ROTA DE ARTE RUPESTRE DO NOROESTE PORTUGUÊS. UM PROJETO PARA O DESENVOLVIMENTO DE UMA PRÁTICA TURÍSTICA SUSTENTÁVEL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/holos.2017.5469

Palavras-chave:

gravuras rupestres, produto turístico, desenvolvimento regional, sustentabilidade

Resumo

A Rota de Arte Rupestre do Noroeste é um projeto que pretende explorar as potencialidades da arte rupestre do NW de Portugal enquanto recurso  passível de desenvolvimento de uma prática turística sustentável.

O NW português é uma área rica em arte rupestre de ar livre de cronologia pós-paleolítica, em especial do estilo designado de Arte Atlântica, específico da área. Além do seu inegável valor científico, o caráter estratégico deste recurso patrimonial deveria integrar programas de desenvolvimento e de organização do território.

Para que tal se concretize há que colmatar carências ao nível da investigação, tais como a compilação e sistematização dos dados que promovam o avanço do conhecimento científico e, simultaneamente, propiciem discursos atrativos para o público em geral.

O projeto tenciona aprofundar a investigação da arte rupestre segundo perspetivas arqueológicas e antropológicas, contribuir para salvaguardar este património arqueológico e promover a sua valorização na fachada ocidental no NW de Portugal, por forma a que se possa criar o produto turístico sustentável “Rota de Arte Rupestre do Noroeste”. Visa, ainda, rentabilizar o património “intangível” ligado a estes recursos, os recursos humanos das parcerias envolvidas no projeto – e incrementar o desenvolvimento sustentável do território abordado.

Serão divulgadas as ações já materializadas e/ou em vias de materialização, bem como os resultados atingidos para diferentes áreas do NW.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Bettencourt, Universidade do Minho

Instituto de Ciências Sociais

Departamento de História

Hugo Aluai Sampaio, Instituto Politécnico do Cávado e do Ave

Departamento de Turismo e Marketing

Escola Superior de Gestão

Referências

ABREU, M. (2012). Rock-Art in Portugal: History, Methodology and Traditions. Vila Real: Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (Tese de Doutoramento).

ALVES, L.B. (2003). The movement of signs: Post-glacial rock art in northwetern Iberia. Universidade de Reading.

ALVES, L.B. (2011). Génio e talento do passado. A arte gravada do Penedo do Encanto e da Chã da Rapada. Adere/Arqueohoje, Lda.

ALVES, L.B. (2013). Gravuras rupestres da Bouça do Colado / Penedo do Encanto, Lindoso, Ponte da Barca. In A.M.S. Bettencourt A Pré-História do Noroeste Português/The Prehistory of the North-western Portugal, Territórios da Pré-História em Portugal, vol. 2. Braga/Tomar: ARKEOS/CITCEM, 201-206.

BAPTISTA, A. M. (1980). Introdução ao Estudo da Pré-História do Noroeste Peninsular. As gravuras do Gião. Minia 3 (4), 80-100.

BAPTISTA, A. M. (1981). A arte do Gião, Arqueologia, 3: 56-66.

BAPTISTA, A. M. (1981). O complexo de arte rupestre da Bouça do Colado (Parada, Lindoso). Notícia preliminar. Giesta, 1: 6-16.

BATISTA, A. M. (1984). Arte rupestre do norte de Portugal: uma perspectiva. Portugália, 34: 71- 88.

BATISTA, A. M. (1986). Arte rupestre pós-glaciária. Esquematismo e abstração. In. J. Alarcão (coord.). História da Arte em Portugal. Do Paleolítico à Arte Visigótica. Vol 1. Lisboa: Alfa, 31-55.

BETTENCOURT, A. M. S. (2013a). Gravuras rupestres da Breia, Cardielos, Viana do Castelo / The rock engravings of Breia, Cardielos, Viana do Castelo. In: A.M.S. Bettencourt, A Pré-História do Noroeste Português / The Prehistory of the North-western Portugal, Territórios da Pré-História em Portugal, vol. 2. Braga/Tomar: ARKEOS/CITCEM, 207-215.

BETTENCOURT, A. M. S. (2013b). Gravuras rupestres da Chã da Rapada, Britelo, Ponte da Barca, In: A.M.S. Bettencourt, A Pré-História do Noroeste Português / The Prehistory of the North-western Portugal, Territórios da Pré-História em Portugal, vol. 2. Braga/Tomar: ARKEOS/CITCEM, 162-168.

BETTENCOURT, A. M. S.; RODRIGUES, A. (2015). Arte rupestre da bacia do Minho (NW de Portugal): recurso turístico ao serviço do desenvolvimento regional. Arqueologia, Património e Turismo no Vale do Minho, Monção: Câmara Municipal de Monção/Projecto Arqueológico de Longos Vales, 7.

BETTENCOURT, A. M. S., SANCHES, M. J., DINIS, A.; CRUZ, C. S. (2004). The rock engravings of Penedo do Matrimónio, in Campo de Caparinho, Vilar de Perdizes, Montalegre (Northern Portugal). Journal of Iberian Archaeology, 6: 61-82.

BETTENCOURT, A. M. S., RODRIGUES, A., SAMPAIO, H. A. (2015). Thinking a Touristic Route of Rock Art to the Northwest of Portugal, In IV International Congress on Tourism - CIT 2015. Guimarães: ESG/IPCA, 66-68.

BRAGA, T. (1885). O Povo Português nos seus Costumes, Crenças e Tradições. Coimbra: Imprensa da Universidade.

CARBONE, F. (2006). Turismo, Património e Sustentabilidade. Modelos de Gestão para Sítios Arqueológicos. Aveiro: Universidade de Aveiro.

CARDOSO, D. (2015). A Arte Atlântica do Monte de S. Romão / Guimarães) no Contexto da Arte Rupestre Pós-paleolítica da Bacia do Ave – Noroeste Português, Vila Real: Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (Tese de Doutoramento – policopiada).

CARDOSO, D.; BETTENCOURT, A.M.S. (2015). The “Rock Art Route” of Northwest of Portugal: Guimarães county, In IV International Congress on Tourism - CIT 2015. Guimarães: ESG/IPCA, 110-111.

CCDR-N – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (2014). Estratégia Regional de Especialização Inteligente [acedido a 20 de agosto de 2016 emhttps://www.portugal2020.pt/Portal2020/Media/Default/Docs/EstrategiasEInteligente/EREI%20Norte.pdf].

CCDR-N – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (2014a). Estratégia Regional de Especialização Inteligente. [acedido a 15 de julho de 2016 em http://www.norte2020.pt/documentos/documentos-fundamentais].

CORREIA, V. e RECAREY, M. A. (1988). As gravuras da Serra da Gávea, Vila Nova de Cerveira, Actas do Colóquio em Homenagem a Manuel Boaventura. Vol. 2, Esposende: Câmara Municipal, 93-111.

DINIS, A. (2011). O santuário rupestre de Campelo, Mondim de Basto (Norte de Portugal). Oppidum 5: 11-26.

DUVAL, M. E.; SMITH B. (2013). Rock art tourism in the Ukhahlamba/Drakensberg world heritage site: obstacles to the development of sustainable tourism, Journal of Sustainable Tourism, 21 (1): 134-153.

FERREIRA, L. (2009). Planeamento Estratégico de Destinos Turísticos, Atas do 15º Congresso da APDR, Cidade da Praia, Cabo Verde, 1509-1537.

GOMES, N. A. C. (2014). Estudo do Sítio com Gravuras Rupestres de Lamelas (S. Salvador) - Ribeira de Pena). Porto: Universidade do Porto (dissertação de Mestrado).

HODDER, I.; HUTSON, S. (2003). Reading the past: current approaches to interpretation in Archeology, (3rd edition). Cambridge: Cambridge University Press.

ICOMOS (1999). Carta Internacional do Turismo Cultural. 12ª Assembleia Geral no México, Centro de Documentação da UNESCO - ICOMOS.

MAIA, S. V.; BAPTISTA, M. M. (2011). As rotas como estratégia turística: percepção de benefícios e obstáculos na constituição de rotas museológicas na região de Aveiro. In J. J. Águas; P. Ribeiro; F. P. Santos (Eds.), Book of Proceeding of International Conference on Tourism & Management Studies, Vol. I, Aveiro: Universidade de Aveiro, 672-682.

MAIA, S. V.; MARTINS, U.; BAPTISTA, M. M. (2013). Turismo cultural no contexto urbano: rotas museológicas – os casos de Aveiro e Ílhavo (Portugal). Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, 7 (2): 192-208.

MARQUES, J. A. M. (1986). As gravuras da Chã da Sobreira e a arte rupestre no concelho de Monção. Revista de Ciências Históricas, 1: 11-30.

