TOPOFILIA E TOPOFOBIA: ENTRE A GEOPSICOLOGIA E A PSICOGEOGRAFIA
DOI:
https://doi.org/10.15628/geoconexes.2023.14702Keywords:
pensamento geográfico, Psicologia, Neurociência, espaço, lugarAbstract
Entrama-se constituir a Psicologia socioespacial através da circularidade entre o espaço e a psique. Desse modo, versa-se circular entre a Geografia psicológica, através da orientação geopsicológica (do espaço à psique) e a Psicologia geográfica, conforme o percurso psicogeográfico (da psique ao espaço). Assim, unem-se, de modo multidisciplinar, psicologia e geografia ao sentido de profusão à existência geográfica. Nesse passo, do espaço à psique, constitui-se, através da neurociência, a concepção do sistema límbico – com ênfase ao hipocampo e às amígdalas – em abertura da espacialidade para a lugaridade (topofílica e topofóbica) sob a égide da neuro-geografia crítica. Isto é, as orientações do entorno social e do corpo cerebral em constituição da psique de modo a situar e a relacionar pelo espaço, em suas desigualdades, a saúde da psique. Ademais, atenta-se, da psique ao espaço, a concepção poética do espaço além (de uma obra) e do espaço extra-além (de cada personagem de uma obra); ao intento crítico da urbanofobia/urbanofilia para o planejamento socioespacial. Também, aludem-se à agorafobia/agorafilia e à claustrofobia/claustrofilia aos sentidos das emoções de apinhamento e de espaciosidade na formação do mundo irradiado da existência geográfica. Extrapola-se, portanto, o espaço físico ao prumo do espaço psicológico pela psicologia espacial que, permeada pelo social, alicerça a compreensão da psique-socioespacial.
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