GEOGRAFIA NA ESCOLA E O DIREITO À CIDADE: ABORDAGENS CONCEITUAIS

Resumo

O Direito à Cidade é um conceito que tem sido utilizado discriminadamente por acadêmicos, movimentos e organizações sociais e populares, instituições estatais e organizações não governamentais na América Latina. Este artigo tem como objetivo explorar os significados desse conceito com base na obra de Henri Lefebvre (1969), bem como analisar como ele tem sido problematizado na academia e nos movimentos sociais por meio de obras e casos específicos, a fim de, finalmente, sugerir possibilidades para sua abordagem no campo da geografia nas escolas. O texto faz parte de um processo de revisão bibliográfica no contexto da construção de um estado da arte que relaciona problemas urbanos e geografia nas escolas. Como resultado, fica claro que o Direito à Cidade é um conceito vivo, no sentido de que é objeto de debate e tem sido utilizado no campo da geografia em um diálogo frutífero entre movimentos sociais e academia, com expressões políticas como as Cartas do Direito à Cidade, que mantêm, em grande parte, o significado inicial atribuído por Lefebvre. Esse diálogo acadêmico e político teve repercussões na geografia escolar, tanto em artigos acadêmicos quanto em práticas pedagógicas sistematizadas em Colômbia e Brasil, em torno do propósito de uma geografia socialmente relevante nas escolas.