O USO DE FILMES DE FICÇÃO COMO RECURSOS PEDAGÓGICOS OU "VER POR MEIO DE UMA GRAMÁTICA DESCONHECIDA"
DOI:
https://doi.org/10.15628/holos.2018.4899Palavras-chave:
Cinema, filmes, recursos didáticos, linguagem cinematográficaResumo
Filmes dos mais variados tipos são utilizados como recursos didáticos por professores das mais variadas etapas e modalidades de ensino. Com relação ao uso de filmes de ficção, especificamente, alguns estudiosos relatam um uso instrumental destes recursos didáticos, um uso que não reconhece ou valoriza as qualidades estéticas dos filmes, suas características artísticas. Por essa razão, este estudo pretendeu compreender a relação entre professores(as) de um curso de Pedagogia e o uso de filmes, especialmente os de ficção, como recursos didáticos no ensino superior. A pesquisa qualitativa utilizou como instrumento questionários eletrônicos compostos de questões abertas e fechadas, ao qual professores(as) de um curso de Pedagogia responderam. Em sua heterogeneidade, os dados indicaram que dentre os professores que utilizam filmes como recursos didáticos, a maioria privilegia os filmes de ficção. Ao utilizá-los, os professores preocupam-se em estabelecer elos entre seus temas e os conteúdos das disciplinas que ministram, porém não foi identificada uma profundidade ou objetivo de exploração de aspectos estéticos dos filmes ou tentativas de traduzir sensibilidade em julgamento estético. O conhecimento da linguagem cinematográfica nem sequer foi considerado um pré-requisito para o uso dos filmes como recursos didáticos.
Downloads
Referências
Araújo, Naiara Sales. (2018). Vargas, Franco e o cinema: a sétima arte, na Espanha e no Brasil, dos anos 40. Revista Livre de Cinema, Maranhão, 5(3), 101-118, set-dez, 2018.
Alves-Mazzotti, Alda Judith; Gewandsnajder, Fernando. (2000). O método nas ciências naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. 2. ed. São Paulo: Pioneira.
Bernardet, Jean-Claude. (2011). O que é cinema. São Paulo: Brasiliense.
Christofoletti, Rogério. (2009). Filmes na sala de aula: recurso didático, abordagem pedagógica ou recreação? Educação UFSM ( Santa Maria), 34(3), 603-616. DOI: 10.5902/19846444
Costa, Antonio. (2003). Como compreender o cinema. 3. ed. São Paulo: Globo.
Costa, Flávia Cesarino. (2006). Primeiro cinema. In: Mascarello, Fernando. História do cinema mundial. Campinas: Papirus, p. 16-53.
Duarte, Rosália; Alegria, João. (2008). Formação estética audiovisual: um outro olhar para o cinema a partir da educação. Educação & Realidade (Porto Alegre), 33(1),59-80.
Duarte, Rosália. (2009). Cinema & Educação. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora.
Edgar-Hunt, Robert; Marland, John; Rawle, Steven. (2013). A linguagem do cinema. Porto Alegre: Bookman.
Gil, Antonio Carlos. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas.
Gonçalves, Daniel Infante Ferreira. (2008). Pesquisas de marketing pela internet: as percepções sob a ótica dos entrevistados. RAM. Revista de Administração Mackenzie, 9(7), 70-88. https://dx.doi.org/10.1590/S1678-69712008000700004
Hill, Manuela Magalhães, Hill, Andrew. (2002). Investigação por questionário. 2. ed. Lisboa: Silabo.
Leandro, António Cruz. (2016). Cinema e cidadania: uma interação pedagógica em contexto escolar. Revista de Linguagem do Cinema e do Audiovisual, Rio de Janeiro, 2(1) 47-56, 2016.
Mascarello, Fernando (2006). História do cinema mundial. Campinas: Papirus.
Mayrink, Mônica Ferreira. (2007) Luzes... Câmera... Reflexão: formação inicial de professores mediada por filmes. Tese (Doutorado) - Curso de Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, Brasil.
Metz, Christian. (2017). A significação no Cinema. São Paulo: Perspectiva.
Miles, Matthew B; Huberman, A. Michael. (1994). Qualitative data analysis: an expanded sourcebook. Londres: SAGE Publications.
Moraes, Ana Cristina de. (2013). Educação estética na universidade e o constructo de impulsos lúdicos. In: 36ª ANPED, 2013, Goiânia. Sistema Nacional de Educação e Participação Popular: Desafios para as Políticas Educacionais. Goiânia: ANPED.
Omote, Sadao, Prado, Paulo Sérgio Teixeira do, & Carrara, Kester. (2005). Versão eletrônica de questionário e o controle de erros de resposta. Estudos de Psicologia (Natal), 10(3), 397-405. https://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X2005000300008
Richardson, Roberto Jarry. (2012). Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas.