HISTÓRIA DIGITAL E O OFÍCIO DO HISTORIADOR: MODOS DE SER E FAZER NO REPOSITÓRIO DA REVISTA POUR L’ÈRE NOUVELLE
DOI:
https://doi.org/10.15628/holos.2021.11773Palavras-chave:
História da Educação, Humanidades Digitais, Fontes Históricas, Historiografia.Resumo
Compreender o ofício do historiador ao trabalhar com fontes históricas digitalizadas e repositórios digitais, constitui o horizonte desta pesquisa. A investigação situa-se no entrecruzamento dos campos da História da Educação e História Digital, produzindo reflexões a respeito das principais transformações e desafios enfrentados, tanto na produção do conhecimento, como na prática investigativa da ciência histórica. A discussão respalda-se teórico e metodologicamente na literatura sobre fontes históricas digitalizadas (Chartier, 2002; Brasil & Nascimento, 2020), assim como em autores que tratam acerca da importância de criação e manutenção de repositórios digitais (Bicas, Rodrigues & Gervasio, 2019; Antunes, 2008). Nesse sentido, selecionamos como exemplo o repositório da Revista Pour l’Ère Nouvelle. Concluímos que a utilização dessas ferramentas tecnológicas tem sido de grande relevância para a área das Humanidades, sobretudo, pela influência sobre a produção historiográfica que, por sua vez, deriva dos diferentes olhares, perspectivas e fazeres constituídos por meio do acesso virtual.
Downloads
Referências
Almeida, F. C. (2011). O historiador e as fontes digitais: uma visão acerca da internet como fonte primária para pesquisas históricas. Revista do corpo discente do PPG-História da UFRGS, 3(8), 9-30.
Andrade, V. G. (2017). A experiência de criação de um Repositório Digital como fonte de pesquisa para História da Educação de Bananeiras. Revista de História e Historiografia da Educação, 1(2), 266-284. DOI: https://doi.org/10.5380/rhhe.v1i2.50376
Arellano, M. A. (2004). Preservação de documentos digitais. Ciência da Informação, 33(2), 15-27. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-19652004000200002
Bica, A. C., Rodrigues, T. M. & Gervasio, S. C. M. (2019). Tatu Magazine: os modos de ser e fazer do Repositório Digital Tatu. Revista História da Educação, 23, 1-18. DOI: https://doi.org/10.1590/2236-3459/88290
Bloch, M. (2001). A história, os homens e o tempo. In M. Bloch, Apologia da História ou O ofício do Historiador (pp. 51-68). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.
Boso, A. K. (2011). Repositórios de instituições federais de ensino superior e suas políticas: análise sob o aspecto das fontes informais (Dissertação de Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil. Recuperado de https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/95776/296890.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Brasil, E. & Nascimento, L. F. (2020). História Digital: reflexões a partir da Hemeroteca Digital Brasileira e do uso de CAQDAS na reelaboração da pesquisa histórica. Estudos Históricos, 33(69), 196-219. DOI: https://doi.org/10.1590/s2178-14942020000100011
Carvalho, M. M. C. (2007). A bordo do navio, lendo notícias do Brasil: o relato de viagem de Adolpho Ferrière. In A. C. V. Mignot & J. G. Gondra (Orgs.), Viagens Pedagógicas (1a ed., pp. 277-293). São Paulo: Cortez.
Chartier, R. (1999). A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: IMESPlEd - UNESP.
Chartier, R. (2002). Morte ou transfiguração do leitor? In R. Chartier (Org.), Os desafios da escrita (pp. 101-124). São Paulo: Ed. UNESP.
De Certeau, M. (1982). Fazer história. In M. De Certeau (Org.), A escrita da história (pp. 31-64). Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Haenggelli-Jenni, B. (2011). Pour l’Ère Nouvelle : une revue-carrefour entre science et militance (1922-1940) (Tese de Doutorado). Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Genebra, Genebra, Suíça. Recuperado de https://archive-ouverte.unige.ch/unige:18162
Le Goff, J. (2012). História e memória. São Paulo: Editora da Unicamp.
Lucchesi, A. (2014). Por um debate sobre História e Historiografia Digital. Boletim Historiar, (2), 45-57.
Mounier, P. (2018). Les humanités numériques. Une histoire critique. Communication, 37(2), 1-15. DOI: https://doi.org/10.4000/books.editionsmsh.12006
Razzini, M. P. G. (2008). Acervos e pesquisas em História da Educação: das vitrines do progresso aos desafios da conservação digital. Revista História da Educação, 12(25), 131-151.
Ribeiro Junior, D. I. & Zucatto, A. C. P. (2014). Bibliotecas e Repositórios Digitais: reflexões, tecnologias e aplicações. Anais do XVIII Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias, 18. Recuperado de https://www.bu.ufmg.br/snbu2014/wp-content/uploads/trabalhos/638-2179.pdf.
Ricoeur, P. (2007). Fase documental: a memória arquivada. In P. Ricoeur (Org.), A memória, a história, o esquecimento (pp. 155-192). Campinas: Editora da UNICAMP.
Sá, A. F. A. (2008). Admirável campo novo: o profissional de história e a Internet. Revista Eletrônica Boletim do Tempo, (7), 1-9.
Stephanou, M. (2002). Banco de dados em história da educação. Revista de História da Educação. 6(11), 65-76.
Université de Caen Normandie (2002). Pour l’Ère Nouvelle [Repositório Digital]. Recuperado de http://www.unicaen.fr/recherche/mrsh/pen
Vidal, D. G. (2002). O livro e a biblioteca, o documento e o arquivo na era digital. História da Educação, 6(11), 53-64.