O USO DO GOOGLE EARTH COMO FERRAMENTA DE APOIO NO ENSINO DA GEODIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/geoconexes.2024.17039

Palavras-chave:

Ensino de Geografia, Geodiversidade, Geotecnologias, Pernambuco

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo apresentar um software gratuito como ferramenta de apoio educacional no ensino da geodiversidade voltado para a temática das geociências, com ênfase na Geografia Física. Este software proporciona uma abordagem lúdica e didática para auxiliar no processo de ensino e de aprendizagem, alinhado com as competências específicas da Base Nacional Comum Curricular e do Currículo de Pernambuco, além de estar em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela ONU. O estudo incluiu um amplo levantamento bibliográfico que explorou a integração das geotecnologias na educação básica. O Google Earth foi identificado como uma ferramenta tecnológica acessível e de fácil manuseio, com grande relevância para o ensino e aprendizagem, pois permite que os alunos realizem análises espaciais do ambiente geográfico de forma virtual. Apresenta-se como uma ferramenta didática viável em sala de aula, uma vez que, por meio dele é possível obter o perfil topográfico na compreensão das unidades morfoestruturais da paisagem, a modelagem em 3D de uma área, acesso às imagens de satélites em riqueza de detalhe, criação de polígonos para delimitação e até mesmo na categorização de uma trilha virtual. Em síntese, essa ferramenta pode contribuir de forma significativa através do viés da ludicidade, e, também, de forma científica, por meios dos conhecimentos teóricos, ao ensino da geodiversidade de um ambiente pré-definido. É importante frisar que sua utilização permite colher resultados muito satisfatórios no estímulo e na aprendizagem por parte do discente, além de transformar a sala de aula em um ambiente de muita interação e cooperação para o fomento do protagonismo juvenil.

Biografia do Autor

Italo Rodrigo Paulino de Arruda, Universidade Federal de Pernambuco/Programa de Pós-graduação em Geociências

Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Geociências/CTG/UFPE. Mestre pelo Programa de Pós Graduação em Geografia - PPGEO/UFPE. Licenciado em Geografia (DCG/CFCH) pela Universidade Federal de Pernambuco. Licenciatura em Pedagogia. Especialista em Metodologia do Ensino da Geografia, Docência no Ensino Superior e em Gestão e Educação Ambiental pela Uniasselvi - Polo Carpina/PE. Estudante de Bacharelado em Geografia - DCG/CFCH/UFPE. Atua na área de Geografia Física. Participante/Colaborador no Grupo de Estudos em Mapeamento Geomorfológico e do Quaternário Continental (GEODEQC) e do Grupo de Pesquisa em Geotecnologias Aplicadas a Geomorfologia de Encostas e Planícies (ENPLAGEO) com ênfase na Geomorfologia do Nordeste. Participante/Colaborador no Grupo de Pesquisa em Geodiversidade de Pernambuco - UFPE e UPE. Tem experiência na área de Geociências (Geografia Física) atuando principalmente com os temas: geomorfologia, geologia, Período do Quaternário, mudanças ambientais, Geopatrimônio, Geodiversidade, Geoconservação, Geoturismo, Ensino, Educação e novas Práticas Pedagógicas.

Gorki Mariano, Universidade Federal de Pernambuco/Programa de Pós-graduação em Geociências

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal de Pernambuco (1981), mestrado em Geology (MSc) - The University Of Georgia - USA (1984) e doutorado em Geology (PhD) - The University of Georgia (1988). Atualmente, é professor Titular da Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Petrologia ígnea. Atua em outras área das geociências, principalmente nos seguintes temas: geodiversidade, geoturismo, geoquimica, Provincia da Borborema (Petrologia ígnea, geoquímica, Geologia estrutural, Anisotropia de susceptibilidade magnética) e mapeamento geológico.

