Percepção socioambiental de resíduos sólidos domésticos em comunidades do Sertão Paraibano

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/holos.2021.10595

Palavras-chave:

resíduos sólidos, meio ambiente, semiárido, educação ambiental.

Resumo

A problemática da má gestão dos resíduos sólidos no mundo é um agravante para o estabelecimento de cidades ecologicamente saudáveis. O referido trabalho teve como proposta, analisar a percepção socioambiental de duas comunidades da periferia do município de Patos, sertão paraibano, acerca dos resíduos sólidos domésticos (RSD). A pesquisa de natureza descritiva teve abordagem quali-quantitativa. A coleta das informações foi realizada por meio de entrevistas com moradores que possuísse idade igual ou superior a 18 anos. Foram entrevistados 474 indivíduos incluindo apenas um representante de cada família. Em relação ao perfil socioeconômico dos entrevistados, em ambas as áreas houve predominância do sexo feminino, do grau de escolaridade em nível fundamental incompleto e da renda mensal inferior a 1 salário mínimo. No entanto, a faixa etária mais expressiva na comunidade I foi de jovens, dos 29 aos 39 anos, enquanto na comunidade II foram de pessoas com ou acima de 60 anos. Verificou-se semelhanças nas respostas dos entrevistados referente ao tratamento dos RSD e doenças (Comunidade I – 52,63%; Comunidade II – 50,28%) sendo esta relação, o principal problema citado diante do descarte e/ou acondicionamento inadequado dos resíduos. Apesar de não haver diferenças na percepção dos moradores sobre o tratamento dos RSD, a população percebe a problemática socioambiental causada por seu descarte incorreto. Há a necessidade de ações contínuas voltadas à Educação Ambiental para sensibilização da população na colaboração com a gestão municipal.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Severina Valéria Gonçalves de Almeida, Universidade Federal de Campina Grande - Campus de Patos (UFCG/CSTR)

Especialista em Ecologia e Educação Ambiental (UFCG/CSTR); 

Graduada em Ciências Biológicas (UFCG/CSTR).

Emanoel Messias Pereira Fernando, Universidade Federal de Campina Grande - Campus de Patos (UFCG/CSTR)

Mestrando em Ciências Florestais, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal (UFCG/CSTR);

Graduado em Ciências Biológicas (UFCG/CSTR).

Inaldo Gizeldo Monteiro de Sousa, Universidade Federal de Campina Grande - Campus de Patos (UFCG/CSTR)

Graduado em Ciências Biológicas (UFCG/CSTR).

Whelley Pereira Izidro, Universidade Federal de Campina Grande - Campus de Patos (UFCG/CSTR)

Graduando do curso de Ciências Biológicas (UFCG/CSTR).

Maria de Fátima de Araújo, Universidade Federal de Campina Grande - Campus de Patos (UFCG/CSTR)

Professora do Curso de Ciências Biológicas, Unidade Acadêmica de Ciências Biológicas (UFCG/CSTR)

Referências

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. (2004). NBR 10004: resíduos sólidos classificação. Rio de Janeiro.

ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. (2014). Panorama dos resíduos sólidos no Brasil. Disponível em: <http://www.abrelpe.org.br/Pano rama/panorama2014.pdf>. Acesso em: 20 mai 2020.

Alves, J. B. (2017). A face oculta do lixo. Londrina: Mecenas, 144p.

Antônio J. N., & Gomes M. F. V. B. (2008). A produção do espaço urbano e a questão dos resíduos sólidos. Revista RA’ E GA – O Espaço Geográfico em Análise, 16(16), 111-118. doi: http://dx. doi.org/10.5380/raega.v16i0.10174 DOI: https://doi.org/10.5380/raega.v16i0.10174

Balassiano, M., Seabra, A. A. de., & Lemos, A. H. (2005). Escolaridade, salários e empregabilidade: tem razão a teoria do capital humano? Revista de Administração Contemporânea, 9(4), 31-52. doi: https://doi.org/10.1590/S1415-65552005000400003 DOI: https://doi.org/10.1590/S1415-65552005000400003

Brandalise, L. T., Bertolini, G. R. F., Rojo, C. A., Lezana, Á. G. R., & Possamai, O. (2009). A percepção e o comportamento ambiental dos universitários em relação ao grau de educação ambiental. Gestão & Produção, 16(2), 273-285. doi: https://doi.org/10.1590/S0104-530X2 009000200010 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-530X2009000200010

Bay, A. M. C., & Silva, V. P. (2011). Percepção ambiental de moradores do bairro de Liberdade de Parnamirim / RN sobre esgotamento sanitário. Holos, 3(29), 97-112. doi: https://doi.org/10. 15628/holos.2011.381 DOI: https://doi.org/10.15628/holos.2011.381

Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988. Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2015.

