QUALIDADE DO AR NOS TERMINAIS DE PASSAGEIROS DO RECIFE: UM ESTUDO DE CASO NA DINÂMICA DO MICROCLIMA E O IMPACTO DO MATERIAL PARTICULADO NO LOCAL

Autores

  • Tamires Gabryele de Lima Mendes Doutoranda em Geografia, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
  • Rafaela Melissa Andrade Ferreira Mestranda em Geografia, Universidade Federal do Paraná (UFPR)
  • Ariadne Fernanda Ferraz Vieira Graduanda em Geografia, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
  • Cristiana Coutinho Duarte Departamento de Geografia, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
  • Ranyére Silva Nóbrega Programa de Pós-graduação em Geografia, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

DOI:

https://doi.org/10.15628/geoconexes.2023.15017

Palavras-chave:

clima urbano, poluição do ar urbana, material particulado

Resumo

O monitoramento da qualidade do ar e de aspectos microclimáticos é fundamental para entender melhor a qualidade ambiental das cidades, e assim proteger a saúde dos cidadãos. A expansão urbana desordenada tem causado muitos problemas nas áreas urbanas e adjacentes, que interferem especialmente na qualidade de vida da população, em aspectos como a redução do conforto ambiental e o acréscimo de poluentes do ar. Aqui, apresentamos um estudo de caso capaz de monitorar as variáveis climatológicas em conjunto com a dinâmica do poluente material particulado (MP). Este trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade do ar, a partir do MP e a influência das variáveis climáticas (temperatura, direção do vento e umidade do ar) na sua concentração, e, assim, identificar possíveis impactos da atividade urbana nas concentrações do poluente no entorno de dois Terminais Integrados (TIS). Os terminais foram elaborados para facilitar a movimentação dos indivíduos que precisam se deslocar diariamente pela Região Metropolitana do Recife (RMR). Foi utilizado nesse estudo um medidor de partículas com sensor acoplado de temperatura e umidade do ar portátil, bem como a aplicação de softwares para a análise dos dados. Os resultados mostraram que as concentrações de MP detectados nos dias monitorados obtiveram índices que não ultrapassam as normas permitidas, entretanto, foi identificado que os obstáculos naturais e artificias interferem na concentração e dispersão do MP, em conjunto com as variáveis climáticas que também alteram o teor quantitativo.

Biografia do Autor

Tamires Gabryele de Lima Mendes, Doutoranda em Geografia, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGEO da UFPE; atuando na linha de pesquisa: Dinâmica superficial e climática das paisagens naturais tropicais úmidas e semiáridas. Graduada em Geografia (Licenciatura) pela Universidade Federal de Pernambuco-UFPE (2017). Possui mestrado em Geografia (2021). É Colaboradora no Grupo de Pesquisa em Climatologia Tropical e Eventos Extremos (TROPOCLIMA); desenvolve atividades de pesquisa nas áreas temáticas de Climatologia Geográfica, Clima Urbano, Poluição, Urbanização, sustentabilidade, formação de professores, educação ambiental, Saúde e Meio Ambiente.

Rafaela Melissa Andrade Ferreira, Mestranda em Geografia, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Mestranda em Geografia (2022-2024) pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). É pesquisadora colaboradora no Grupo de Estudos em Climatologia Tropical e Eventos Extremos (TROPOCLIMA) da UFPE e no Laboratório de Climatologia (LABOCLIMA) da UFPR, Tem experiência e interesse em Geografia Física com foco nas seguintes áreas: Climatologia Geográfica (teoria e método), Climatologia Aplicada, Abordagens sistêmicas em Climatologia, Clima urbano, Eventos climáticos extremos, Ensino de Climatologia na educação superior e básica e Educação Ambiental.

Ariadne Fernanda Ferraz Vieira , Graduanda em Geografia, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Graduanda em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (2023). É pesquisadora de Iniciação Científica (2022-2023) em Climatologia Urbana pelo Grupo de Pesquisa em Climatologia Tropical e Eventos Extremos - TropoClima/UFPE. Foi participante bolsista do Programa de Educação Tutorial - PET Geografia na UFPE entre 2019 e 2023. Tem experiência na área de Geografia Física, com ênfase em Climatologia, atuando principalmente nos seguintes temas: clima urbano, análise da variabilidade de chuva em climatologia dinâmica, teleconexões, análise sistêmica da paisagem. Tem experiência também como professora de Geografia, no ensino fundamental II, ensino médio e ensino de pré-vestibular.

Cristiana Coutinho Duarte, Departamento de Geografia, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Professora Adjunta do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Pernambuco. Possui graduação em Bacharelado em Geografia (2007), mestrado em Geografia (2009) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (2015). Já foi professora do quadro efetivo do curso de Geografia da Universidade de Pernambuco - Campus Garanhuns e Coordenadora Setorial de Extensão dessa mesma universidade tem experiência na área de Geotecnologias e Geociências, com ênfase em Geomorfologia e Climatologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Gestão de risco a desastres naturais, Sistema de Informações Geográficas (SIG) e Sensoriamento Remoto aplicados a análise da paisagem e modelagem ambiental.

Ranyére Silva Nóbrega, Programa de Pós-graduação em Geografia, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Prof. Dr. Associado IV da Unidade Acadêmica de Geografia, na Universidade Federal de Campina Grande. Doutor, mestre e graduado em Meteorologia pela UFCG e UFPE. Professor colaborador do Programa de Pós-graduação em Geografia da UFPE. Tutor egresso do PET Geografia UFPE. Vice- presidente da ABCLIMA no biênio 2018-2021. Atua principalmente nos seguintes temas: climatologia tropical, clima urbano, degradação ambiental, geotecnologias aplicadas ao meio ambiente, desastres naturais.

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Publicado

09-02-2024

Como Citar

MENDES, Tamires Gabryele de Lima; ANDRADE FERREIRA, Rafaela Melissa; VIEIRA , Ariadne Fernanda Ferraz; DUARTE, Cristiana Coutinho; NÓBREGA, Ranyére Silva. QUALIDADE DO AR NOS TERMINAIS DE PASSAGEIROS DO RECIFE: UM ESTUDO DE CASO NA DINÂMICA DO MICROCLIMA E O IMPACTO DO MATERIAL PARTICULADO NO LOCAL. Geoconexões, [S. l.], v. 3, n. 17, p. 203–224, 2024. DOI: 10.15628/geoconexes.2023.15017. Disponível em: https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/geoconexoes/article/view/15017. Acesso em: 28 abr. 2024.

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ARTIGOS