BROTAÇÃO DE ORA-PRO-NÓBIS EM SUBSTRATO ALTERNATIVO DE CASCA DE ARROZ CARBONIZADA
DOI:
https://doi.org/10.15628/holos.2017.6424Palavras-chave:
Lobrobó, Estaquia, Pirólise, Oryza sativa.Resumo
Ora-pro-nóbis, conhecido popularmente como “carne de pobre”, é utilizado pelo potencial alimentício e medicinal. A propagação por estacas caulinares constitui a forma de multiplicação usualmente empregada. No entanto, existem poucos estudos sobre o cultivo desse vegetal. Dessa forma, o objetivo com esse trabalho foi avaliar o perfil de brotações estacas caulinares de ora-pro-nóbis em substrato de casca de arroz carbonizada. O estudo foi desenvolvido no Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais (ICA/UFMG). O experimento foi instalado em Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC), contendo três tratamentos, estacas do tipo apical, mediana e basal, com respectivamente 30, 60 e 30 repetições. O substrato constitui-se de casca de arroz carbonizada e areia lavada (1:1). Inicialmente, determinou-se o número de gemas e o diâmetro por tipo estaca e porção, avaliado pelo programa SAEG. O número, comprimento e a taxa de sobrevivência foram analisados pelo erro padrão em programa Microsoft Excel® 2013. As estacas do tipo apical apresentaram mais gemas. As primeiras emissões de brotos foram observadas após sete dias do plantio para as estacas medianas e basais. Verificou-se menor taxa de sobrevivência e menor número de brotações em estacas apicais. Quanto ao tipo, as estacas basais destacaram no comprimento nas posições medianas e basais. Estacas basais e medianas apresentaram melhores resultados de número de brotações nas porções. Conclui-se que estacas medianas e basais de ramos de P. aculeata foram mais viáveis e apresentaram mais brotações aos 37 dias. Pesquisas como esta constitui um dado novo, sendo necessários futuros estudos sobre o perfil de enraizamento da espécie.
Downloads
Referências
Accorsi, W. & Dosouto, R. (2006). Ladainha Comestível. Revista Globo Rural, São Paulo, 244(1), 1-2.
Aguiar, C. (2014). Arquitetura de Plantas. Instituto Politécnico de Bragança, Escola Superior Agrária, 39 p.
Almeida, M. E. F. de, & Correa, A. D. (2012). Utilização de cactáceas do gênero Pereskia na alimentação humana em um município de Minas Gerais. Ciência Rural, Santa Maria, 42(4), 751-756.
Alvares, C. A., Stape, J. L., Sentelhas, P. C., Gonçalves, J. L. De M., & Sparovek, G. (2013). Köppen's climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, 22(6), 711-728.
BRASIL (2006). Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional-SISAN com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 15 set.
BRASIL (2010a). Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Manual de hortaliças não convencionais. Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo. Brasília: Mapa/ACS, 62-64.
BRASIL (2010b). Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo. Hortaliças Não Convencionais (Tradicionais). Brasília: MAPA, 54 p.
Carvalho, J. S. B., Nunes, M. F. P. N., Campos, G. P. A., & Goes, M. C. C. (2015). Influência de diferentes tipos de estacas e substratos na propagação vegetativa de Hyptis pectinata. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, 14(1), 89-91.
Duarte, M. R., & Hayashi, S. S. (2005). Estudo anatômico de folha e caule de Pereskia aculeata Mill. (Cactaceae). Revista Brasileira de Farmacognosia. João Pessoa, 15(2),103-109.
Fachinello, J. C, Hoffmann, A., & Nachtigal, J. C. (2005). Propagação de plantas frutíferas. Brasília: EMBRAPA. Informação Tecnológica.
Fang, X., Li, Y., Xu, D., Yang, X., & Wang, G. (2007) Activities of starch hydrolytic enzymes and starch mobilization in roots of Caragana korshinskii following above-ground partial shoot removal. Trees, Heidelberg, 21(1), 93-100.
Farago, P. V. Takeda, I. J. M., Budel, J. M., & Duarte, M. R. (2004). Análise morfo-anatômica de folhas de Pereskia grandifolia Haw., Cactaceae. Acta Farmaceutica Bonaerense, Buenos Aires, 23(3), 323-327.