Brasil. (2010). Lei Nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília: DOU de 3/8/2010.

Campos, H. K. T. (2012). Renda e evolução da geração per capita de resíduos sólidos no Brasil. Engenharia Sanitária e Ambiental, 17(2), 171-180. doi: https://doi.org/10.1590/S1413-4152 2012000200006 DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-41522012000200006

Carson, R. (1962). Primavera Silenciosa. 2º Ed. São Paulo: Portico, 305p.

Carvalho, E. K. M. de A., Silva, M. M. P., & Carvalho, J. R. M. (2012). Percepção ambiental dos diferentes atores sociais de Vieirópolis, PB. Qualit@as Revista Eletrônica, 13(1), 1-11. doi: http://dx.doi.org/10.18391/qualitas.v13i1.1462

Coimbra, J. de Á. (2004). Linguagem e percepção ambiental. In: Phillippi Jr., A.; Roméro, M. de A., Bruna, G. C. (Ed). Curso de Gestão Ambiental. Barueri, São Paulo, Manole, 1045 p.

Dias, G.F. (2004). Educação Ambiental: princípios e práticas. 9º Ed. São Paulo: Gaia, 551p.

ECOSAM – Consultoria em Saneamento Ambiental Ltda. (2014). Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município de Patos – PB. Diagnóstico dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos. Disponível em: <http://patos.pb.gov. br/images/ arquivos/documentos/1407335315.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2020.

Fernandes, L. G., & Sansolo, D. G. Percepção ambiental dos moradores de São Vicente sobre resíduos os sólidos na Praia do Gonzaguinha, SP, Brasil. (2013). Revista da Gestão Costeira Integrada, 13(13), 379-389. doi: http://dx.doi.org/10.5894/rgci416 DOI: https://doi.org/10.5894/rgci416

Filho J. F. S., Neto J.R., & Gouveia V. V. (2013). Lixo e comportamento: a interdisciplinaridade da política nacional de resíduos sólidos. InterScientia, (1), 2-24. Disponível em: https://periódico s.unipe.br/index.php/interscientia/article/view/22.

Geyer R., Jambeck J. R., & Law K.L. (2017). Production, use, and fate of all plastics ever made. Science Advances, 3(7), 1-5. doi: 10.1126/sciadv.1700782 DOI: https://doi.org/10.1126/sciadv.1700782

Godecke, M. V., Naime, R. H., & Figueiredo, J. A. S. (2012). O consumismo e a geração de resíduos sólidos urbanos no Brasil. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, 8(8), 1700-1712. doi: http://dx.doi.org/10.5902/223611706380 DOI: https://doi.org/10.5902/223611706380

Gouveia N. (2012). Resíduos sólidos urbanos: impactos socioambientais e perspectiva de manejo sustentável com inclusão social. Ciência & Saúde Coletiva, 17(6), 1503-1510. doi: http://dx. doi.org/10.1590/S1413-81232012000600014 DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-81232012000600014

Gouveia R.L. (2014). Análise da percepção socioambiental acerca dos resíduos sólidos em duas comunidades da cidade do Recife, Pernambuco. Recife, Dissertação (Mestrado Profissional em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável) - UPE.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2017). Panorama Patos. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pb/patos/panorama> Acesso em: 20 mai. 2020.

IPEA - Instituto De Pesquisa Econômica Aplicada. (2012a). Diagnóstico dos resíduos sólidos urbanos. Relatório de pesquisa. Brasília.

IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. (2012b). Plano Nacional de Resíduos Sólidos: diagnóstico dos resíduos urbanos, agrosilvopastoris e a questão dos catadores. Comunicado do IPEA nº 145. Rio de Janeiro.

Lira E. M. B. (2012). Análise da percepção de resíduos sólidos entre moradores e Agentes Comunitários de Saúde no bairro Alto do Mandu – Recife, PE, Brasil. Recife, Dissertação (Mestrado Profissional em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável) - UPE.

Lira, E. M. B., & Pedrosa, F. J. de A. (2015). O descarte de resíduos sólidos e a consciência ambiental de moradores no bairro Alto do Mandu – Recife, PE, Brasil. Revista da Ciência da Administração, 11, Jan-jul.

