DO CHÃO DA CIDADE ÀS PLATAFORMAS DE VÍDEO: PROJETO TRILHAS URBANAS, ENTRE TRADIÇÃO E INOVAÇÃO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/geoconexes.2024.17002

Palavras-chave:

espaço urbano, paisagem, virtual, centro

Resumo

As aulas de campo são recursos viáveis para espacializar conceitos, abordar temas pertinentes ao urbano e compreender os processos que transformam e dinamizam a cidade e seus centros históricos. Assim sendo, o presente artigo objetiva apresentar os resultados do Projeto Trilhas Urbanas e sua resposta às práticas de exposição de conceitos e de descrição da paisagem urbana. Metodologicamente, compara-se duas estratégias: a presencial e a virtual (on line).  Os critérios avaliados envolveram a formação, a elaboração, a construção e a realização do Projeto. Concluiu-se que as atividades em sua diversidade auxiliam na formação do geógrafo e permite discutir, debater, refutar, refletir e apreender os principais elementos que aproximam práticas de sala de aula aos espaços urbanos socialmente produzidos.

Biografia do Autor

Gleilson Angelo da Silva, Universidade Federal do Ceará - UFC

Licenciando em Geografia - Uniasselvi (2024 -), Doutor em Geografia - UFC (2023), Mestre em Geografia - UFC (2019), Bacharel em Geografia - UECE (2016). Trabalha com Geografia Urbana (nomes dos edifícios residenciais, logradouros e sua relação com o processo de urbanização) através da Toponímia, com os espaços cemiteriais através da Necroespacialidade (a relação entre as transformações urbanas e o reflexo na espacialização de túmulos e jazigos nos cemitérios tradicionais e cemitérios-parque) e com o patrimônio através das Formas Simbólicas Espaciais (a identidade e o lugar a partir do patrimônio material e imaterial como forma de (re)conhecer determinados fenômenos associados à cultura). 

Maria Clélia Lustosa Costa, Universidade Federal do Ceará - UFC

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal do Ceará, mestrado em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo e doutorado pela Université Sorbonne Nouvelle - Paris III. Professora Associada do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará. Vice-Coordenadora do Laboratório de Planejamento Urbano e Regional ? (LAPUR) da UFC. Sócia efetiva do Instituto Histórico, Geográfico e Antropológico do Ceará e sua representante no Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio histórico e cultural (COMPHIC). Coordenadora do núcleo Fortaleza da Rede Observatório das Metrópoles: território, coesão social e governança democrática (INCT). Foi representante da UFC no Conselho Estadual do Meio Ambiente (COEMA) e da Associação de Geógrafos Brasileiro na Comissão do Plano diretor de Fortaleza (CPPD). Tem publicações sobre urbanização, segregação socioespacial, problemática ambiental e vulnerabilidade socioambiental. Faz pesquisa também na área de Geografia Regional, Urbana, Geografia Histórica e Geografia da Saúde.

Alexandre Queiroz Pereira, Universidade Federal do Ceará - UFC

Professor Adjunto no Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará. Doutor pela Universidade Federal do Ceará. Professor Visitante da Le Mans Université - França. Coordenador do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal do Ceará. Autor dos livros A Urbanização vai à Praia e Coastal Resorts and Urbanization in Northeast Brazil. Editor da Revista Mercator. Pesquisador Produtividade do CNPq e do Observatório das Metrópoles. Integrante do Laboratório de Planejamento Urbano e Regional (LAPUR). Foi co-tutor do Programa de Educação Tutorial. Parecerista e membro de conselho editorial de diversos periódicos científicos. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em geografia urbana. Escreve sobre metrópole, região metropolitana, planejamento em geografia, espaço litorâneo, turismo e vilegiatura marítima.

Referências

ALVES, Flamarion Dutra. Questões teórico-metodológicas entre Geografia Econômica e Desenvolvimento Regional. Caderno Prudentino de Geografia, v. 1, n. 37, Presidente Prudente, 2015, p. 5-21.

BARATA-SALGUEIRO, Teresa. Do Centro às centralidades múltiplas. In: FERNANDES, José Alberto V. Rio; SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão (orgs.). A nova vida do velho centro nas cidades portuguesas e brasileiras. Lisboa: Centro de Estudos em Geografia e Ordenamento do Território, 2013, p. 13-29.

BASTOS, José Messias; CASARIL, Carlos Casemiro. A formação sócio-espacial como categoria de análise sobre rede urbana: ampliando a discussão teórica. Geosul, v. 31, n. 62, Florianópolis, 2016, p. 271-298.

BEUF, Alice. Centralidad y policentralidad urbanas: interpretaciones, teorías, experiencias. Espiral, revista de geografia y ciencias sociales, 1(2), Bogotá, 2020, p. 131-155.