Fermino, A. H. (2003). Métodos de análise para caracterização física de substratos para plantas. 2003. 89f., Tese (Doutorado em Fitotecnia). Faculdade de agronomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre.
Ferreira, L. E., Andrade, L. A., Gonçalves, G. S., Souza E. P., & Ferreira H. V. (2010). Diâmetro de estacas e substratos na propagação vegetativa de maniçoba, Manihot glaziovii Muell. Arg. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, 41(3), 393-402. Centro de Ciências Agrárias - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE.
Floss, E. L. (2004). Fisiologia das plantas cultivadas: o estudo que está por trás do que se vê. Passo Fundo: UPF, 213-223.
Gibson, S.I. (2005). Control of plant development and gene expression by sugar signaling. Current Opinion in Plant Biology, London, 8 (1) 93-102.
Gonçalves, E. G., & Lorenzi, H. (2007). Morfologia Vegetal: organografia e dicionário ilustrado de morfologia de plantas vasculares. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2007.
Guimarães, H. E. T., Barros, K. N. de, Sartor C.F. P., & Patroni, S. M. S. (2009). Cultivo e avaliação do teor proteico das folhas de Pereskia aculeata. In: VI EPCC - ENCONTRO INTERNACIONAL DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ, 2009, Maringá. Anais eletrônicos... Maringá: CESUMAR.
Hartmann, H. T., Kester, D. E., Davies Junior, F. T., & Geneve, R. L. (2002) Plant propagation: principles and practices. 7. ed. New Jersey: Prentice Hall.
Higa, K. M., Fior, C. S., & Rodrigues, L. (2012). Ensaios para a propagação in vivo e in vitro de ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata). Pequisa Agropecuária Gaúcha, Porto Alegre, 18(1), 59-66.
Kämpf, A. N. (2005). Produção comercial de plantas ornamentais. Guaiba: Agrolivros, 151-156.
Marques, V. B. (2008). Propagação seminífera e vegetativa de pitaia, Hylocereus undatus (Haw.). 85f., Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Universidade Federal de Lavras.
Mazia, R. S., & Sartor, C. F. P. (2012). Influência do tipo de solo usado para o cultivo de Pereskia aculeata sobre propriedade protéica. Revista Saúde e Pesquisa, Maringá, 5(1), 59-65.
Mercê, A. L. R., Landaluze, J. S., Mangrich, A. S., Szpoganicz, B., & Sierakowski, M. R. (2001). Complexes of arabinogalactan of Pereskia aculeata and Co2+, Cu2+, Mn2+ and Ni2+. Bioresource Technology, Essex, v. 76(1), 29-37.
Moran, V.C., & Zimmermann, H.G. (1991). Biological control of cactos weeds of minor importance in South Africa. Agriculture, Ecosystems and Environmet, Amsterdam, 37(1), 37-55.
Pereira, M. Dos S., Furlan, R.C. M., Furlani Junior E., Sanches C. V., Aguilar J. V., Figueira, L. G. B., & Penna, L. P. (2015). Desenvolvimento inicial de brotações de pinhão manso em função de diferentes tipos de estaca. In: IX WORKSHOP DE AGROENERGIA, 2015, Ribeirão Preto. Anais eletrônicos... Ribeirão Preto: Infobibos, 1: 1-5.
Pinto, N. A. V. D., Vilas Boas, B.M., & Carvalho, V. D. (1999). Caracterização mineral das folhas de taioba (Xanthosoma sagittifolium Schott). Ciência e Agrotecnologia, Lavras, 23(1), 57-61.
Ramalho, E. Z., & Mannigel, A. R. (2012) Efeito de doses de adubo orgânico na absorção de nitrogênio por Pereskia aculeata. Anais eletrônico In: VI MOSTRA INTERNA DE TRABALHOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ, Maringá. Anais eletrônicos... Maringá: CESUMAR. 1-7.
Raven, P. H., Evert, R. F., & Eichhorn, S.E. (2007). Biologia Vegetal. 7.ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 528-529; 565-569; 598-607.
Rocha, D. R. C., Pereira Júnior, G. A., Vieira, G., Pantoja, L., Santos, A. S., & Pinto, N. A. V. D. (2008) Macarrão adicionado de ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata Miller) desidratado. Alimentos e Nutrição, Araraquara, 19(4), 459-465.
Rosa, S. M., & Souza, L. A. (2003). Morfo-anatomia do fruto (hipanto, pericarpo e semente) em desenvolvimento de Pereskia aculeata Miller (Cactaceae). Acta Scientiarum. Biological Sciences, Maringá, 2(25), 415-428.
Sabará. Festival do Ora-Pro-Nóbis. Disponível em:<http://site.sabara.mg.gov.br/programacao-do-festival-do-ora-pro-nobis/>. Acesso: 03 jul 2017.
SAEG. (2007). Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas, Versão 9.1: Fundação Arthur Bernardes - UFV - Viçosa.
Sarno, A. R. R., & Pasin, L. A. A. P. (2013). Enraizamento de estaca de Pereskia aculeata sob o extrato de Kalanchoe pinnata em diferentes tipos de substratos. In: 13º CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO CONIC-SEMESP DA FACULDADE ANHANGUERA DE CAMPINAS, Campinas. Anais eletrônicos... Campinas: Faculdade Anhanguera.
Sartor, C. P. R., Amaral, V. do, Guimarães, H. E. T., Barros, K. N. De; Felipe, D. F., Cortez, L. E. R., Veltrini, V. C. (2010). Estudo da ação cicatrizante das folhas de Pereskia aculeata. Revista Saúde e Pesquisa, Maringá, 3(2), 149-154.
Silva, C. S. da. (2012) Propagação vegetativa de Pereskia aculeata Mill. (ora-pro-nóbis), utilizando diferentes doses de AIB. In: SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 2012, Porto Alegre. Anais eletrônicos... Porto Alegre: UFRGS.
Silva Júnior, A. A., Nunes, D. G., Bertoldi, F. C., Palhano, M. N., & Komiekiewicz, N. L. K. (2010). Pão de ora-pro-nóbis: um novo conceito de alimentação funcional. Agropecuária Catarinense, Santa Catarina, v. 23, n. 1, p. 35-37, 2010.
Souza, F. X. (2007) Casca de arroz carbonizada: um substrato para a propagação de plantas. Revista Lavoura Arrozeira, v. 46, n. 406, p.11, 1993 apud CHU E. Y.; DUARTE; M. de L. R.; TREMACOLDI; C. R. Uso da casca de arroz carbonizada como substrato para micorrização de mudas de três cultivares de pimenteira-do-reino. Belém: Embrapa Amazônia Oriental.
Souza, P. V. D. de, Carniel, E., & Fochesato, M. L. (2006). Efeito da composição do substrato no enraizamento de estacas de maracujazeiro azedo. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, 28(2), 276-279.
Souza, M. R. R., Correa, E. J. A., Guimarães, G., & Pereira, P. R. G. (2009). O potencial do ora-pro-nóbis na diversificação da produção agrícola familiar. Revista Brasileira de Agroecologia, Porto Alegre, 4(2), 3550-3554.
Taiz, L., & Zeiger, E. (2006). Fisiologia vegetal. 3.ed. Porto Alegre: Artmed, 376-377; 450-467.
Tavares, I. B., Momnté, V. G., Barreto, H. G., Castro, H. G. de, Santo, G. R. do, Nascimento, I. R. do. (2012). Tipos de estacas e diferentes substratos na propagação vegetativa da erva cidreira (quimiotipos i, ii e iii). Biosci. J., Uberlândia, 28(2), 206-213.
Taylor, N., Santos, M. R., Larocca, J., & Zappi, D. (2012). Cactaceae. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Tofanelli, M. B. D., & Resende, S. G. (2011). Sistemas de condução na produção de folhas de ora-pro-nobis. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, 41(3), 466-469.
Tofanelli, B. D. M., Rodrigues, D. J., & Ono O. E. (2003). Enraizamento de estacas lenhosas de pessegueiro cv. Okinawa em diferentes diâmetros de ramos, substratos e recipientes. Ciência Rural, Santa Maria, 33(3), 437-442.
Villagra, B. L. P. (2008). Diversidade florística e estrutura da comunidade de plantas trepadeiras no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga. 151 f., Dissertação (Mestrado em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente) - Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente.