A ESCOLA TEM PARTIDO? A FALÁCIA DO PROJETO “ESCOLA SEM PARTIDO”
DOI:
https://doi.org/10.15628/holos.2021.12704Palavras-chave:
Escola sem Partido, Pseudoconcreticidade, Partidos Políticos, Políticas EducacionaisResumo
De cunho qualitativo, o presente trabalho procura analisar o programa “Escola sem Partido” para identificar se existe algum partido nas escolas que precise ser combatido. Elencamos a metodologia da pesquisa documental com o levantamento dos dados no site do movimento “Escola Sem Partido” e do PL nº 246/2019 da Deputada Bia Kics (PSL/SP). Tomamos como fundamentação teórica o conceito de pseudoconcreticidade abordado por Kosik (1976) com o intuito de analisarmos os elementos que compõem a realidade, procurando identificar se por trás de um discurso de combate a uma suposta partidarização nas escolas, o Movimento “Escola sem Partido” acabaria por implantar um partido nas unidades de ensino. Os dados analisados revelam que não há qualquer estrutura partidária nas escolas e que ao combater uma suposta partidarização da escola, o projeto de lei que institui o Programa “Escola sem Partido” acaba por instituir fundamentos partidários na estrutura escolar.
Downloads
Referências
ALMEIDA, J. R., & CALDAS, R. R. (Abril/Junho de 2017). História pública e educação democrática: professores contra o projeto Escola sem Partido - narrativas em debate. Revista Observatório, pp. 66-91. DOI: https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v3n2p66
BOUDON, R., BESNARD, P., CHERKAOUI, M., & LÉCUYER, B.-P. (1990). Dicionário de Sociologia. Lisboa: Dom Quixote.
BRASIL. (2019). Camara dos Deputados. Projeto de Lei Nº 246/2019. Institui o "Programa Escola sem Partido". . Disponível em: <https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1707037&filename=PL+246/2019> Acesso em 15/05/2021.
ESCOLA SEM PARTIDO. (2016) [S. I.: s. n]. 1 vídeo (55 minutos). Publicado pelo canal Debate. Disponível em: https://youtu.be/J2v7PA1RNqk. Acesso em 19/04/2020
FREIRE, P. (1989). A imoportância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Autores Associados.
GERHARDT, T. E., & SILVEIRA, D. T. (2009). Métodos de pesquisa. Porto Alegre: Editora da UFRGS.
HOUAISS, A. (2004). Minidicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetivo.
JAPIASSÚ, H., & MARCONDES, D. (2001). Dicionário Básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar.
KOSIK, K. (1926). Dialética do concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
LOPES, J. (2006). Fazer do trabalho científico em Ciências Sociais aplicadas. Recife: 2006.
MARX, K., & ENGELS, F. (2003). Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Sundermann. DOI: https://doi.org/10.1522/cla.mak.man
MARX, K., & Friedrich, E. (2007). A ideologia Alemã: crítica da mais recente filosofia alemã em seus representantes Feurbach, D. Bauer e Stirner, e do socialismo alemão em seus diferentes profetas. São Paulo: Boitempo.
MOREIRA, H. (2008). Metodologia da pesquisa para o professor pesquisador. Rio de Janeiro: Lamparina.
PÁDUA, E. M. (2018). Metodologia da pesquisa: abordagem teórico-prática. Campinas: Papirus.
SEVERO, R. G., GONÇALVES, S. d., & ESTRADA, R. D. (2019). A rede de difusão do movimento Escola sem Partido no facebook e Instagram: conservadorismo e reacionarismo na conjuntura brasileira. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 44, n. 3, e84073. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/edreal/a/gbjP3XMwjYtjpj5khfL7GxL/?format=pdf&lang=pt> Acesso em 15/06/2021. DOI: https://doi.org/10.1590/2175-623684073
SOUZA, G. S., SANTOS, A. R., & DIAS, V. B. (2013). Metodologia da Pesquisa Científica: a construção do conhecimento e do pensamento científico no processo de aprendizado. Porto Alegre: Animal.