PACTO GLOBAL NO BRASIL: UMA CONFRONTAÇÃO ENTRE OS COMPROMISSOS ASSUMIDOS E OS AVANÇOS DIVULGADOS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/holos.2016.1905

Palavras-chave:

Sustentabilidade, pacto global, Indicadores, pequenas e médias empresas

Resumo

Considerando-se a importância da construção e publicização de indicadores que possibilitem aprimorar a avaliação de práticas sustentáveis das empresas signatárias do Pacto Global, o presente estudo teve como objetivo conhecer em que medida as organizações signatárias vem prestando contas de seus avanços quanto aos compromissos assumidos no momento da adesão. A pesquisa contemplou a totalidade das pequenas e médias signatárias brasileiras, revelando-se a grave constatação de elevado grau de inadimplência no que concerne ao envio das comunicações anuais de progresso. Em seguida, por meio de um modelo de regressão logística investigou-se a possível influência de algumas variáveis na entrega destes documentos. O resultado mostrou evidências de que o setor de atuação tem efeito no cumprimento deste compromisso, porém não apresentando significância estatística. Destacou-se o elevado percentual de consultorias que não encaminharam os relatórios, enquanto as empresas do setor industrial apresentaram a maior chance de entrega dos mesmos. Em relação ao tempo de permanência, há evidências de associação estatisticamente significativa com a entrega dos relatórios.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Silvia Pires Basto Costa, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Graduação em Administração de Empresas (Universidade Federal do Ceará); mestrado em Administração (Universidade Estadual do Ceará). Doutorado em Políticas Públicas (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). Conselheira Titular do Conselho Estadual do Trabalho – CET (2005/2007). Conselheira Suplente do Conselho Estadual de Segurança Alimentar-CONSEA(2005). Coordenadora e professora de cursos de graduação e pós-graduação em Administração (1998/2009). Elaborou e coordenou projetos sociais, dentre os quais os financiados pelo programa de Apoio ao Capacitação Solidária, Plano Estadual de Qualificação, Petrobrás e Consórcio Social da Juventude (1996/2009); Voluntárioa em projetos sociais. Coordenadora Geral da Federação das Associações dos Jovens Empresários do Ceará na gestão 2005/2006 e atual Conselheira

Marcelo Hugo de Medeiros Bezerra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Técnico em Controle Ambiental pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte. Graduado em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Bolsista de Iniciação Científica na área de Estratégia- PROPESQ/UFRN

Carolina de Sousa Martins Melo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

graduada em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, estagiária de Administração da Diretoria de Planejamento e Gestão Estratégica do Ministério Público do Rio Grande do Norte. Interessada nas áreas de Sustentabilidade, Gestão de Resíduos nas Organizações e Sociedade e Gestão Pública.

Josenilson Gomes de Araújo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Experiencia academica: Bolsista PET Estatístca, Bolsista CONSULEST-UFRN e Graduação em Estatística pela UFRN. Atualmente: Estatístico Jr na Petróleo Brasileiro S. A.

Denise Pires Bastos Costa, Universidade Estadual do Ceará

Graduação em Psicologia (Universidade Federal do Ceará); Espaecialização em Marketing (Escola Superior de Propaganda e Marketing) mestrado em Administração (Universidade Estadual do Ceará). Elaborou e coordenou projetos sociais, dentre os quais os financiados pelo programa de Apoio ao Capacitação Solidária, (1999-2000), Coordenou o Programa de responsabilidade Social da Faculdade Integrada do Ceará (2001 a 2009);Elaborou, implantou e coordenou o Selo de Responsabilidade Cultural em projeto do Governo do Estado do Ceará (2007 a 2010) Professora Universitária nas áreas de Marketing e Responsabilidade Social; Voluntária nas instituições Associação Casa de Afonso e Maria e Fundação Maria de Nazaré.

Referências

AFONSO, C. M. Sustentabilidade: caminho ou utopia? São Paulo: Annablume, 2006.

ALBUQUERQUE, J. L. Gestão ambiental e responsabilidade social. São Paulo: Atlas, 2010.

AREVALO, J. A.; ARAVIND, D. The impact of the crisis on corporate responsibility: the case of UN global compact participants in the USA. Corporate Governance Journal, v. 10, n.4, 406-420, 2010.

BARBIERI, J. C.; CAJAZEIRA, J. E. Responsabilidade Social Empresarial e empresa sustentável: da teoria à prática. São Paulo: Saraiva, 2008.

BORGES, C.; CORTEZ, F.; PONTES, R. Desenvolvimento: formas e processos. Fortaleza: Fundação Konrad Adenauer, 2006.

BOVESPA 2008. Disponível em: http://www.bovespa.com.br/pdf/ISE_Reuniao_Empresas_Abril2008.pdf. Acesso em: 12 dez. 2011.

BRAGA, T.M.; FREITAS, A.P.G.; DUARTE, G.S.; SOUSA, J.C. Índice de sustentabilidade municipal: o desafio de mensurar. Nova Economia, v. 14, n.3, p. 11-33, 2004.

CALLADO, A. L. C.; FENSTERSEIFER, J. E. Indicadores de sustentabilidade: uma abordagem empírica a partir de uma perspectiva de especialistas. São Paulo: SIMPOI, 2010.

CETINDAMAR, D.; HUSOY, K. Corporate social responsibility practices andenvironmentally responsible behavior: the case of the United Nations global compact. Journal of business Ethics, v. 76, p. 163-176, 2007.

