SUSTENTABILIDADE NO SETOR SUPERMERCADISTA: ESTUDO COMPARATIVO DE GRANDES REDES NO BRASIL E NO EXTERIOR
DOI:
https://doi.org/10.15628/holos.2017.1865Palavras-chave:
supermercado, gestão ambiental, política ambiental, sustentabilidadeResumo
O setor de supermercados é expressivo em termos econômicos, ambientais e sociais. No entanto, sua contribuição para a promoção da sustentabilidade segue como um desafio para esse segmento. O objetivo deste artigo é analisar o alinhamento entre a política ambiental de grandes redes do setor supermercadista às prioridades internacionais para a sustentabilidade. Para isso, realizou-se uma pesquisa exploratória, na qual foi selecionada uma amostra de supermercados do Brasil e do exterior (Itália, Inglaterra e Estados Unidos) que apresentam políticas e práticas voltadas à sustentabilidade como critério de seleção. A partir de uma análise comparativa, observou-se que, apesar da existência de iniciativas por parte das empresas domésticas, principalmente no que se refere à gestão de resíduos, os supermercados estrangeiros apresentam melhores práticas em termos de sustentabilidade do que aqueles que atuam no Brasil. Os supermercados estrangeiros também tem uma posição mais consolidada ao considerarem a sustentabilidade como critério para a criação de políticas ambientais. Dessa forma, a principal contribuição desse estudo é demonstrar as diferentes situações entre as empresas e os critérios utilizados pelos supermercados no que se refere à promoção da sustentabilidade na agenda ambiental do seu negócio.
Downloads
Referências
Amadeu Jr, A., Gelman, J. J., & Macedo, L. C. (2008). A mobilização do setor varejista para a responsabilidade social: do assistencialismo ao alinhamento estratégico. In: J. J Gelman & J. Parente (Orgs.). Varejo socialmente responsável. (Cap. 1, pp. 15-32). Porto Alegre: Bookman.
Aragón-Correa, J. A. (1998). Strategic proactivity and firm approach to the natural environment. Academy of Management Journal, 41(5), 556.
Araujo, G. J. F., & Carvalho, C. M. (2011). As políticas sustentáveis aplicadas às redes varejistas. Revista Administração em Diálogo-RAD, 13(1), 47-63.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. (2012). NBR ISO 16:001: 2012 - Responsabilidade Social – Sistema de gestão – Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT.
Associação Brasileira de Supermercados. (2008a). Abras divulga ranking de supermercados. São Paulo: APAS. Recuperado em 16 abril, 2013, de http://www.portalapas.org.br/default.asp?resolucao=1680X1050
Associação Brasileira de Supermercados. (2008b). Guia prático APAS: supermercado sustentável. São Paulo: APAS.
Associação Brasileira de Supermercados. (2011). Guia da loja verde. São Paulo: APAS.
Barbieri, J. C. (2004). Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. São Paulo: Saraiva.
Barros, R. (2005). Instrumentos de gestão ambiental empresarial. Rio de janeiro: FGV ONLINE.
Borger, F. G. (2006). Responsabilidade social corporativa: a dimensão ética, social e ambiental na gestão das organizações. In: A. Vilela Jr, & J. Demajorovic. (Orgs.). Modelos e ferramentas de gestão ambiental: desafio e perspectivas para as organizações (pp. 13-40). São Paulo: Editora SENAC.
Braga Jr, S. S. (2007). Gestão ambiental no varejo: um estudo das práticas de logística reversa em supermercados de médio porte. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
CARREFOUR. (2009). Relatório de desenvolvimento sustentável. Recuperado em 06 agosto, 2010, de http://www.grupocarrefour.com.br/wp-content/uploads/2010/02/27646_RDS_2009.pdf
Carrefour. (2010). Relatório de desenvolvimento sustentável 2009. Recuperado em 06 agosto, 2010, de http://www.grupocarrefour.com.br/wp-content/uploads/2010/02/27646_RDS_2009.pdf
Carrefour. (2011a). Consulta geral a homepage oficial Brasil. Recuperado em 06 setembro, 2011, de http://www.carrefour.com.br
Carrefour. (2011b). Consulta geral a homepage oficial do grupo no Brasil. Recuperado em 08 setembro, 2011, de http://www.grupocarrefour.com.br/
Carrefour. (2011c). Consulta geral ao site c-laterre.fr. (site do desenvolvimento sustentável do Carrefour). Recuperado em 06 setembro, 2011, de http://www.c-laterre.fr/?svc_mode=E&g=233033193305&svc_campaign=rubrique&svc_partner=ClaTerre&svc_position=CRF&estat_url=http%3A%2F%2Fwww.c-laterre.fr%2F
Carrefour. (2011d). Rapport expert 2010: Le développement durable chez Carrefour. Recuperado em 06 setembro, 2011 de, http://www.carrefour.com/docroot/groupe/C4com/Commerce%20responsable/Publications/RDD_Expert_2010_complet_250711_DEF.pdf
Carrefour. (2012). Consulta geral a homepage oficial mundial. Recuperado em 09 maio, 2012, de http://www.carrefour.com/
Christchurch City Council. (2008). Target sustainability – Supermarket business guide. Christchurch: CCC. Recuperado em 13 abril, 2013, de http://www.targetsustainability.co.nz/SectorGuides/TargetSustainabilitySupermarketBusinessGuide.pdf
Consumers International. (2010a). Consulta geral a homepage oficial. Recuperado em 01 dezembro, 2010, de http://www.consumersinternational.org/
Consumers International. (2010b). Les supermarchés europeéns aux banc d’essai: sont-ils à La hauteur de leurs responsabilités em matière de conditions de travail dans Le monde em développements? Recuperado em 27 novembro, 2010, de <http://www.consumersinternational.org/media/394318/checkedout-fran%C3%A7ais-02.pdf
Coop Ambiente. (2012). Consulta geral a homepage. Recuperado em 21 fevereiro, 2012, de http://www.coopambiente.it/
Coop Italia. (2007). L’impegno di Coop per l’ambiente. Recuperado em 14 novembro, 2010, de <http://www.e-coop.it/CoopRepository/COOP/CoopItalia/file/fil00000039351.pdf
Coop Itália. (2011). 2010 Settimo rapporto sociale nazionale: della cooperazione di consumatori. Casalecchio di Reno: Euro Coop Itália. Recuperado em 21 fevereiro 2011, de http://www.e-coop.it/portalWeb/stat/docPortale/doc00000057190/true/rapporto-sociale-nazionale-.dhtml
Cruz, L. B., Pedrozo, E., & Martinet, A. (2007). Estratégias de desenvolvimento sustentável em grupos multinacionais: o estudo de dois casos franceses no setor do varejo. Revista de Gestão Social e Ambiental, 1(3), 58-78.
Cunha, C. F., Spers, E. E., & Zylbersztajn, D. (2011). Percepção sobre atributos de sustentabilidade em um varejo supermercadista. RAE-Revista de Administração de Empresas, 51(6), 542-552.
Delai, I., & Takahashi, S. (2013). Corporate sustainability in emerging markets: insights from the practices reported by the Brazilian retailers. Journal of Cleaner Production, 47(5), 211-221.
Demajorovic, J. (2006). Ecoeficiência em serviços: diminuindo impactos e aprimorando benefícios ambientais. In: A. Vilela Jr & J. Demajorovic, (Org.). Modelos e ferramentas de gestão ambiental: desafio e perspectivas para as organizações (pp. 169-198).São Paulo: Editora SENAC.
E-coop. (2012). Consulta geral a homepage oficial. Recuperado em 21 fevereiro, 2012, de http://www.e-coop.it/portalWeb/portale/index.jsp
Epelbaum, M. (2006). Sistemas de gestão ambiental. In: A. Vilela Júnior & J. Demajorovic (Orgs.) Modelos e ferramentas de gestão ambiental: desafio e perspectivas para as organizações. (pp. 115-148). São Paulo: Editora SENAC.
Erol, I., Cakar, N., Erel, D., & Sari, R. (2009). Sustainability in the Turkish Retailing Industry. Sustainable Development, 17(1), 49-67.
Food Market Institute. (2013). Sustainability guide – implementing susytainability in operation. Arlington: FMI. Recuperado em 12 abril, 2013, de http://www.fmi.org/docs/sustainability/sustainability_quick_start_guide_marketing.doc?sfvrsn=2
Fundação Getulio Vargas. (2005). Indicadores de responsabilidade social nas empresas varejistas. São Paulo: FGV.
Grupo Pão de Açúcar (2011). Relatório anual e de Sustentabilidade 2010. São Paulo: GPA. Recuperado em 20 fevereiro 2012, de http://www.gpari.com.br/grupopaodeacucar/web/conteudo_pt.asp?idioma=0&conta=28&tipo=29910
Grupo Pão de Açúcar. (2012a). Consulta geral a homepage relação com investidores. Recuperado em 20 fevereiro 2012, de http://www.gpari.com.br/grupopaodeacucar/web/default_pt.asp?idioma=0&conta=28
Grupo Pão de Açúcar. (2012b). Consulta geral a homepage oficial. Recuperado em 20 fevereiro 2012, de http://www.grupopaodeacucar.com.br/home.htm
Hamza, K. M., & Dalmarco, D. D. A. S. (2013). Integração entre estratégia competitiva e práticas de responsabilidade social corporativa: um estudo exploratório nos cinco maiores supermercados brasileiros. Revista de Gestão Social e Ambiental, 6(3), 78-95.
