Doutor em Engenharia Agrícola na área de processamento e armazenamento de produtos agrícolas. Pós-doutor em engenharia Química.

Referências

Alves, R. B., Kuhnen, A., & Battiston, M. (2015). “Lar doce lar”: apego ao lugar em áreas de risco diante de desastres naturais: Psico, 46(2). doi: 10.15448/1980-8623.2015.2.17484.

Amato, P. R., & Sobolewski, J. (2001). The effects of divorce and marital discordo n adult children’s psychological well-being. American Sociological Review, 66(6), 900-921.

Antunes, D., Palma-Oliveira, J., & Bernardo, F. (2011). Psicologia do ambiente. Retrieved from https://www.researchgate.net/publication/237162734_Psicologia_do_Ambiente

Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Edições 70. 1ª ed. Lisboa.

Bassani, M. A. (2001). Fatores psicológicos da percepção da qualidade ambiental. In: N. B. Maia, H. L. Martos, W. Barrella (Orgs.). Indicadores ambientais: conceitos e aplicações (pp.47), São Paulo: Puc-SP.

Bernardo, F., & Palma-Oliveira, J. (2013). Place identity, place attachment and the scale of place: the impacto of place salience. Psyecology, 4, 167-179. doi: 10.1080/21711976.2013.10773867

Bronfrenbrenner, U. (1977). Toward an experimental ecology of human development. American Psychologist, Washington, DC: American Psychological Association, 32, 513-531.

Retrieved from http://cac.dept.uncg.edu/hdf/facultystaff/Tudge/Bronfenbrenner%201977.pdf

Bronfrenbrenner, U. (1996). A ecologia do desenvolvimento humano: experimentos naturais e planejados. Porto Alegre: Artes Médicas.

Casas, F. (2010). El bienestar personal: Su investigación en la infancia y la adolescencia. Encuentros en Psicología Social, 5, 1, 85-101.

Casas, F., Bello, A., González, M., & Aligué, M. (2012). ¿Qué afecta al bienestar de niños y niñas españoles de 1º de ESO? Madrid: Unicef España. Retrieved from https://old.unicef.es/sites/www.unicef.es/files/ARTICULO_Journal_of_Social_Research P olicy_Vol3_Iss2.pdf

Casas, F., González, M., & Navarro, D. (2013). Social psychology and child well-being. In A. Ben- Arieh, I. Frones, F. Casas, & J.E. Korbin (Eds.). Handbook of child well-being, 513-554.

Censo. 2010. População: o maior portal sobre população brasileira (website). Recupero em 13 fev 2018 de http://populacao.net.br/os-maiores-bairros-cascavel_pr.html

Chauí, M. (1994). Convite à Filosofia. São Paulo: Ática: 123.

Coelho, J. A. P. M., Gouveia, V. V., & Milfont, T. L. (2006). Valores humanos como explicadores de atitudes ambientais e intenção de comportamento pró-ambiental. Psicologia em Estudo,11(1), 199-207, Maringá. doi: 10.1590/S1413-73722006000100023

Copetti, F. & Krebs, R. J. (2004). As propriedades da pessoa na perspectiva do paradigma bioecológico. In: S. H. Koller, (Org.). Ecologia do desenvolvimento humano: pesquisa e intervenção no Brasil (pp 67). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Cummins, R. A., & Lau, A. L. D. (2005). Personal Wellbeing Index – Pre-School (PWI-PS). School of Psychology Deakin University. Retrieved from http://www.acqol.com.au/iwbg/translations/pwi-ps-chinese-cantonese.pdf

Diener, E. (2000). Subjective well-being: The science of happiness and a proposal for a national index. American Psychologist, 55(1), 34-43. Retrieved from http://psycnet.apa.org/fulltext/2000-13324-004.html

Evans, G. (2006). Child development and the physical environment. Annual review of psychology, 57. Retrieved from https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16318602

Farias, T. M., & Pinheiro, J. Q. (2013). Vivendo a vizinhança: interfaces pessoa-ambiente na produção de vizinhanças vivas. Psicologia em estudo, 18(1), 27-36. doi: 10.1590/S1413- 73722013000100004

Felippe, M. L., & Kuhnen, A. (2012). O apego ao lugar no contexto dos estudos pessoa-ambiente: práticas de pesquisa. Estudos de psicologia, 29(4), 609-617. doi: 10.1590/S0103- 166X2012000400015

Folkman, S., & Lazarus, R. S. (1980). An analysis of coping in a middle-aged community sample. Journal of Health and Social Behavior, 21, 219-239.

Galinha, I. C., & Ribeiro, J. P. (2005). História e evolução do conceito de bem-estar subjetivo. Psicologia, Saúde & Doenças, 6(2), 203-214. Retrieved from http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=36260208> acesso 18 jan 2018.