CORRAR, L.J.; PAULO. E.; DIAS, J. M., F. Análise multivariada para os cursos de Administração, Ciências Contábeis e Economia. São Paulo: Atlas. 2007.

COWEN, S.; FERRERI, L.; PARKER, L. O impacto da característica corporativa na divulgação da responsabilidade social uma análise tipologia e frequência baseado. Organização Contabilidade e Sociedade, v., 12, n. 2, p. 111-122, 1987.

DIERKES, M.; PRESTON, L. Corporate social accounting and reporting for the physical environment: a critical review and implementation proposal. Accounting, Organizations and Society, v. 2, n. 1, p. 3-22, 1977.

DIMAGGIO, P.; POWELL, W. The Iron Cage Revisited. 2011. Acesso em: 4 dez. 2011. Disponível em: http://www.ics.uci.edu/~corps/phaseii/DiMaggioPowell-IronCageRevisited-ASR.pdf.

FERREIRA, D. V. Atitude socialmente responsável ou estratégia comercial: o caso do pacto global. Dissertação de mestrado, Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, SP, Brasil. 2008.

FRIEDMAN, T. L. Quente, plano e lotado: os desafios e oportunidades de um novo mundo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010.

HEMPHILL, T.A. The United Nations global compact: the business implementation and accountability challenge. International Journal of Business Governance and Ethics, v.1, n.4, p. 303-16, 2005.

HERZORG, A.L. (2011, março 11). Assinar parceria com a ONU é a parte fácil. Revista Exame.com. Disponível em: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0987. Acesso em: 2 dez. 2011.

HOURNEAUX, F.; BARBOSA, M.; KATZ, S. A gestão ambiental nas indústrias brasileiras. Anais do Seminário em Administração da FEA-USP, São Paulo, SP, Brasil, 7, 2004.

JANNUZZI, P. M.; PATARRA, N. L. Manual para capacitação em indicadores sociais nas políticas públicas e em direitos humanos. São Paulo: Oficina Editorial, 2006.

KELL, G. The Global Compact: selected experiences and reflections. Journal of Business Ethics, v. 59, p. 69–79, 2005.

KRUGLIANSKAS, I.; ALIGLERI, L.;ALIGLERI, L. A. Gestão socioambiental: responsabilidade e sustentabilidade do negócio. São Paulo: Atlas, 2009.

LASZLO, C. A empresa sustentável. Lisboa: Instituto Piaget, 2003.

MICHELON, G. Sustainability disclosure and reputation: a comparative study [Working Paper N° 44]. Università Degli Studi di Padova, Padova, PA. 2007.

MOKATE, K. Convirtiendo el “monstruo” en aliado: la evaluación como herramienta de la gerencia social. Washington: INDES/BID, 2000.

OLIVEIRA, J. A. P.; OGLIARI, C.; PUPO, F. P.; CONTRERAS, F.; COELHO NETO, G.; SMAHA, H. C.; ROCHA, J.; MAEDA, J.; SANTOS, J. M.; PEREIRA FILHO, J.; SALCEDA, J. A.; ALBUQUERQUE, J. R.; MUNIZ, J. P.; GANDOLFI, L.; REZENDE, M.; ZANINI, M. A. R.; GONÇALVES, P.; CALDEIRA, R. C. T.; FARIA, R. F.; VIEIRA, R. P.; BECKER, R.; QUENEHEN, R.; SANTOS, V. H. D. A implementação do pacto global pelas empresas do Paraná. Revista de Gestão Social e Ambiental, v. 2, n. 3, p. 92-110, 2008.

GUIMARÃES, R.P.; FEICHAS, S.A.Q. Desafios na construção de indicadores de sustentabilidade. Ambiente & Sociedade, v. 12, n.2, p.307-323, 2009.

RODRIGUES, M. C. P. Projetos Sociais Corporativos: como avaliar e tornar essa estratégia eficaz. São Paulo: Atlas, 2010.

SICHE, R; AGOSTINHO, F.; ORTEGA, E.; ROMEIRO, A. Índices versus indicadores: precisões conceituais na discussão de sustentabilidade de países. Ambiente & Sociedade, v.X, n.2, p.137-148, 2007.

STROBEL, J. S.; CORAL, E.; SELIG, P. M. Indicadores de sustentabilidade corporativa: uma análise comparativa. Anais eletrônicos do Encontro Anual da Anpad, Curitiba, PR, Brasil, 28, 2004.

THÉRIEN, J. P.; POULIOT, V. The Global Compact: shifting the politics of international development? Global Governance, v. 12, p. 55–75, 2006.

VEIGA, J.E. Indicadores de sustentabilidade. Estudos Avançados, v.24, n.68, p.39-52, 2010.

______. Indicadores socioambientais: evolução e perspectivas. Revista Economia Política, v. 29, n. 4, p. 421-435, 2009.

VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 2000.

Downloads

Publicado

23/06/2016

Como Citar

Costa, S. P. B., Bezerra, M. H. de M., Melo, C. de S. M., Araújo, J. G. de, & Costa, D. P. B. (2016). PACTO GLOBAL NO BRASIL: UMA CONFRONTAÇÃO ENTRE OS COMPROMISSOS ASSUMIDOS E OS AVANÇOS DIVULGADOS. HOLOS, 3, 274–289. https://doi.org/10.15628/holos.2016.1905

Edição

Seção

ARTIGOS

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.