BONAMETTI, João Henrique. Paisagem urbana: Bases conceituais e históricas. Revista Terra e Cultura, ano 20, n. 38, Lisboa, 2020, p. 107-123.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Reflexões sobre como fazer trabalho de campo. Sociedade e Cultura, v. 10, n. 1, Goiânia, 2007, p. 11-27.

BRENNER, NEIL. Espaços da Urbanização: O urbano a partir da teoria crítica. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2018.

BUENO, Edir de Paiva; GUIDUGLI, Odeibler Santos. A Geografia e o estudo da segregação sócio-espacial. Revista Geografia, v. 29, n. 1, Rio Claro, 2008, p. 71-85.

CABRAL, Laíse do Nascimento; C NDIDO, Gesinaldo Ataíde. Urbanização, vulnerabilidade e resiliência: relações conceituais e compreensões causa e efeito. Urbe - Revista Brasileira de Gestão Urbana, v. 11, Curitiba, 2019, p. 1-13.

CARLOS, Ana Fani Alessandri. Para pensar a cidade e o Urbano hoje: diálogo interdisciplinar no campo das ciências humanas. In: SERPA, Angelo; CARLOS, Ana Fani Alessandri. Geografia urbana: Desafios teóricos contemporâneos. Salvador: EdUFBA, 2018, p. 21-28.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. 10 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2007.

CORRÊA, Roberto Lobato. Diferenciação sócio-espacial, escalas e práticas espaciais. Revista Cidades, v. 4, n. 6, Rio de Janeiro, 2007, p. 62-72.

COSTA, Maria Clélia Lustosa. Fortaleza: Expansão urbana e organização do espaço. In: SILVA, José Borzacchiello da; CAVALCANTE, Tércia Correia; DANTAS, Eustógio Wanderley Correia. Ceará: um novo olhar geográfico. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2ª ed. 2007, p. 51-100.

COSTA, Maria Clélia Lustosa. Entre trilhas urbanas: o bairro como lugar turístico. In: CORIOLANO, Luzia Neide. Políticas de Turismo: estratégias de sustentabilidade.1 ed. Fortaleza: Demócrito Rocha, 2008.

COSTA, Maria Clélia Lustosa. O discurso higienista e a ordem urbana. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2014.

COSTA, Maria Clélia Lustosa. Vida e morte na Fortaleza antiga: a higienização da cidade no século XIX. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2021.

DANTAS, Eustógio Wanderley Correia. Maritimidade dos trópicos: por uma geografia do litoral. 2ª ed. Fortaleza: Edições UFC, 2010.

DANTAS, Eustógio Wanderley Correia; COSTA, Maria Clélia Lustosa; ZANELLA, Maria Elisa. Vulnerabilidade socioambiental e qualidade de vida em Fortaleza. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2016.

DANTAS, Eustógio Wanderley Correia. Mar à vista: Estudo da maritimidade em Fortaleza. 3ª. ed. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2020.

DEGRANDI, José Odim; SILVEIRA, Rogério Leandro Lima. O conceito de Formação Socioespacial e sua potencialidade analítica e metodológica para a compreensão do Desenvolvimento. V Seminário Internacional sobre Desenvolvimento Regional, Rio Grande do Sul, 2011, p. 1-19.

DICK, Maria Vicentina de Paula do Amaral. Toponímia e Antroponímia no Brasil. Coletânea de estudos, 2. ed. São Paulo: FFLCH/USP, 1990b.

FERREIRA, Maria Letícia Mazzucchi. Patrimônio: discutindo alguns conceitos. Diálogos, v. 10, n. 3, Maringá, 2006, p. 79-88.

GODOY, Claudiana Viana e QUEIROZ, Emanuelton Antony Norberto de. Trilhas Urbanas: O romance “A Normalista” como recurso didático nas aulas de Geografia. Trabalho de Conclusão de Curso (Geografia) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2012.

GONDIM, Linda Maria de Pontes. Os “Governos das Mudanças” (1987-1994). In: SOUSA, Simone de; GONÇALVES, Adelaide. Uma nova história do Ceará. 2ª ed. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2002, p. 409-424.

LEMOS, Linovaldo Miranda. O trabalho de campo como experiência educativa em Geografia. Geographia, v. 23, n. 50, Niterói, 2021, p. 1-18.

LENCIONI, Sandra. Observações sobre o conceito de cidade e urbano. GEOUSP, v. 12, n. 1, 2008, p. 109-123.

MARCOS, Valéria de. Trabalho de campo em Geografia: Reflexões sobre uma experiência de pesquisa participante. Boletim Paulista de Geografia, n. 84, São Paulo, 2006, p. 105-136.

MUNIZ, Alexsandra Maria Vieira. Geografia da indústria têxtil e de confecção. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2022.

PALHARES, Ricardo Henrique; FERREIRA, Alysson Cley de Souza. O trabalho de campo como metodologia de ensino em Geografia: Aplicabilidade no município de Sete Lagoas - MG. Revista Verde Grande - Geografia e Interdisciplinaridade, v. 2, n. 1, Montes Claros, 2020, p. 67-80.

PARENTE, Francisco Josênio Camelo. O Ceará dos “coronéis” (1945 a 1986). In: SOUSA, Simone de; GONÇALVES, Adelaide. Uma nova história do Ceará. 2ª ed. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2002, p. 381-408.

PENNA, Nelba Azevedo; FERREIRA, Ignez Barbosa. Desigualdades socioespaciais e áreas de vulnerabilidades nas cidades. Mercator, v. 13, Fortaleza, 2014, p. 25-36.

PEREIRA, Alexandre Queiroz et al. Maritimidade na metrópole: Estudos sobre Fortaleza - Ceará. Porto Alegre: Liro, 2013.

PEREIRA, Alexandre Queiroz. A urbanização vai à praia: vilegiatura marítima e metrópole no nordeste do Brasil. Fortaleza: Edições UFC, 2014.

PEREIRA, Alexandre Queiroz. Planejamento e metropolização do lazer marítimo em Fortaleza - Ceará, Nordeste do Brasil. Revista Eure, v. 43, n. 128, Santiago, 2015, p. 153-173.

SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo - razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.

SILVA, Francisco Felipe; COSTA, Maria Clélia Lustosa: SILVA, Galadriel Pereira da;

NECO, Alana Sales. Trilhas Urbanas: Vivência e reflexão sobre o direito à cidade. Anais do X Fala Professor, Fortaleza, AGB, 2023.

SILVA, Gleilson Angelo da; SILVA, José Borzacchiello da. Qual o nome da rua? A mudança dos nomes dos logradouros no Centro de Fortaleza (1810-1933). Ateliê Geográfico, v. 17, n. 1, 2023, p. 249-273.

SILVA, José Borzacchiello da. Quando os incomodados não se retiram: uma análise dos movimentos sociais em Fortaleza. Fortaleza: Multigraf Editora, 1992.

SILVA, José Borzacchiello da. Reestruturação Produtiva e reconfiguração da área central de Fortaleza. Mercator, v. 14, Fortaleza, 2015, p. 75-88.

SILVA, José Borzacchiello da. Movimentos sociais e processo de produção da cidade. In: SPOSITO, Eliseu Savério et al. A diversidade da Geografia brasileira: escalas e dimensões. Rio de Janeiro: Consequência Editora, 2016, p. 169-192.

SIQUEIRA, Ana Cristina Costa; SOUZA, Edson Belo Clemente de. Desafios e políticas de desenvolvimento da circulação e da mobilidade urbana e rural. Formação (Online), v. 27, n. 52, 2020, p. 51-75.

SOUZA, Marcelo Lopes de. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. In: CASTRO, Iná Elias et. al (org): Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995, p. 77-116.

SOUZA, Maria Adélia Aparecida. Território usado, rugosidades e patrimônio cultural: ensaio geográfico sobre o espaço banal. Patryter, v. 2, n. 4, 2019, p. 1-17.

TRINDADE JÚNIOR, Saint-Clair Cordeiro da. Por outras centralidades: pensando especificidades e particularidades da cidade e do urbano no Brasil. In: SERPA, Angelo; CARLOS, Ana Fani Alessandri. Geografia urbana: Desafios teóricos contemporâneos. Salvador: EdUFBA, 2018, p. 249-266.

VASCONCELOS, Pedro de Almeida. As metamorfoses do conceito de cidade. Mercator, v. 14, 2015, p. 17-23.

VASCONCELOS, Pedro de Almeida. Da evolução urbana à Geografia histórica do Rio de Janeiro: Uma análise da produção de Maurício de Abreu. Revista Cidades, tem v. 8, n. 14, Salvador, 2021, p. 609-622.

Downloads

Publicado

02-09-2024

Como Citar

ANGELO DA SILVA, Gleilson; LUSTOSA COSTA, Maria Clélia; QUEIROZ PEREIRA, Alexandre. DO CHÃO DA CIDADE ÀS PLATAFORMAS DE VÍDEO: PROJETO TRILHAS URBANAS, ENTRE TRADIÇÃO E INOVAÇÃO. Geoconexões, [S. l.], v. 2, n. 19, p. 242–263, 2024. DOI: 10.15628/geoconexes.2024.17002. Disponível em: https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/geoconexoes/article/view/17002. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

NÚMERO ESPECIAL - EDUCAÇÃO, ESPAÇO E AMBIENTE: ABORDAGENS PLURAIS