TERRITÓRIO QUILOMBOLA: UMA ANÁLISE DO DECRETO Nº 4.887 COMO MEIO DE GARANTIR O ACESSO LEGAL DO TERRITÓRIO AOS REMANESCENTES DE QUILOMBOS

Auteurs

  • Felício Alves de Azeredo Universidade Federal Fluminense (UFF)
  • Marcia Aparecida Pereira de Melo Universidade Federal Fluminense (UFF)
  • Edimilson Antonio Mota Universidade Federal Fluminense (UFF)

DOI :

https://doi.org/10.15628/geoconexes.2024.14789

Mots-clés :

Territorio, ; territorio quilombola, ; remanentes de quilombos

Résumé

O território é um dos principais conceitos da Geografia, e, ao longo da história, apresentou diferentes significados e funções em áreas do conhecimento distintas. O território quilombola pode ser entendido como o meio que permite às comunidades remanescentes de quilombos perpetuar suas práticas culturais e costumes. O presente trabalho busca analisar os meios legais que possibilitam o acesso do território aosremanescentes. Especificamente, o trabalho buscou analisar o conceito de território, compreender os aparatos que possibilitam a posse do território quilombola, bem como entender os meios que dificultam os processos de delimitação das terras dos remanescentes. Foram realizadas pesquisas bibliográficas e documentais, bem como consultas a trabalhos acadêmicos que tratam sobre o território quilombola. Os resultados da pesquisa apontam que, apesar das políticas que permitem o acesso ao território, há elementos que dificultam a posse.

 

Bibliographies de l'auteur

Felício Alves de Azeredo, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Possui graduação em Geografia pelo Instituto Federal Fluminense (2019); mestrado em Geografia pela Universidade Federal Fluminense - UFF-Campos (2022); pós-graduação lato sensu em Novas Tecnologias Aplicadas à Educação pelo Centro Universitário FAVENI (2021) e pós-graduação lato sensu em Psicopedagogia pelo Centro Universitário FAVENI (2023). Atua como professor de geografia e pensamento computacional da Educação Básica. Pesquisa principalmente os seguintes temas: educação, antirracismo, educação antirracista e racismo.

Marcia Aparecida Pereira de Melo, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Possui graduação em Geografia pela Fundaçao São José (2006) e mestrado em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (2022). Atualmente é professora de geografia (consórcio cederj) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e professora de geografia da Prefeitura Municipal de Laje do Muriaé. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Regional.

Edimilson Antonio Mota, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Professor do curso de Licenciatura em Geografia, do Departamento da UFF Campos, e está coordenador do Programa de Pós-Graduação da mesma instituição. Orienta sobre os temas: Ensino de Geografia Antirracista, Paisagem e Patrimônio Antirracista. Coordena a Ludoteca Camilo José Gomes de experimento estético pedagógico antirracista. É Doutor em Educação pela UFRJ. É licenciado em Geografia, História e bacharel em Artes Visuais. É artista visual.

Références

ABA.Associação Brasileira de Antropologia.1994. Documento do Grupo de Trabalho sobre Comunidades Negras Rurais (Rio de Janeiro, 17-18 de outubro de 1994).

ALMEIDA, Alfredo Wagner B. de. Os quilombos e as novas etnias.In: LEITÃO (Org.). Direitos Territoriais das Comunidades Negras Rurais. São Paulo: Instituto Socioambiental, 1999.

ALMEIDA, Silvio Luiz de. Racismo Estrutural. São Paulo: Pólen, 2019.

ANJOS, Rafael Sanzio Araújo dos. A África, a Educação Brasileira e a Geografia. In: Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal nº 10.639/03. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2005.

ANJOS, Rafael Sanzio Araújo dos; CIPRIANO, André. Quilombola: Tradições e Cultura da Resistência. São Paulo:Aori Comunicações, 2006.

BENEDITO, Vera Lúcia. Cor e territórios na cartografia das desigualdades urbanas. In: OLIVEIRA, Reinaldo José de (Org.). A cidade e o negro no Brasil: Cidadania e território. São Paulo: Ed. Alameda, 2013. p. 95-127.

BRASIL. Lei de Nº601, de 18 de setembro 1850. Dispõe sobre as terras devolutas do Império. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L0601-1850.htm>. Acesso em: 10 de jan. 2021.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 01 ago. 2021.

BRASIL. Decreto Nº 4.887, de 20 de novembro de 2003. Regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata o art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/d4887.htm>. Acesso em: 01 ago. 2021.

CORRÊA, R. L. Territorialidade e corporação: um exemplo. In: SANTOS, M.; SOUZA, M. A de.; SILVEIRA, M. L. (Orgs.). Território, globalização e fragmentação. São Paulo, Hucitec/Anpur, 1994,. p. 251–256.

HAESBAERT, Rogério. O mito da desterritorialização: do ‘fim dos territórios’ à multiterritorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.

INCRA. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.Passo a passo da titulação de territórios quilombolas. Disponível em: http://www.incra.gov.br/passo_a_passo_quilombolas .Acesso em: 05 ago. 2021.

MORAES, Antônio Carlos Robert. Bases de Formação Territorial do Brasil: o território colonial brasileiro no “longo” século XVI. São Paulo: Hucitec,2000.(Estudos Históricos;41).

MUNANGA, Kabengele (Org.). Superando o Racismo na Escola. Brasília: MEC, 2005.

MUNANGA, Kabengele. Origens africanas do Brasil contemporâneo: História, línguas, culturas e civilizações. São Paulo: Globo, 2009.

NEVES, R. P. A.; GANTOS, M. C. A comunidade quilombola de Machadinha em Quissamã/RJ à luz do impacto da indústria de petróleo. UCSal, Salvador, v. 12, n. 3, p. 552-571, 8 a 10 de outubro de 2014.

PALMARES. Fundação Cultural Palmares. Processos abertos por região. Disponível em: <http://www.incra.gov.br/sites/default/files/incra-processosabertos-quilombolas-v2.pdf>. Acesso em: 05 ago. 2022.

RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala. Belo Horizonte: Letramento, 2017. (Coleção Feminismos Plurais).

SCHMITT, Alessanda; Turatti, Maria Cecõlia Manzoli e Carvalho, Maria Celina Pereira De. “A atualização do conceito de quilombo: Identidade e território nas definições teóricas”,2002. Disponível em: <https://www.redalyc.org/html/317/31713416008/>. Acesso em: 05 dez. 2022.

SOUZA, Marcelo José Lopes de. O território: sobre espaço e poder. Autonomia e desenvolvimento. In: CASTRO, I. E. de; GOMES, P. C. da C.; CORRÊA, R. L. (Orgs.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.

Téléchargements

Publiée

30/06/2024

Comment citer

AZEREDO, Felício Alves de; MELO, Marcia Aparecida Pereira de; MOTA, Edimilson Antonio. TERRITÓRIO QUILOMBOLA: UMA ANÁLISE DO DECRETO Nº 4.887 COMO MEIO DE GARANTIR O ACESSO LEGAL DO TERRITÓRIO AOS REMANESCENTES DE QUILOMBOS. Geoconexões, [S. l.], v. 1, n. 18, p. 190–205, 2024. DOI: 10.15628/geoconexes.2024.14789. Disponível em: https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/geoconexoes/article/view/14789. Acesso em: 3 juill. 2024.

Numéro

Rubrique

ARTIGOS