"EU SOU O QUE VISTO": ESTILO, IDENTIDADE E IMAGEM DE JOVENS EXECUTIVAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/holos.2020.6865

Resumo

Buscamos no presente trabalho analisar as relações entre imagem, identidade e estilo, para jovens executivas de Belo Horizonte, por meio de uma pesquisa qualitativa baseada em entrevista semiestruturadas. Assim, discutimos teoricamente sobre a relação entre identidade, imagem e estilo, acerca da influência da aparência no ambiente corporativo e acerca das mulheres nas organizações. Seus estilos atuam espelhando suas identidades, bem como seu posicionamento de maneira destacada dentro de seu contexto profissional. Também lhes confere status e poder demonstrando seu comprometimento com a organização e distinção social, além de ser também uma forma de combater o preconceito de gênero no trabalho. Concluímos, portanto, que a escolha de roupas ultrapassa elementos estéticos, envolvendo aspectos identitários, simbólicos, contextuais bem como a projeção de uma dada imagem e, destarte, um verdadeiro gerenciamento do guarda-roupa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Danielle Kuhlmann Duarte Magalhães, UFMG

Graduada em Administração pela UFMG.

Luiz Alex Saraiva, UFMG

Professor de Administração da UFMG e Doutor em Administração pela UFMG.

Henrique Luiz Caproni Neto, UFMG

Graduado em Adminstração e Especialista em Gestão de Pessoas pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Mestre em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais

Referências

Albrecht, C.; Lanfredi, C.; Moura, L.; Basile, M.; Esteves, P. (2009) Efeito chapeuzinho vermelho: estudo videográfico sobre moda, identidade e consumo. In: ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, XXXIII, 2009, São Paulo. Anais... São Paulo: ANPAD.

Altaf, J. G.; Troccoli, I. R. (2011) Essa roupa é a minha cara: a contribuição do vestiário de luxo à construção da autoimagem dos homossexuais masculinos. Organizações & Sociedade, Salvador, 18 (58), p. 513 – 532.

Alvesson, M & Deetz, S. (2012) Teoria crítica e abordagens pós modernas para estudos organizacionais. In: CLEGG, S.; HARDY, C.; NORD, W. Handbook de Estudos Organizacionais. v. 1. São Paulo: Atlas. p. 226 - 264.

Amount, J (2008). A imagem. Campinas: Bertrand.

Andrade, S (2009). Para além do “teto de vidro”: o trabalho feminino e as representações do “ideal” de mulher executiva. Mosaico, Rio de Janeiro, edição I, n. 1, mar.

Bardin, L (2008). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Betiol, M. I. S. & Tonelli, M. J. (1991) A mulher executiva e suas relações de trabalho. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, 31(4), p. 17-33.

Bierema, L. L. (1996) How executive women learn corporate culture. Human Resource Development Quaterly, 7(2), p. 145 – 164.

Bruschini, C. (2007) Trabalho e gênero no Brasil nos últimos dez anos. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, 37(132) p. 537-572.

Bruschini, C. & Puppin, A. (2004) Trabalho de mulheres executivas no Brasil no final do Século XX. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, 34 (121), p. 105-138.

Bourdieu, P (2007). A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

Cappelle, M. C. A., Melo, M. C. O. L., Brito M. J. M. & Brito, M. J. (2004) Uma análise da dinâmica do poder e das relações de gênero no espaço organizacional. RAE-eletrônica, São Paulo, 3(2) jul./dez.

Cappelle, M. C. A., Mello, M. C. O. L. (2007) O poder simbólico e as relações de gênero na polícia militar de Minas Gerais. In: CARRIERI, A. P.; SARAIVA, L. A. S. Simbolismo Organizacional no Brasil. São Paulo: Editora Atlas.