MARTINS, A. (2006). Gravuras rupestre do Noroeste Peninsular: a Chã da Rapada. Revista Portuguesa de Arqueologia 9 (1), 47-70.

MARTINS, M. J. C. (1981). O Santuário Rupestre de Lamelas (Ribeira de Pena). Tarouca: C. M. Ribeira de Pena.

MOREIRA, J. (2016). O Penedo de S. Gonçalo (Varziela, Felgueiras), Encontro Internacional de Novos Investigadores de Arqueoloxía e Ciencias da Antiguidade. Abstracts-EINIACA2016. Santiago de Compostela: Arcian, 12-13 (disponível em media.wix.com/ugd/b71400_2646dac5545f48eb9d73eaa6afbfe28e.pdf)

OCDE (1980). L’impact du tourisme sur l’environnement. Paris. Versión española de F. Pichot y J. R. Rapado: La fiscalidad y el medio ambiente. Políticas complementarias. Madrid: OCDE/ Ediciones Mundi-Prensa.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO, (2000). Tendências de evolução aos níveis mundial, europeu e nacional. Porto, Associação Empresarial de Portugal.

PERRET, J. e TEYSSANSIER, J. (2001). Quelques propositions pour piloter le tourisme durable dans les territoires et les entreprises. Seminário de Investigação em Turismo, Escola de Turismo do Estoril.

PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL – PENT. HORIZONTE 2013-2015 (2012). Lisboa: Gabinete do Ministro da Economia e do Emprego. Disponível em (ww.turismodeportugal.pt/Português/turismodeportugal/publicacoes/Documents/PENT 2012.pdf)

(S/A) (2009). Rock Art Sites on the Unesco World Heritage List. Bibliography. França: UNESCO ? ICOMOS Documentation Centre.

SÁ, S. 2015. Turismo Arqueológico: um Projeto de Valorização da Arte Rupestre do Vale do Lima. Braga: Universidade do Minho (Dissertação de Mestrado – policopiada).

SÁ, S.; BETTENCOURT, A.M.S. (2015). Thinking a Touristic Route of Rock Art to the Northwest of Portugal: the case study of Lima basin, In IV International Congress on Tourism - CIT 2015. Guimarães: ESG/IPCA, 69-70.

SAMPAIO, H. A.; BROCHADO, C. (2015). Arte rupestre e Turismo no concelho de Barcelos (Portugal): proposta de percursos temáticos no âmbito da “Rota de Arte Rupestre do Noroeste”, In IV International Congress on Tourism - CIT 2015. Guimarães: ESG/IPCA, 65.

SANTOS-ESTÉVEZ, M. (2012). Unha visión diacrónica da arte atlántica dentro dun novo marco cronolóxico. In M. J. Sanches (coord.), Atas da Iª Mesa Redonda. Artes Rupestres da Pré-História e da Proto-História: Paradigmas e Metodologias de Registo. Trabalhos de Arqueologia, 54. Lisboa: DGPC, 219-238

SILVA, E.J.L.; CUNHA, A.L. (1986). As gravuras rupestres do Monte da Laje (Valença). Livro de Homenagem a Jean Roche. Lisboa: Instituto Nacional de Investigação Cientifica: 490-505

TURISMO DE PORTUGAL (2015). Turismo 2020 cinco princípios para uma ambição tornar Portugal o destino turístico mais ágil e dinâmico da Europa (http://www.turismodeportugal.pt/PORTUGU%C3%8AS/TURISMODEPORTUGAL/DESTAQUE/Documents/turismo-2020-cinco-principios-para-uma-ambicao.pdf).

VALDEZ, J. e OLIVEIRA, L. (2005/2006). A arte rupestre da Citânia de Briteiros. O Penedo dos Sinais, um caso Atlântico. Revista de Guimarães 115/116: 51-89.

Downloads

Publicado

18/07/2017

Como Citar

Bettencourt, A., Sampaio, H. A., Cardoso, D., Sá, S., & Rodrigues, A. (2017). ROTA DE ARTE RUPESTRE DO NOROESTE PORTUGUÊS. UM PROJETO PARA O DESENVOLVIMENTO DE UMA PRÁTICA TURÍSTICA SUSTENTÁVEL. HOLOS, 1, 3–20. https://doi.org/10.15628/holos.2017.5469

Edição

Seção

ARTIGOS