MODELO DE DECISÃO EFFECTUATION: UMA ALTERNATIVA PARA O ESTUDO DA CRIAÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
DOI:
https://doi.org/10.15628/holos.2016.3140Palavras-chave:
Modelo de decisão, Effectuation, Racional-causal, Estratégia, EmpreendedorismoResumo
Até pouco tempo, tinha-se a ideia de que procedimentos e atitudes padronizadas bastavam para o sucesso nos negócios. Porém, tal ideia encontra-se em processo de transformação. Neste contexto, o modelo de decisão Effectuation foi proposto como alternativa ao modelo de decisão clássico que se baseia no princípio de causalidade. A base conceitual que possibilita a operacionalização do conceito de effectuation é: (a) a ideia de perda tolerável, ao invés de retornos esperados, (b) alianças estratégicas e compromissos pré-acordados, ao invés de análises da concorrência e (c) a exploração de contingências, ao invés de conhecimentos pré-existentes. Ao usar processos sob a lógica Effectuation para iniciar uma empresa, o empreendedor pode construir diferentes tipos de empresas em indústrias completamente distintas. Diante disso, o modelo de decisão Effectuation surge como um modelo alternativo para a análise de criação de empresas, sendo muitas vezes mais adequado ao contexto atual.Downloads
Referências
CARLAND, J. W.; HOY, F. & BOULTON, W. R. (1984). Differentiating entrepreneurs from small business owners: a conceptualization. Academy of Management Review, Briarcliff Manor, 9(2), 354-349.
CASTANHAR, J. C. (2007). Empreendedorismo e Desenvolvimento Regional no Brasil: Uma Análise da Relação Entre a Criação de Empresas e o Desenvolvimento Regional ao Longo do Tempo e de Estratégias de Empreendedores Selecionados. Tese de Doutorado. Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, Lisboa.
CHERUBIN, P. F. (2002). A Incerteza no Processo de Tomada de Decisões em Ambientes de Alta Turbulência Tecnológica: O Caso da Indústria de Softwares. Revista Spei, 3(1), 39-47.
DEW, N., READ, S., SARASVATHY, S. D. & WILTBANK, R. (2008). Outlines of a behavioral theory of the entrepreneurial ?rm. Journal of Economic Behavior & Organization, 66, 37–59.
DORNELAS, J. C. A. (2001). Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Campus.
DRUCKER, P. F. (1986). Inovação e espírito empreendedor (entrepreneurship): prática e princípios. São Paulo: Pioneira.
FILION, L. J. (1999). Empreendedorismo: empreendedores e proprietários-gerentes de pequenos negócios. Revista de Administração da USP, 34(2).
GARTNER, W. B. A. (1985). Conceptual Framework for Describing The Phenomenon of New Venture Creation. Academy of Management Review, 10(4), 696-706.
GEM [GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR]. (2008). Empreendedorismo no Brasil: 2007. Curitiba: Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade.
GEM [GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR]. (2010). Empreendedorismo no Brasil: 2009. Curitiba: Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade.
GERBER, M. (1996). O mito do empreendedor revisitado: como fazer de seu empreendimento um negócio bem-sucedido. São Paulo: Saraiva.
HISRICH, R. D. & PETERS, M. P. (2002). Entrepreneurship. New York: McGraw Hill.
JONATHAN, E. G. (2005). Mulheres empreendedoras: medos, conquistas e qualidade de vida. Psicologia em Estudo, Maringá, 10(3), 373-382.
JULIEN, P. (2010). Empreendedorismo regional e a economia do conhecimento. São Paulo: Saraiva.
KOTLER, P. (1991). Marketing management. Englewood Cliffs: Prentice-Hall.
MARCONI, M. A. & LAKATOS, E. V. (2006). Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas.
MINTZBERG, H. & WATERS, J. A. (1982). Tracking strategy in an entrepreneurial firm. Academy of Management Journal, 25(3), 466-499.
PAIVA JR., F. G. & CORDEIRO, A. T. (2006). Empreendedorismo e o espírito empreendedor: uma análise da evolução dos estudos na produção acadêmica brasileira. In Anais do XXVI Encontro Nacional da Associação dos Cursos de Pós-graduação em Administração.
PELOGIO, E. A.; ROCHA, L. C. S.; MACHADO, H. V. & AÑEZ, M. E. M. (2013). Empreendedorismo e Estratégia sob a Ótica da Lógica Effectuation. Revista Ibero-Americana de Estratégia - RIAE, 12(2), 228-249, DOI: 10.5585/riae.v12i2.1942.
PORTER, M. E. (1980). Competitive Strategy: Techniques for analyzing industries and competitors. New York: Free Press.
READ, S. & SARASVATHY, S. (2005). Knowing what to do and doing what you know: Effectuation as a form of entrepreneurial expertise. Working paper. Lausanne: International Institute for Management Development.
ROCHA, L. C. S.; MARIANO, A. D. & PELOGIO, E. A. (2016). Diagnóstico da Economia Informal no Município de Poço Fundo/MG. Revista Administração em Diálogo, 18(2), 34-58, DOI:
20946/rad.v18i2.20198.
SARASVATHY, S. D. (2008). Effectuation: Elements of Entrepreneurial Expertise. Cheltenham: Edward Elgar Publishing Limited.
SARASVATHY, S. D. (2001a). Causation and Effectuation: Towards a theoretical shift from economic inevitability to entrepreneurial contingency. Academy of Management Review, 26(2), 243-288.
SARASVATHY, S. D. (2001b). Effectual reasoning in entrepreneurial decision making: Existence and bounds. Best paper proceedings, Academy of Management, 3-8.
SARASVATHY, S. D. (2001c). What Makes Entrepreneurs Entrepreneurial? School of Business, University of Washington, 1-9.
SCHUMPETER, J. A. (1988). Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Nova Cultural.
SHANE, S. A. & VENKATARAMAN, S. (2000). The promise of entrepreneurship as a field of research. Academy of Management Review, 25, 217-226.
TASIC, I. A. B. (2007). Estratégia e Empreendedorismo: decisão e criação sob incerteza. Dissertação de Mestrado. FGV: São Paulo.