AS CONCEPÇÕES DE ADOLESCENTE E AS METÁFORAS “IOIÔ”, “CANGURU” E “NEM NEM” COMO PROCESSOS SOCIAIS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/holos.2018.4101

Resumo

Este artigo tem como objetivo refletir e debater criticamente os meandros relacionados à juventude brasileira, apresentando os desafios e limites desse segmento em um tempo de constantes mudanças.   Trata-se de uma pesquisa qualitativa, utilizando como principais métodos de coleta de dados a pesquisa bibliográfica e o levantamento de variáveis estatísticas junto a grandes bases nacionais oficiais. Entre os principais resultados obtidos, pode-se destacar que o conceito de adolescente está relacionado a uma multiplicidade de temas que vão desde a visão naturalista do adolescente até conceituá-lo como um sujeito histórico e social. Além disso, os títulos denominados “ioiô”, “canguru” e “nem nem” foram analisados enquanto processos sociais que atuam como instâncias simbólicas de reprodução social, refletindo diretamente nos conflitos vividos pelos jovens brasileiro. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Joselaine Andréia de Godoy Stênico, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP Campus de Rio Claro/SP - Brasil

Doutoranda em Educação pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" UNESP - Campus de Rio Claro/SP, Mestre em Educação pela UNESP (2014). Graduou-se em Pedagogia pela UNESP (2011). Pertence à linha de pesquisa Educação: políticas, gestão e o sujeito contemporâneo, atuando principalmente nos seguintes temas: Políticas Públicas Educacionais, Políticas para a Juventude, Gestão Escolar, Educação Profissional, Educação e Trabalho. Juventude e Adolescência.

Joyce Mary Adam, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP Campus de Rio Claro/SP - Brasil

Professora Livre-docente da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Possui doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1996) e livre-docencia pela Unesp. Esteve como acadêmic visitor na Universidade de Cambridge-Uk/Faculty of Education e como professora visitante da Université Picardie Jules Verne-Amiens -França. Realizou estágios de pós-doutorado na França, Universidade de Paris X e naUniversidade Complutense de Madrid,Espanha. E .Pertence à linha de pesquisa Educação: politicas, gestão e o sujeito contemporâneo, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão e politica educacional, teoria organizacional, politicas para a juventude, política educacional e relações de poder e violência escolar. Lider do Grupo de Pesquisa Educação Jovens e Violência e membro do CAREF- Centre Amiénois de Recherche en Education et Formation/ Université Picardie Jules Verne/ França

Referências

Baumann, Z. (2001). Modernidade líquida. Rio de Janeiro, Zahar Editora.

Bock, A. M. B. (2004). A perspectiva sócio-histórica de Leontiev e a crítica à naturalização da formação do ser humano: a adolescência em questão. Cad. Cedes, Campinas. Vol. 24, n. 62, p. 26-43.

Bock, S. D. (2002). A inserção do jovem no mercado de trabalho. In: Abramo, H.W.; Freitas, M. V. de; Sposito, M. P. Juventude em Debate. São Paulo: Contez, 2ª Edição, p. 11-40.

Brasil. Estatuto da criança e do adolescente (1990). Estatuto da criança e do adolescente: Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990, Lei n. 8.242, de 12 de outubro de 1991. – 3. ed. – Brasília : Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações.

Canclini, N. G. (2005). Diferentes, desiguais e desconectados: mapas da interculturalidade. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ.

Charlot, B. (2000). Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artemed.

Coimbra, C.; Bocco, F.; Nascimento, M. L. do. (2005). Subvertendo o conceito de adolescência. Arquivos Brasileiros de Psicologia. Vol. 57, n. 1, p. 02-11.

Hobsbawm, E. J. A era dos extremos: o breve século XX (1914-1991). 2ª Edição, Tradução de Marcos Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

Ibge. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2012). Síntese de Indicadores Sociais. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/>

Ipea. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. (2013). Emprego: Rotatividade de jovem deixa país menos competitivo. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/>

Kehl, M. R. (2004). A juventude como sintoma da cultura. In: Novaes, R.; Vannchi, P. (orgs). Juventude e Sociedade: trabalho, educação e participação. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, p. 89-114.

Machado, M. N. M. (2007). Entrevistas de pesquisa não-estruturadas e semi-estruturadas In: Administração, Metodologia, Organizações, Estratégia. Curitiba: Juruá Editora 2ªed.

Martins, H. H. T. S. (2002). A Juventude no contexto da reestruturação produtiva. In: Abramo, H. W.; Freitas, M. V. de; Sposito, M. P. Juventude em Debate. São Paulo: Contez, 2ª Edição.

Minayo, M. C. S. (2001). Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade. 18 ed. Petrópolis: Vozes.

Onu. Organização das Nações Unidas (2005). World youth report 2005: young people today, and in 2015. United Nations publication, October.

Ozella, S. (2002). Adolescência: uma perspectiva critica. In: Contini, M. L. J.; Koller, S. H. Adolescência e psicologia: concepções, práticas e reflexões críticas. Rio de Janeiro. Conselho Federal de Psicologia, p. 16-24.

Ozella, S.; Aguiar, W. M. J. (2008). Desmistificando a concepção de adolescência. Cadernos de Pesquisa. Vol. 38, n. 133, p. 97-125.

Pais, J. M. (2001). Ganchos, tachos e biscates: jovens, trabalho e futuro. Porto: Âmbar.

Pnad. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. (2011) Microdados. Disponível em:<https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad2011/default_sintese.shtm>

Santos, J. V. T. (1999). Novos processos sociais globais e violência. São Paulo Perspec. Vol. 13, n. 3, São Paulo, p. 18-23.

Souza, C. Z. G. (2004). Juventude e Contemporaneidade: possibilidades e limites. Última Década. Vol. 12, n. 20, p. 47-69.

Takeuti, N. M. (2012). Paradoxos societais e juventude contemporânea. Estudos de Psicologia, 17(3), p. 427-434.

Downloads

Publicado

11/06/2018

Como Citar

Stênico, J. A. de G., & Adam, J. M. (2018). AS CONCEPÇÕES DE ADOLESCENTE E AS METÁFORAS “IOIÔ”, “CANGURU” E “NEM NEM” COMO PROCESSOS SOCIAIS. HOLOS, 2, 276–288. https://doi.org/10.15628/holos.2018.4101

Edição

Seção

ARTIGOS