Caproni Neto, H. L., Saraiva, L. A. & Bicalho, R. A,. (2013). Violência simbólica nas trajetórias profissionais de homens gays de Juiz de Fora. Revista Psicologia Política, 13(26), 93-110

Carvalho, L. & Chaves, L. (2008) Os modos da moda: cerzindo os estudos culturais. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISADORES EM ARTES PLÁSTICAS, XVII, 2008, Florianópolis. Anais... Florianópolis: ANPAP.

Carvalho Neto, A. M., Tanure, B. & Andrade, J. (2010) Executivas: carreira, maternidade, amores e preconceitos. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, 9(1), p. 1-17.

Crampton, S. M. & Mishra, J. M. Women in management. Public Personnel Management, Alexandria, 28(1), p. 87-106, Spring 1999.

Davidovitschs, L. & Silva J. (2010) Algumas implicações da percepção dos valores simbólicos das roupas: gênero masculino em foco. Revista de Administração Mackenzie, São Paulo, 11(1), p. 150-173.

Follmann, J. I. (2001) Identidade como conceito sociológico. Revista Ciências Sociais Unisinos, São Leopoldo, 37(158), p. 43-66.

Foucault, M. (1972) Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal.

Garcia, M. C. & Miranda, A. P. (2007) Moda é comunicação: experiências, memórias, vínculos. São Paulo: Anhembi Morumbi.

Guy, A. & Banim, M. (2000) Personal collections: women’s clothing use and identity. Journal of Gender Studies, London, 9(3), p. 313-327.

Hall, S. (2006) A identidade cultural na pós-modernidade. 11. ed. Rio de Janeiro: DP&A.

Haguettte, T. M. F. (2010) Metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis: Vozes.

Joly, M. (2007) Introdução à análise da imagem. 6. ed. Campinas: Papirus.

Lipovetsky, G. (2009) O império do efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas: Companhia das Letras.

Macedo, F. M. F., Boava, D. L. T., Cappelle, M. C. A. & Oliveira, M. de L. S. (2012) Relações de gênero e subjetividade na mineração. Revista de Administração Contemporânea, Rio de Janeiro, 16(2), art. 3, p. 217 - 236.

Maciel, E. & Miranda, A. P. (2008) Identidade cultural e consumo: uma reflexão histórica sobre hábitos de consumo de moda da sociedade recifense. In: ENCONTRO DE MARKETING, III, 2008, Curitiba. Anais... Curitiba: ANPAD.

Mccracken, G. (2003) Vestuário como linguagem: uma lição objetiva no estudo das propriedades expressivas da cultura material. In: ROCHA, E. (Coord.). Cultura & consumo: novas abordagens ao caráter simbólico dos bens e das atividades de consumo. Rio de Janeiro: Mauad.

Quaresma, V. (2005) Aprendendo a entrevistar: como fazer entrevistas em Ciências Sociais. Revista Eletrônica dos Pós-Graduandos em Sociologia Política da UFSC, Florianópolis, 2(1), p. 68-80.

Reinhold, B. (2005) Smashing glass ceilings: why women still find it tough to advance to the executive suite. Journal of Organizational Excellence, 24(3).

Rosa, A. R. & Brito, M. J. (2009) Ensaio sobre a violência simbólica nas organizações. Organizações & Sociedade, Salvador, 16(51), p. 629-646.

Scott, J. (1989) Gender: a useful category of historical analyses. Gender and the politics of history. New York, Columbia University Press.

Souza, E. M. & Carrieri, A. P. (2010) A analítica queer e seu rompimento com a concepção binária de gênero. Revista de Administração Mackenzie, São Paulo, 11(3), p. 46-70.

Downloads

Publicado

15/06/2021

Como Citar

Magalhães, D. K. D., Saraiva, L. A., & Caproni Neto, H. L. (2021). "EU SOU O QUE VISTO": ESTILO, IDENTIDADE E IMAGEM DE JOVENS EXECUTIVAS. HOLOS, 1, 1–18. https://doi.org/10.15628/holos.2020.6865

Edição

Seção

ARTIGOS

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)