QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DE HORTALIÇAS DESIDRATADAS AO SOL E EM SECADOR LABORATORIAL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/holos.2018.6922

Palavras-chave:

Processamento mínimo, Folhosa, Olerícola, Hortaliça não convencional, Lobrobô

Resumo

Em Minas Gerais, Brasil, couve e Ora-pro-nóbis são folhosas comuns e a dessecação dessas pode aumentar vida útil e valor agregado. Objetivou-se desidratar e realizar análise físico-química e microbiológica de Brassica oleraceae e Pereskia aculeata ao sol e em secador. Folhas sanitizadas e enxaguadas foram cortadas em espessura aproximada de 5 mm e porções de 300 g foram colocadas em bandejas, no secador a 60 °C e ao sol. Monitorou-se a perda de umidade até estabilização da massa e elaboraram-se gráficos de secagem. Após estabilizar por 8h, as amostras foram acondicionadas a vácuo e armazenadas em temperatura ambiente por cinco dias para análises físicas, microbiológicas e químicas. A perda de massa foi mais acentuada nas primeiras horas e posteriormente observou-se decréscimo. As equações de perda de massa foram: y=5,649x2–77,63x+301,0 para couve cortada sob secagem ao sol; y=2,800x2–53,35x+300,2 para Ora-pro-nóbis cortado sob secagem ao sol nas primeiras 10h; y=0,098x2–2,099x+40,30 para Ora-pro-nóbis cortado sob secagem ao sol nas 4h seguintes; y=1,449x2–39,50x+300 para couve cortada em secagem artificial; y=1,637x2–42,93x+300 para Ora-pro-nóbis cortado sob secagem artificial; y=0,377x2– 20,02x+293,0 para folhas íntegras de Ora-pro-nóbis sob secagem artificial. Constatou-se ausência de contaminantes físicos e de Salmonella spp., além de contagens de Staphylococcus coagulase positivo e coliformes a 35°C inferiores às permitidas, nos dois métodos de desidratação. As médias de umidade foram 8,32 a 8,37% e de proteínas, 18,72 a 24,74%. A qualidade físico-química e microbiológica de B. oleraceae e P. aculeata desidratadas ao sol e em secador foi satisfatória.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adair da Silva Santos Filho, Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais (ICA/UFMG)

Mestre em Produção Animal, na área de qualidade de alimentos de origem animal, no Instituto de Ciências Agrárias da UFMG (2016/2). Graduação em Engenharia de Alimentos no Instituto de Ciências Agrárias da UFMG (2015/1).

Noel Cardoso Veloso, Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais (ICA/UFMG)

Engenheiro de Alimentos pelo Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais (ICA/UFMG).

Roberta Torres Careli, Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais (ICA/UFMG)

Possui graduação em Bacharel em Ciência e Tecnologia de Laticínios (2002), mestrado (2005), doutorado (2009) e pós doutorado (2011) em Ciência e Tecnologia de Alimentos, pela Universidade Federal de Viçosa. Atualmente é professor adjunto II da Universidade Federal de Minas Gerais. 

Milton Nobel Cano-Chauca, Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais (ICA/UFMG)

Graduado em Engenharia de alimentos, mestre em Ciência e Tecnológia de Alimentos (UFV), Doutor em Ciências dos Alimentos (UFLA), Pós-Doutor em Ciência e Tecnológia de Alimentos (UFV). Atualmente é Professor do Instituto de Ciências Agrarias da Universidade Federal de Minas Gerais Campus Montes Claros.

Candido Alves da Costa, Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais (ICA/UFMG)

Graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Mato Grosso (1991), mestrado em Fitotecnia (Produção Vegetal) pela Universidade Federal de Viçosa (1994) e doutorado em Fitotecnia (Produção Vegetal) pela Universidade Federal de Viçosa (1998). Atualmente é professor Titular da Universidade Federal de Minas Gerais. 

Neide Judith Faria de Oliveira, Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais (ICA/UFMG)

Graduada em Veterinária, UFMG; mestrado em Medicina Veterinária, UFMG; Doutorado em Ciência Animal, UFMG; e Pós-Graduação "latu sensu", MBA em Gerenciamento de Projetos. Atualmente é Professor Adjunto IV no departamento de Zootecnia, no Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais - ICA/UFMG.

