PRODUTIVIDADE DE CULTURAS ANUAIS EM SISTEMA DE CONSÓRCIO COM A PALMA FORRAGEIRA RESISTENTE À COCHONILHA-DO-CARMIM (Dactylopius opuntiae Cockerell)
DOI:
https://doi.org/10.15628/holos.2021.11212Palavras-chave:
Cactáceas, Consórcio, Cultivo, Semiárido, Sequeiro.Resumo
Objetivou-se com esse trabalho avaliar a produtividade de culturas anuais e o desenvolvimento de variedades de palma forrageira resistentes a Cochonilha-do-carmim em sistema de consórcio. O experimento foi desenvolvido na estação experimental do INSA em Campina Grande, Paraíba, Brasil. Foi conduzido em sistema consorciado, usando as variedades de palma Orelha de elefante mexicana, Baiana e Miúda, em consórcio com Milho e Sorgo em sistema de sequeiro. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados em parcelas subdivididas com 3 repetições. As avaliações na palma forrageira e nas culturas em consórcio ocorreram 90 dias após o plantio. Para a palma avaliou-se altura de planta, largura da planta, número de cladódios por planta, comprimento, largura de cladódio, perímetro de cladódio, espessura de cladódio, área fotossintética ativa e área de cladódio e para o sorgo e milho avaliou-se altura de planta, diâmetro, produtividade de massa verde e produtividade de massa seca. Verificou-se, aos 90 dias após o plantio, que dentre as variedades a orelha de elefante mexicana se destacou, apresentando valores significativos para altura e largura de planta. Para a produtividade de massa verde obteve-se em média 12.265 Kg ha-1 e 9.973 Kg ha-1 para o sorgo e milho respectivamente. Em relação a produtividade de massa secado sorgo, observa-se que ocorreu diferença significativa entre os consórcios, com maiores valores no consórcio com a palma miúda, 7.095 kg ha-1 e menor na baiana com 4.415 kg ha-1. A variedade Orelha de elefante mexicana destacou-se em relação às demais em todos os parâmetros e o sorgo foi o consórcio mais produtivo.
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