INFLUÊNCIA DO CORPO LÚTEO SOBRE A RECUPERAÇÃO DE OÓCITOS IMATUROS BOVINOS DERIVADOS DE FÊMEAS POST-MORTEM

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/holos.2017.5556

Palavras-chave:

azul de cresil brilhante, competência oocitária, morfologia convencional.

Resumo

O objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência do corpo lúteo (CL), glândula endócrina temporária presente nos ovários, sobre a recuperação de oócitos imaturos bovinos derivados de ovários de fêmeas post-mortem. Para tanto, as seguintes comparações foram realizadas: fêmeas não prenhes com CL vs. fêmeas não prenhes sem CL; fêmeas prenhes com CL vs. fêmeas não prenhes com CL; e ovário com CL vs. ovário sem CL. Assim, ovários foram obtidos em abatedouro e os oócitos recuperados por aspiração folicular. A qualidade oocitária foi avaliada por morfologia convencional e ensaio de azul cresil brilhante (ACB), sendo quantificados oócitos viáveis e não viáveis para cada técnica. Todos os dados foram analisados pelo teste de Fisher (P<0,05). Assim, avaliando fêmeas ou ovários com ou sem CL, nenhuma diferença foi observada nos parâmetros avaliados. Contudo, um maior percentual de oócitos viáveis por morfologia foi obtido de fêmeas prenhes com CL, quando comparado às fêmeas não prenhes com CL. Em conclusão, pode-se afirmar que parâmetros de recuperação e qualidade oocitária não são afetados pela presença de CL, exceto em doadoras prenhes que apresentaram oócitos de melhor qualidade.

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Biografia do Autor

Maria Valéria de Oliveira Santos, Laboratório de Biotecnologia Animal (LBA), Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)

Graduada em Biotecnologia pela Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA). Foi aluna de Iniciação Científica no Laboratório de Biotecnologia Animal (LBA), sob a orientação da Profa. Dra. Alexsandra Fernandes Pereira. Atualmente, aluna do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, sob a orientação da Profa. Dra. Alexsandra Fernandes Pereira, com atuação na área de Ciências Agrárias, com ênfase em Morfofisiologia e Biotecnologia Animal.

Luiza Bento de Queiroz Neta, Laboratório de Biotecnologia Animal (LBA), Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)

Possui graduação em Biotecnologia pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (2011- 2015). Foi aluna de iniciação científica da Universidade Federal Rural do Semi-Árido no Laboratório de Biotecnologia Animal (UFERSA/LBA), sob a orientação da Profa. Dra. Alexsandra Fernandes Pereira. Atualmente, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, sob a orientação da Profa. Dra. Alexsandra Fernandes Pereira, com atuação na área de Ciências Agrárias, com ênfase em Morfofisiologia e Biotecnologia Animal.

Alana Azevedo Borges, Laboratório de Biotecnologia Animal (LBA), Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)

Alana Azevedo Borges possui graduação em Biotecnologia pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (2010 - 2015) com período sanduíche (2012 - 2013) pelo Programa Ciências sem Fronteiras em Biotecnología pela Universitat de Lleida, Espanha. Possui mestrado em Ciência Animal (2015-2016) pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Atualmente, doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal na UFERSA e integrante do Laboratório de Biotecnologia Animal (LBA/UFERSA) onde desenvolve pesquisas com ênfase em biotécnicas aplicadas à conservação e reprodução animal (cultivo celular, partenogênese, fecundação in vitro e transferência nuclear de células somáticas) sob a orientação da Profa. Dra. Alexsandra Fernandes Pereira.

Maria Bárbara Silva, Laboratório de Biotecnologia Animal (LBA), Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)

Formada em Técnico de Enfermagem pela Escola Técnica de Enfermagem do Rio Grande do Norte - ETERN. Atualmente graduanda de Biotecnologia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Aluna de iniciação científica no Laboratório de Biotecnologia Animal, sob a orientação da Profa. Dra. Alexsandra Fernandes Pereira.

Alexsandra Fernandes Pereira, Laboratório de Biotecnologia Animal (LBA), Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)

Alexsandra Fernandes Pereira possui graduação em Química pela Universidade Estadual do Ceará (2001-2004), mestrado (2005-2006) e doutorado em Ciências Veterinárias (2007-2010) na mesma instituição, com estágio doutorado-sanduíche pela Universidade de Buenos Aires, Argentina. Possui pós-doutorado em transgênese animal através do Programa Nacional de Pós-Doutorado (PNPD) do CNPq (2011-2013). Desde 2013, é professora do curso de graduação em Biotecnologia e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal (PPCA), do Departamento de Ciências Animais (DCAN), da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), ministrando as disciplinas de Histologia e Embriologia Animal, Cultura Celular Básica, Biotecnologia Animal e Técnicas avançadas de manipulação embrionária. Atualmente, é professora Adjunta C, nível 1, orientadora de doutorado, mestrado e iniciação científica. Responsável técnica do Laboratório de Biotecnologia Animal (LBA/UFERSA) onde desenvolve pesquisas com ênfase em biotécnicas aplicadas à conservação e reprodução animal (cultivo celular, partenogênese, fecundação in vitro e transferência nuclear de células somáticas).

Referências

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Publicado

21/12/2017

Como Citar

Santos, M. V. de O., de Queiroz Neta, L. B., Borges, A. A., Silva, M. B., & Pereira, A. F. (2017). INFLUÊNCIA DO CORPO LÚTEO SOBRE A RECUPERAÇÃO DE OÓCITOS IMATUROS BOVINOS DERIVADOS DE FÊMEAS POST-MORTEM. HOLOS, 7, 278–283. https://doi.org/10.15628/holos.2017.5556

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