DIVERSIDADE MORFOLÓGICA DA CLASSE COLLEMBOLA EM AMBIENTE CONTAMINADO POR CHUMBO
Palavras-chave:
Fauna edáfica, bioindicadores, metais pesados.Resumo
Este trabalho teve por objetivo a caracterização de morfotipos da Classe Collembola em solo contaminado por chumbo. O estudo foi realizado na área de uma recicladora de baterias desativada, subdividida em seis glebas com influência direta da contaminação (A1 a A6) e duas glebas, como referência, localizadas fora do perímetro de contaminação (A7 e A8). Utilizaram-se quatro armadilhas de queda por gleba, as quais permaneceram seis dias em campo. Após sua remoção, os indivíduos pertencentes à Classe Collembola foram classificados em morfotipos, onde em cada indivíduo observou-se presença ou ausência de ocelos, pelos e/ou escamas, pigmentação, comprimento de antenas e tamanho de fúrcula e, para cada uma delas, atribuído um valor de índice ecomorfológico. Para a determinação do teor de chumbo e pH em laboratório, foram coletadas quatro amostras de solo em cada gleba. Como resultado, as glebas com influência direta possuem valores de chumbo acima do permitido pela legislação e demonstram diferenciação na composição de morfotipos, com maior frequência de organismos pertencentes ao grupo epiedáfico. A maior abundância foi observada na área A6, com alta disponibilidade de alimento e umidade. O índice de riqueza foi maior em A2 indicando relação entre morfotipos específicos com tolerância ao chumbo. Consequentemente, observou-se menor índice de diversidade de Shannon devido a dominância de morfotipo edáfico em A6 o que gerou baixos índices de uniformidade. Portanto, apesar do elevado nível de chumbo no solo a Classe Collembola, principalmente os morfotipos epiedáficos mostraram-se tolerante a estas condições.
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