Jasmine Alves Campos, Universidade Federal de Viçosa-UFV

Doutoranda em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa - UFV. Mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa – UFV. Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental pelo Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerias - ICA/UFMG.

Referências

Almeida Filho, J., & Cambraia, J. (1974). Estudo do valor nutritivo do “Ora-pro-nóbis” (Pereskia aculeata Mill). Revista Ceres, Viçosa, 21(114), 105-111.

Almeida, M. E. F., & Corrêa, A. D. (2012). Utilização de cactáceas do gênero Pereskia na alimentação humana em um município de Minas Gerais. Ciência Rural, Santa Maria, 42(4), 751-756.

Azevedo, A. M., Andrade Júnior, V. C., Pedrosa, C. E., Valadares, N. R., Andrade, R. F., & Souza, J. R. S. (2016). Estudo da repetibilidade genética em clones de couve. Horticultura Brasileira, Vitória da Conquista, 34(1), 119-124.

Barbosa, C. K. R., Finger, F. L., & Casali, V. W. D. (2015). Handling and postharvest shelf life of ora-pro-nobis leaves. Acta Scientiarum Agronomy, Maringá, 37(3), 307-311.

Brandão, A. A., Costa, C. A., Galizoni, F. M., Cavalcante, T. F. M., & Neves, A. C. (2015). Perfil socioeconômico dos consumidores de hortaliças em feiras livres na microrregião de Januária. Horticultura Brasileira, Vitoria da Conquista, 33(1), 119-124.

BRASIL. (2001). Ministério da Saúde. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Resolução - RDC n. 12 de 02 jan. de 2001. Aprova o regulamento técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 jan. Seção 1. 45 p.

EXCEL. (2007). Excel®: software. Versão 2007. Redmond: Microsoft, 2007.

Flemming, D. M., & Gonçalves, M. B. (2006). Cálculo A: funções, limite, derivação e integração. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 115-176.

Mazia, R. S., & Sartor, C. F. F. P. (2012). Influência do tipo de solo usado para o cultivo de Pereskia aculeata sobre propriedade proteica. Revista Saúde e Pesquisa, Maringá, 5(1), 59-65.

NEPA - Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação. (2011). Universidade Estadual De Campinas – Unicamp. Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO), 4 ed., 161 p.

Oliveira, A. B. A., Capalonga, R., Silveira, J. T., Tondo, E. C., & Cardoso, M. R. I. (2013). Avaliação da presença de microrganismos indicadores higiênico-sanitários em alimentos servidos em escolas públicas de Porto Alegre, Brasil. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 18(4), 955-962.

Park, K. J., Yado, M. K. M., & Brod, F. P. M. (2001). Estudo de secagem de pêra bartlett (Pyrus sp.) em fatias. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, 21(3), 288-292.

Paterson, I. D., Downie, D. A., & Hill, M. P. (2009). Using molecular methods to determine the origin of weed populations of Pereskia aculeata in South Africa and its relevance to biological control. Biological Control, Davis, 48(1), 84-91.

Paulino, G. C., Lucena, D. W. A., Madruga, L. C. F., Menezes, P. D. L., & Sousa, P. P. R. (2012). Gestión de calidad del servicio de alimentos y bebidas: la importancia del manipulador de alimentos em la calidad del servicio hotelero de la ciudad de João Pessoa, Brasil. Estudios y perspectivas en turismo, Buenos Aires, 21(3), 763-777.

Pigoli, D. R. (2012). Alterações nutricionais em hortaliças decorrentes de diferentes métodos de cozimento. Dissertação de mestrado, Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP – Campus de Botucatu, Botucatu, SP, Brasil.

Pinto, N. D. E. C., Duque, A. P., Pacheco, N. R., Mendes, R. D. E. F., Motta, E. V., Bellozi, P. M., Ribeiro, A., Salvador, M. J., & Scio, E. (2015). Pereskia aculeata: a plant food with antinociceptive activity. Pharmaceutical Biology, Nova York, 53(12), 1-6.