Hart, S. L. (1997). Beyond Greening: Strategies for a sustainable world. Harvard Business Review, 75(1), 66-76.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2012). Consulta geral a homepage oficial. Recuperado em 10 maio, 2012, de http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/contasnacionais/2009/tabelas_pdf/tab10.pdf
Instituto Ethos. (2010). Consulta geral a homepage oficial. Recuperado em 27 novembro, 2010, de http://www1.ethos.org.br/EthosWeb/Default.aspx
Moura, L. A. A. (2011). Qualidade e gestão ambiental: sustentabilidade e ISO 14.001. 6. ed. Belo Horizonte: Del Rey Editora.
Philippi Junior, A., Roméro, M. A., & Bruna, G. C. (2009). Uma introdução à questão ambiental. In: A. Philippi Junior, M. A. Roméro, & G. C. Bruna (Eds.) Curso de gestão ambiental (Cap. 1, pp.3-16). Barueri: Editora Manole.
Porter, M. E., & Kramer, M. R. (2009). Estratégia e sociedade: o vínculo entre vantagem competitiva e a responsabilidade social das empresas. In: M. E. Porter (Ed.). Competição – on competition: estratégias competitivas essenciais (p. 483-507). Rio de Janeiro: Campus.
Porter, M. E., & Van Der Linde, C. (1995). Green and competitive: ending the stalemate. Harvard Business Review, 73(5), 120-134.
Santos, L. A., Marzall, L. F., Gonçalves, D. L., & Godoy, L. P. (2016). Análise das práticas sustentáveis no ramo varejista: uma percepção dos colaboradores com ênfase na educação ambiental. Revista Reunir, 6(1), 37-55.
Seiffert, M. E. B. (2007). Gestão ambiental: instrumentos, esferas de ação e educação ambiental. São Paulo: Atlas.
Spence, L., & Bourlakis, M. (2009). The evolution from corporate social responsibility to supply chain responsibility: the case of Waitrose. Supply Chain Management: An International Journal, 14,(4), 291-302.
Suamir, I. N., Tassou, S. A., & Marriot, D. (2012). Integration of CO2 refrigeration and trigeneration systems for energy and GHT emission saving in supermarkets. International Journal of Refrigeration, 35(2), 407-417.
Superhiper (2012). Ranking Abras 2012: a análise do autosserviço. São Paulo: Abras.
Superhiper. (2010). Panorama Superhiper 2011. São Paulo: Abras.
Tesco PLC. (2011). Corporate Responsability Report 2011. Recuperado em 17 março, 2012, de http://www.tescoplc.com/media/60113/tesco_cr_report_2011_final.pdf
Tesco. (2010). Environment sustainability statement: Tesco environment store, Greater Eston. Hampshire: Scott Wilson.
Tesco. (2012). Consulta geral a homepage oficial. Recuperado em 17 março, 2012, de http://www.tesco.com/
Varejo Sustentavel. (2012). Consulta geral a homepage oficial. Recuperado em 12 março, 2012, de http://www.varejosustentavel.com.br/
Walker, D. (2008). Sustainability: environment management, transparency and competitive advantage. Journal of Retail and Leisure Property, v.7, 119-130.
Walmart Brasil. (2008). Relatório de sustentabilidade 2008: exercício 2007. Barueri: Ipsis Gráfica e Editora.
Walmart Brasil. (2010). Consulta geral a homepage oficial. Recuperado em 5 agosto, 2010, de http://www.walmartbrasil.com.br/
Walmart Brasil. (2011). Relatório de sustentabilidade 2011: exercício 2010. Barueri: Editora Contadino.
Walmart Corporativo (2011).. Consulta geral a homepage oficial. Recuperado em 1 outubro, 2011, de http://www.walmartstores.com
Walmart Internacional. (2011). Consulta geral a homepage oficial. Recuperado em 1 outubro, 2011, de http://www.walmart.com
Walmart Sustentabilidade. (2011). Consulta geral a homepage oficial. Recuperado em 1 novembro, 2011, de http://www.walmartsustentabilidade.com.br
Wells, C. (2006). Rotulagem ambiental. In: A. Vilela Jr, & J. Demajorovic. (Orgs.). Modelos e ferramentas de gestão ambiental: desafio e perspectivas para as organizações (pp. 337-361). São Paulo: Editora SENAC.
Whole Foods Market (2011a). Consulta geral a homepage oficial. Recuperado em 21 junho, 2011, de http://www.wholefoodsmarket.com/>. Acesso em: 21 jun. 2011a.
Whole Foods Market. (2011b). Annual report 2010. Austin, Texas: WFM. Recuperado em 21 junho, 2011, de <http://www.wholefoodsmarket.com/company/pdfs/ar10.pdf
Wiese, A., Kellner, J., Lietke, B., Toporowsi, W., & Zielke, S. (2012). Sustainability in retailing – a summative content analysis. International Journal of Retail & Distribution Management, 40 (4), 318-335.
Winandy, A. J. C., & Gallardo, A. L. C. F. (2014). Análise das práticas de gestão ambiental divulgadas pelo varejo supermercadista. Revista Gestão Industrial, 10(4), 925-948.
World Comission on Environment and Development. (1987). Our common future. Oxford: Oxford University Press.