ANÁLISE DOS IMPACTOS NA VIABILIDADE ECONÔMICA COM A VIGÊNCIA DA LEI 14.300/2022 EM PROJETOS DE GERACÃO SOLAR FOTOVOLTAICA:

ESTUDO DE CASO EM CONSUMIDOR DO RN

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/empricabr.2024.17319

Palavras-chave:

Fovoltaico, Energia, Viabilidade, Lei 14.300/2022.

Resumo

O Brasil vem apresentando um crescimento exponencial no que diz respeito a geração solar fotovoltaica, tendo inclusive ultrapassado a energia eólica, se tornando a segunda maior fonte da nossa matriz elétrica. Isso tudo se deu, inicialmente, devido a Resolução Normativa nº 482/2012, que qualificou o consumidor brasileiro para a produção da sua própria energia. Porém, a Lei 14.300/2022 acarretou mudanças que impactam financeiramente os projetos de Micro e Minigeração Distribuída (MMGD). Assim, como a maioria desse crescimento da energia solar no país ocorreu devido a sistemas de geração residencial e comercial, este trabalho objetiva analisar o real impacto na viabilidade econômica desses projetos, promovendo um comparativo no âmbito pré e pós Lei. Para tanto, foi estabelecido como objeto de estudo a realidade de uma residência e de um comércio, ambos localizados no município de Canguaretama, no Rio Grande do Norte. Para viabilizar a análise foram utilizadas as ferramentas de análise econômica: Valor Presente Líquido (VPL); Taxa Interna de Retorno (TIR); Taxa Mínima de Atratividade (TMA); e Payback. Para os projetos foi possível verificar-se um VPL positivo, porém percebeu-se um aumento no payback de 6 meses na unidade residencial e de 7 meses na unidade comercial, oriundo da diminuição no VPL de R$7.144,53 e de R$53.557,46, respectivamente. Nas duas situações se observou uma TIR maior do que a TMA definida, tanto no âmbito pré como pós lei.

Biografia do Autor

Alexandro Vladno Rocha, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN).

Doutorando em Engenharia Elétrica, Mestre em Engenharia da Produção (UFRN), MBA em Gestão Empresarial (FGV-RJ), Especialização em Redes de Computadores pela (UFRN) e graduação em Engenharia Elétrica (UFRN) Atualmente é Professor e Coordenador do Curso Técnico em Eletrotécnica e do Curso Superior de Tecnologia em Energias Renováveis do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) no Câmpus de João Cãmara. Suas áreas de interesse para pesquisa são: Energia Solar Fotovoltaica, Energia Eólica, Sistemas Fuzzy, Wavelets, Redes Neurais Artificiais, Sistemas preditivos e Sistemas Microcontrolados.

Gabriel Chaves Camboim, IFRN

Formado em Engenharia de Energia pelo IFRN.

Fabrícia Abrantes Figueiredo Rocha, IFRN

Doutora em Administração (UFRN, 2017) e Mestra em Engenharia Elétrica (UFPB, 1998). Licenciada em Formação Pedagógica (IFRN, 2021) e Graduada em Engenharia Elétrica (UFPB, 1995) e em Administração (UEPB, 1993). Ingressou em 2012 no IFRN, estando lotada no Campus Natal Zona Norte, onde também exerce a função de Diretora Acadêmica desde 2020. Atuou como professora de graduação das seguintes instituições: UFPB (1996-1997), UnP (1997-2012), FARN (2003-2012), FAL (2002-2004) e UFRN (2011-2012), tendo também ministrados disciplinas de pós-graduação na UFRN, UnP, FARN e UNI-FACEX.

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Publicado

31-07-2024

Edição

Seção

Artigos