Pompeu, D. G., Carvalho, A. S., Costa, O. F., Galdino, A. S., Gonçalves, D. B., Silva, J. A., & Granjeiro, P. A. (2014). Anti-nutritional factors and “in vitro” digestibility of leaves of Pereskia aculeata Miller. Biochemistry and Biotechnology Reports, 3(1), 1-9.

Rocha, D. R. C., Pereira Júnior, G. A., Vieira, G., Pantoja, L., Santos, A. S., & Pinto, N. A. V. D. (2008). Macarrão adicionado de Ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata Miller) desidratado. Alimentos e Nutrição, Araraquara, 19(4), 459-465.

Rodríguez, P., & Pérez, E. (2015). Efecto del tratamiento térmico sobre el contenido de aminoácidos de harina de plátano de dos clones. Revista Ion, Bucaramanga, 28(1), 55-62.

Sanjinez-Argandoña, E. J., Branco, I. G., Bittencourt, T. U., & Munhoz, C. L. (2011). Influência da geometria e da temperatura na cinética de secagem de tomate (Lycopersicum esculentum). Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, 31(2), 308-312.

Silva, A. S., Almeida, F. A. C., Silva, F. L. H., Dantas, H. J., & Lima, E. E. (2008). Desidratação e efeito de pré-tratamentos no extrato seco do pimentão verde. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, 10(1), 27-34.

Silva, N., Junqueira, V. C. A., Silveira, N. F. A., Taniwaki, M. H., Gomes, R. A. R., Okazaki, M. M. (2010). Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos e água. 4. ed. São Paulo: Livraria Varela, 632 p.

Souza, M. R., Pereira, P. R. G., Magalhães, I. P. B., Sediyama, M. A. N., Vidigal, S. M., Milagres, C. S. F., & Baracat-Pereira, M. C. (2016). Mineral, protein and nitrate contents in leaves of Pereskia aculeata subjected to nitrogen fertilization. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, 46(1), 43-50.

Takeiti, C. Y., Antonio, G. C., Motta, E. M. P., Collares-Queiroz, F. P., & Park, K. J. (2009). Nutritive evaluation of a non-conventional leafy vegetable (Pereskia aculeata Miller). International Journal of Food Sciences and Nutrition, Reino Unido, 60(1), 148-160.

Veit, J. C., Freitas, M. B., Reis, E. S., Moore, O. Q., Finkler, J. K., Boscolo, W. R., & Feiden, A. (2012). Desenvolvimento e caracterização de bolos de chocolate e de cenoura com filé de tilápia do nilo (Oreochromis niloticus). Alimentos e Nutrição, Araraquara, 23(3), 427-433.

Vitti, M. C. D., Kluge, R. A., Gallo, C. R., Schiavinato, M. A., Moretti, C. L., Jacomino, A. P. 2004. Aspectos fisiológicos e microbiológicos de beterrabas minimamente processadas. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, 39(10), 1027-1032.

Zanatta, C. L., Schlabitz, C., & Ethur, E. M. (2010). Avaliação físico-química e microbiológica de farinhas obtidas a partir de vegetais não conformes à comercialização. Alimentos e Nutrição, Araraquara, 21(3), 459-468.

Zareisedehizadeh, S., Tan, C., & Koh, H. (2014). A Review of Botanical Characteristics, Traditional Usage, Chemical Components, Pharmacological ctivities, and Safety of Pereskia bleo (Kunth) DC. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, 2014(1), 1-11.

Zem, L. M., Helm, C. V., Henriques, G. S., Cabrini, D. A., & Zuffellato-Ribas, K. C. (2017). Pereskia aculeata: biological analysis on wistar rats. Food Science and Technology, 37(1), 42-47.

Zenebon, O., Pascuet, N. S., Tiglea, P. (2008). Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 4. ed. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 1020 p.

Downloads

Publicado

14/11/2018

Como Citar

Santos Filho, A. da S., Veloso, N. C., Careli, R. T., Cano-Chauca, M. N., Costa, C. A. da, Oliveira, N. J. F. de, & Campos, J. A. (2018). QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DE HORTALIÇAS DESIDRATADAS AO SOL E EM SECADOR LABORATORIAL. HOLOS, 5, 91–100. https://doi.org/10.15628/holos.2018.6922

Edição

Seção

ARTIGOS

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.