Lucena D. (2015). Patos de todos os tempos: a capital do Sertão da Paraíba. João Pessoa: A União, 620p.

MacieL, A. B. C. & Castro, N. E. S. (2015). Resíduos sólidos domésticos no bairro Pitimbu, Natal/RN: algumas reflexões. Revista OKARA: Geografia em debate, 9(3), 462-481. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/okara/article/view/22832

Martins C. H. B., Carvalho P. G. M., Barcellos F. C., & Moreira G.G. (2015). Da Rio-92 à Rio+20: avanços e retrocessos da Agenda 21 no Brasil. Indicadores Econômicos da Fundação de Economia e Estatística, 42(3), 97-108. Disponível em: https://revistas.fee.tche.br/index.php/ indicadores/article/view/3455

Melazo, G. C. (2005). Percepção ambiental e educação ambiental: uma reflexão sobre as relações interpessoais e ambientais no espaço urbano. Olhares & Trilhas, 6(1), 45-51. doi: https://doi .org/10.14393/ot

MMA - Ministério Do Meio Ambiente. (2005). Consumo sustentável: manual de educação. Brasília, ConsumersInternational / MMA / MEC / IDEC.

MMA – Ministério do Meio Ambiente. (2020). Agenda 21 global. Disponível em: . Acesso em: 29 mai. 2020.

Mucelin C. A., & Bellini M. (2008). Lixo e impactos ambientais perceptíveis no ecossistema urbano. Sociedade & Natureza, 20(1), 111-124. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/in dex.php/sociedadenatureza/article/view/9355 DOI: https://doi.org/10.1590/S1982-45132008000100008

Philippi Jr. A., & Pelicioni M. C. F (Ed.). (2005). Educação Ambiental e Sustentabilidade. Barueri, São Paulo: Manole, 878p.

Prodanov C. C. & Freitas E. C. (2013). Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2º ed., Novo Hamburgo: Feevale, 267p.

Querino L. A. L., & Pereira J. P. G. (2016). Geração de resíduos sólidos: a percepção da população de São Sebastião de Lagoa de Roça, Paraíba. Revista Monografias Ambientais (REMOA-UFSM), 15(1), 404-415. doi: http://dx.doi.org/10.5902/2236130819452 DOI: https://doi.org/10.5902/2236130819452

Rodrigues, M. L., Malheiros, T. F., Fernandes, V., & Darós, T. D. (2012). A percepção ambiental como instrumento de apoio na gestão e na formulação de políticas públicas ambientais. Saúde e Sociedade, 21(3), 96-110. doi: https://doi.org/10.1590/S0104-12902012000700009 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-12902012000700009

Santos, F. P., & Souza, L. B. (2015). Estudo da percepção da qualidade ambiental por meio do método fenomenológico. Mercator, 14(2), 57-74. doi: 10.4215/RM2015.1402.0004 DOI: https://doi.org/10.4215/RM2015.1402.0004

Vasco A. P., & Zakrzevski S. B. B. (2010). O estudo da arte das pesquisas sobre percepção ambiental no Brasil. Perspectiva, Erechim 34(125), 17-28. Disponível em: http://www.uricer. edu.br/rperspectiva/inicio.php?idnumero=42

Velloso M. P., Santos E. M., & Anjos L. A. (1997). Processo de trabalho e acidentes de trabalhos em coletores de lixo domiciliar na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 13(4), 693-700. doi: https://doi.org/10.1590/S0102-311X19970004000 DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-311X1997000400012

Vianna A. M. (2015). Poluição ambiental, um problema de urbanização e crescimento desordenado das cidades. Revista Sustinere, 3(1), 22-42. doi: http://dx.doi.org/10.12957/ sustinere.2015.17325. DOI: https://doi.org/10.12957/sustinere.2015.17325

Vieira P. C., Silveira J. L. G. C., & Rodrigues K. F. (2012). Percepção e hábitos relacionados ao lixo doméstico entre moradores da comunidade de Coripós, Blumenau, SC. Revista de Atenção Primária à Saúde, 15(1), 82-91. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/aps/ article/view/14779

Downloads

Publicado

28/12/2022

Como Citar

Almeida, S. V. G. de, Fernando, E. M. P., Sousa, I. G. M. de, Izidro, W. P., & Araújo, M. de F. de. (2022). Percepção socioambiental de resíduos sólidos domésticos em comunidades do Sertão Paraibano. HOLOS, 7. https://doi.org/10.15628/holos.2021.10595

Edição

Seção

ARTIGOS

Artigos Semelhantes

<< < 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.