ACLIMATIZAÇÃO DE GENÓTIPOS DE PALMA FORRAGEIRA Opuntia stricta (Haw.) E Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck RESISTENTES A COCHONILHA-DO-CARMIM (Dactylopius opuntiae) /ACLIMATIZATION OF CACTUS PEAR GENOTYPES Opuntia ficus-indica (L.) Mill RESISTANT TO CARMINE COCHINEAL (Dactylopius opuntiae)

Autores

  • Maria de Fátima Batista Dutra Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Doutoranda http://orcid.org/0000-0002-5923-0674
  • Magdi Hamed Ibrahim Aloufa Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Centro de Biociências -Departamento de Botânica e Zoologia - Laboratório de Biotecnologia de Conservação de Espécies Nativas /Professor e Pesquisador https://orcid.org/0000-0002-3762-9625
  • Natoniel Franklin de Melo Atua como pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido) e professor permanente dos Programas de Pós-graduação em Recursos Genéticos Vegetais da Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS e do Mestrado Acadêmico em Agronomia - Produção Vegetal da Universidade Federal do Vale do São Francisco - Univasf. https://orcid.org/0000-0001-6888-4090
  • José Ivan Pereira Leite Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte: Natal, RN https://orcid.org/0000-0002-8331-697X

DOI:

https://doi.org/10.15628/holos.2020.10689

Palavras-chave:

Aclimatização, Meio ambiente, Biotecnologia

Resumo

A irregularidade das chuvas limita a produção natural de alimentos para os animais no semiárido Nordestino, lança-se mão da palma forrageira como recurso alimentar estratégico, pois esta cactácea possui aspectos fisiológicos essenciais, viabilizando a economia e o cultivo por longos períodos de estiagem. O objetivo deste trabalho foi testar como diferentes tipos de substrato influenciam o crescimento das palmas orelha de elefante e miúda resistentes à cochonilha-do-carmim durante o processo de aclimatização. Fragmentos de cladódios das duas variedades de palma, miúda e orelha de elefante, foram cultivados em meio de cultura Murashige e Skoog (1962), contendo reguladores de crescimento, em seguida os frascos foram abertos, as mudas lavadas em água corrente e submetidas à aclimatização em estufa com sistema de nebulização programada e temperatura constante de 30°C no qual foram testados quatro tipos de substrato: areia barrada, substrato orgânico comercial, areia barrada acrescida de esterco bovino e areia barrada acrescida de cama de frango. Após 120 dias de acompanhamento, o teste de análise de variância (ANOVA), evidenciou diferença estatística com relação ao diâmetro longitudinal e transversal das plântulas, os dados foram coletados aos 30, 60, 90 e 120 dias, ao final do período observou-se que o tratamento com cama de frango seguida do esterco de gado estimularam os cladódios jovens propiciando maior diâmetro longitudinal e transversal tanto para a variedade de palma miúda quanto para a variedade orelha de elefante.


 

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Biografia do Autor

Maria de Fátima Batista Dutra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Doutoranda

Bióloga, Mestre em Genética e Biologia Molecular e doutoranda do Programa de Desenvolvimento e Meio Ambiente da UFRN (PRODEMA) e colaboradora da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte ao qual participa de Projetos na área de Biotecnologia e atua como Coordenadora do Laboratório de Biotecnologia que pertence ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte.

Magdi Hamed Ibrahim Aloufa, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Centro de Biociências -Departamento de Botânica e Zoologia - Laboratório de Biotecnologia de Conservação de Espécies Nativas /Professor e Pesquisador

Doutorado em Biologia e Fisiologia Vegetal da UFRN, Professor e pesquisador lotado no Departamento de Botânica e Zoologia. Coordenador do Laboratório de Biotecnologia de Conservação de Espécies Nativas (LABCEN).

Natoniel Franklin de Melo, Atua como pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido) e professor permanente dos Programas de Pós-graduação em Recursos Genéticos Vegetais da Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS e do Mestrado Acadêmico em Agronomia - Produção Vegetal da Universidade Federal do Vale do São Francisco - Univasf.

Biólogo pela Universidade Federal de Pernambuco (1990), Mestre em Botânica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1994), Especialista em Biotecnologia Vegetal pelo Agricultural Biotechnology Centre/Hungria (1996) e Doutor em Ciências Biológicas (Área de concentração em Genética) pela Universidade Federal de Pernambuco (2002). Atua como pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido) e participa como professor permanente dos Programas de Pós-graduação em Recursos Genéticos Vegetais da Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS e do Mestrado Acadêmico em Agronomia - Produção Vegetal da Universidade Federal do Vale do São Francisco - Univasf. Na área de gestão, atuou como Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento e Chefe-Geral da Embrapa Semiárido. Tem experiência na área de Biologia Aplicada, com ênfase em Biotecnologia e Citogenética Vegetal, sendo revisor de periódicos nacionais e internacionais, atuando principalmente nos seguintes temas: cultura in vitro de células e tecidos vegetais, micropropagação, micorriza, citogenética convencional e molecular e melhoramento genético vegetal.

José Ivan Pereira Leite, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte: Natal, RN

"IN MEMORIAM"

Possui graduação em Engenharia de Minas pela Universidade Federal da Paraíba (1987) e mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1992). Atualmente é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte. Tem experiência na área de Engenharia de Minas, com ênfase em Métodos de Concentração e Enriquecimento de Minérios, atuando principalmente nos seguintes temas: caracterização tecnológica, separação mineral, meio ambiente com ênfase em processamento mineral.

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Publicado

31/12/2020

Como Citar

Dutra, M. de F. B., Aloufa, M. H. I., Melo, N. F. de, & Pereira Leite, J. I. (2020). ACLIMATIZAÇÃO DE GENÓTIPOS DE PALMA FORRAGEIRA Opuntia stricta (Haw.) E Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck RESISTENTES A COCHONILHA-DO-CARMIM (Dactylopius opuntiae) /ACLIMATIZATION OF CACTUS PEAR GENOTYPES Opuntia ficus-indica (L.) Mill RESISTANT TO CARMINE COCHINEAL (Dactylopius opuntiae). HOLOS, 7, 1–19. https://doi.org/10.15628/holos.2020.10689

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