Galli, F. (2014). A relação das crianças do sul do Brasil com o ambiente e seu impacto no bem- estar pessoal (Dissertação de Mestrado). Retrieved from http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/98325

Gaspar, Tania, & Balancho, Leonor. (2017). Fatores pessoais e sociais que influenciam o bem-estar subjetivo: diferenças ligadas estatuto socioeconômico. Ciência & Saúde Coletiva, 22(4), 1373-1380. doi: 10.1590/1413-81232017224.07652015

Giacomoni, C. H., Souza, L. K., & Hutz, C. S. (2014). O conceito de felicidade em crianças. Psico- USF, 19 (1), 143-153. Retrieved from http://www.redalyc.org/pdf/4010/401041441014.pdf

Garcia, A. (2000). O emprego de animais na terapia infantil. Pediatria Moderna, 26. Retrieved from http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=788

Gaspar, T., Matos, M. G., Ribeiro, J. L. P., & Leal, I. (2006). Qualidade de vida e bem-estar em crianças e adolescentes. Revista brasileira de terapias cognitivas, 2(2), 47-60. Retrieved from http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808- 56872006000200005&lng=pt&nrm=iso

Gerhardt, T. E.; Silveira, D. T. (Org.). (2009). Métodos de Pesquisa. 1. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1, 118.

Giuliani, M. V. (2003). Theory of attachment and place attachment. In M. Bonnes, T. Lee, & M. Bonaiuto. Psychological theories for environmental issues (pp. 137-170). Aldershot: Ashgate.

Gondim, S. M. G. (2003). Grupos focais como técnica de investigação qualitativa: desafios metodológicos. Paidéia, 12(24), 149-161. Retrieved from http://www.scielo.br/pdf/paideia/v12n24/04.pdf

Hidalgo, M., & Hernández, B. (2001). Place attachment: conceptual and empirical questions. Journal of Environmental Psychology, 21(3), 273-281. doi 10.1006/jevp.2001.0221

Homel, R., & Burns, A. (1987). Is this a good place to grow up in? Neighbourhood quality and children-s evaluations. Landscape and urban planning, 14, 101-116. doi 10.1016/0169- 2046(87)90016-8

Hornqüist, J.O. (1990). Quality of life: concept and assessment. Scand. J. Soc. Med., 18:69-79. Jesus, S. N. (2006). Psicologia da saúde e bem-estar. Mudanças-Psicologia da Saúde, 14(2), 126-

doi: 10.15603/2176-1019/mud.v14n2p126-135

Lima, D. M. A., & Bomfim, Z. A. C. (2009). Vinculação afetiva pessoa-ambiente: diálogos na psicologia comunitária e psicologia ambiental. Psico, 40(4), 491-497. Retrieved from https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5161393

Lima, R. F. F., & Morais, N. A. (2016). Caracterização qualitativa do bem-estar subjetivo de crianças e adolescentes em situação de rua. Temas em Psicologia, 24(1), 01-15. doi: 10.9788/TP2016.1-01

Moraes, R. (1999). Análise de conteúdo. Revista Educação, 22(37), 7-32. Retrieved from http://cliente.argo.com.br/~mgos/analise_de_conteudo_moraes.html

Moser, G. (1998). Psicologia ambiental. Estudos de psicologia, 3(1), 121-130. Retrieved from http://www.scielo.br/pdf/epsic/v3n1/a08v03n1.pdf

Myers, D. G. (2014). Psicologia social e o futuro sustentável. In: D. G. Myers. Psicologia Social. Rio de Janeiro:Artmed, ed.10.

Nepomuceno, B. B., Barbosa, M. S., Ximenes, V. M., & Cardoso, A. A. V. (2017). Bem-estar pessoal e sentimento de comunidade: um estudo psicossocial da pobreza. Psicologia em Pesquisa, 11(1), 1-2. doi:10.24879/2017001100100214

Nisbet, E. K., Zelenski, J. M, & Murphy, S. A. (2011). Happiness is in our Nature: Exploring Nature Relatedness as a Contributor to Subjective Well-Being. Journal of Hapinness Studies, 12(2), 303-322. Retrieved from https://link.springer.com/article/10.1007/s10902-010-9197-7

Olivos-Jara, P. C. (2010). Ambientes escolares. Psicologia Ambiental, Ediciones Pirámide. Retrieved from https://pt.scribd.com/doc/49780781/Ambientes-Escolares

Passareli, P.M., & Silva, J. A. (2007). Psicologia positiva e o estudo do bem-estar subjetivo. Estudos de Psicologia, 24(4), 513-517. Retrieved from http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v24n4/v24n4a10.pdf

Pelicioni, M. C. F. (1998). Educação ambiental, qualidade de vida e sustentabilidade. Saúde e Sociedade, 7(2), 19-31. Retrieved from http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v7n2/03

Pinheiro, J. Q., Pinheiro, T. F. (2007). Cuidado ambiental: ponte entre psicologia e educação ambiental? Revista psico, Porto Alegre, 38(1). Retrieved from http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/view/19216.

Pires, P., Junior, R. C. R., Lemos, D. C. L., & Figueiras, A. (2014). Ecocentrismo e comportamento: revisão da literatura em valores ambientais. Psicologia em Estudo, 19(4), 611-620. doi: 10.1590/1413-73722201204

Poletto, Michele, & Koller, Silvia Helena. (2011). Subjective well-being in socially vulnerable children and adolescents. Psicologia: Reflexão e Crítica, 24(3), 476-484. doi: 10.1590/S0102- 79722011000300008

Qedu. (2018). Qedu: use dados. Tranforme a educação (website). Retrieved 13 fev 2018 from http://qedu.org.br/

Ramão, F. P., & Wadi, Y. M. (2008). Espaço urbano, desigualdade socioespacial e a dinâmica dos homicídios em Cascavel/PR. Trabalho apresentado no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, Caxambu- MG. Retrieved from http://www.abep.org.br/~abeporgb/publicacoes/index.php/anais/article/viewFile/1756/1716

Ramos, I. L., & Bernardo, F. (2009). Paisagem urbano: viver a cidade entre o artificial e o natural. Retrieved from https://www.researchgate.net/publication/237165048_Paisagem_Urbano_Viver_a_Cidade_e ntre_o_Artificial_e_o_Natural

Rosa, D. C.C. B. (2014). Teorias sobre a floresta e funções de apego: um estudo sobre a relação das pessoas com a Amazônia (Tese de Doutorado). Retrieved from http://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10934.

Rees, G., Goswami, H.,Pople, L., Bradshaw, J., Keung, A., & Main, G. (2012). The good childhood report. England: The Children’s Society and University of York. Retrieved from https://www.childrenssociety.org.uk/sites/default/files/tcs/good_childhood_report_2012_fin al_0.pdf

Reigada, C., Reis, M. F. C.T. (2004). Educação ambiental para crianças no ambiente urbano: uma proposta de pesquisa-ação. Ciência & Educação, 10(2), 149-159. Retrieved from http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v10n2/01/pdf

Rogers, M. (2012). “They are there for you”: The importance of neighbourhood friends to children’s wellbeing. Child Indicators Research, 5, 483-502.

Santana,V. S. & Gondim,S. M. G. (2016). Regulação emocional, bem-estar psicológico e bem-estar subjetivo. Estudos de Psicologia (Natal), 21(1). doi: 10.5935/1678-4669.20160007

Sarriera, J. C. et al. (2012). Bem-estar pessoal de pais e filhos e seus valores aspirados. Aletheia, 37. Retrieved from http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 03942012000100007

Sarriera, J. C., Junior, J. F. M., Ximenes, V. M., Rodrigues, A. L. (2016). Sentido de comunidade como promotor de bem-estar em crianças brasileiras. Revista Interamericana De Psicologia, 50(1), 106-116. Retrieved from https://journal.sipsych.org/index.php/IJP/article/view/95/pdf

Siqueira, M. M.M. & Padovam, V. A. R. (2008). Bases teóricas de bem-estar subjetivo, bem-estar psicológico e bem-estar no trabalho. Psicologia: teoria e pesquisa, 24(2), 201-209.

Retrieved from http://www.scielo.br/pdf/ptp/v24n2/09

Schütz, F. F. (2014). Bem-estar em crianças de diferentes configurações familiares e em acolhimento institucional. Dissertação (Mestrado em Psicologia), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Retrieved from http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/101404

Schütz, F., Bedin, L., Strelhow, M. R. & Sarriera, J.C. (2014). Bem-estar infantil e aspectos psicossociais associados. ResearchGate. Retrieved from https://www.researchgate.net/profile/Fabiane_Schuetz/publication/315613837_Bem- Estar_Infantil_e_aspectos_psicossociais_associados/links/58d56059aca2727e5ea9a57c/Bem

-Estar-Infantil-e-aspectos-psicossociais-associados.pdf

Veenhoven, R. (2009). Medidas de la felicidade nacional bruta. Intervencion Psicosocial, 18(2), 279-299. Retrieved from http://hdl.handle.net/1765/23374

Yunes, M. A. M. & Yunes, M. C. J. (2010). A Bioecologia do desenvolvimento humano e suas interfaces com educação ambiental. Cadernos de Educação FaE/PPGE/UFPel, 37, 347-379. Retrieved from https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/caduc/article/view/1591/1477

Downloads

Publicado

24/04/2020

Como Citar

Rufato, F. D., Favero, E., & Oliveira, E. N. A. (2020). Bem-estar pessoal e relacionamento ambiental em crianças de 10-12 anos. HOLOS, 2. https://doi.org/10.15628/holos.2020.8410

Edição

Seção

ARTIGOS

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.