Thaís de Oliveira Guimarães, Universidade de Pernambuco - UPE

Professora Adjunta na Universidade de Pernambuco (UPE/PETROLINA). Doutora em Geociências pela Universidade Federal de Pernambuco. Cursou parte do doutorado em regime de intercâmbio sanduíche na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD - Portugal - Ano de 2015 pela CAPES). Mestre em Geociências pela UFPE (2013). Especialista em Ciências Ambientais pelo CINTEP-PB (2010). Possui Bacharelado e Licenciatura em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba (2009). Possui experiência na área de Geociências, com ênfase em Geografia Física: Geodiversidade, Paisagem e Patrimônio. Trabalha principalmente com inventário do geopatrimônio, estratégias de geoconservação, geoparques, hidrogeografia, turismo sustentável e divulgação das Geociências nos espaços formais e não formais de ensino. Recebeu menção honrosa do prêmio de Teses CAPES 2017, pelo reconhecimento da relevância do trabalho nas geociências e o Diploma de Honra ao Mérito concedido pelo destacado desempenho e Tese no Programa de Pós-Graduação em Geociências durante o período 2008 a 2018 do Programa de Pós-Graduação em Geociências - UFPE. É líder do Grupo de Pesquisa em Geodiversidade, Paisagem e Patrimônio - GPGPP - CNPq. É Coordenadora da Rede de Estudos em Geoeducação, Geocomunicação e Sustentabilidade - REGECOS. Coordenadora do Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores (LIFE - UPE/Petrolina). Professora Permanente no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental (PPGCTA-UPE). Membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco CCR Submédio. Colaboradora do Centro de Geociências da Universidade de Coimbra (CGeo - Portugal). Atualmente é coordenadora do Curso de Licenciatura em Geografia UPE/Petrolina (Gestão 2023-2024).

Danielle Gomes da Silva Listo, Universidade Federal de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação em Geografia

Possui Graduação em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (2005), Mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (2007), Doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (2013) e Pós-Doutorado pelo Instituto de Geografia da Facultad de Filosofía e Letras da Universidad de Buenos Aires (UBA, sob a supervisão da Professora Emérita Dra. Claudia Eleonor Natenzon. É docente da Universidade Federal de Pernambuco e líder do Grupo de Estudos em Mapeamento Geomorfológico e do Quaternário Continental (GEODEQC), vice-líder do Grupo de Pesquisa em Geotecnologias Aplicadas a Geomorfologia de Encostas e Planícies (ENPLAGEO), Coordenadora do Laboratório de Geomorfologia e Geotecnologias (GEOTEC), e Vice-tutora da Empresa Júnior MapGeo Jr. Soluções Geográficas, ambos lotados na Universidade Federal de Pernambuco, onde atua como pesquisadora. Tem experiência na área de Geografia Física, com ênfase em Geomorfologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Geomorfologia do Quaternário, Paleoclimatologia, Cartografia Geomorfológica, Geomorfologia de Ambientes Semiáridos, Vulnerabilidade social à riscos de seca meteorológica, Cartografia de risco; Mapeamentos participativos; Modelos Matemáticos de previsão de riscos e Metodologias para Redução do Risco de Desastres e Técnicas de ERRD (Educação para Redução de Riscos e Desastres). 

Referências

AFONSO, A. E. Contribuições da Geografia Física para o ensino e aprendizagem geográfica na Educação Básica. Revista Educação Geográfica em Foco, [S.l.], v. 1, n. 2, dec. 2018.

ARRUDA, I. R. P. D.; MARIANO, G.; GUIMARÃES, T. D. O. Caracterização do geopatrimônio pernambucano: Análise do índice de geodiversidade do Litoral Norte – Nordeste do Brasil. Revista Brasileira De Geografia Física, 17(1), 709–731, 2024. Doi: https://doi.org/10.26848/rbgf.v17.1.p709-731.

ARRUDA, I. R. P.; GUIMARÃES, T. O. O uso do software Microdem como ferramenta para o ensino de Geografia Física. Revista Ensino De Geografia (Recife), 2(3), 63–79, 2019. https://doi.org/10.51359/2594-9616.2019.242761.

ASSIS, C. A. F; LOPES, C. S. Uso do Google Earth Como Ferramenta de Aprendizagem no Ensino de Geografia. Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE, 2013.

BARBOSA J. A.; NEUMANN V. H.; LIMA FILHO M.; SOUZA, E. M.; MORAES, M. A. Estratigrafia da faixa costeira Recife-Natal (Bacia da Paraíba e Plataforma de Natal), NE Brasil. Estudos Geológicos. 17(2): 3–30, 2007.

BARBOSA, B.; LISTO, F. L. R.; BISPO, C. O. O Google Earth como ferramenta didática para o ensino dos parâmetros fisiogeográficos: aplicação na Chapada do Araripe, Nordeste do Brasil. Revista de Estudos e Pesquisas em Ensino de Geografia, 2022.

BARRETO, A. M. F.; ASSIS, H. B.; BEZERRA, F. H. R.; SUGUIO, K. Arrecifes, a calçada do mar de Recife. Importante Registro Holocênico de Nível Relativo do Mar acima do atual. In: WINGE, M.; Schobbenhaus, C.; Souza, C. R. G.; Fernandes, A. C. S.; Berbert-Born,M.; Sallun. (Org.). SIGEP Sítios Geológicos e Paleobiológicos do Brasil.v. III, p. 1-13, 2010.

BONINI, A. M. Ensino de Geografia: utilização de recursos computacionais (Google Earth) no ensino médio. 2009. 185 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2009.

BRASIL. MEC – Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, 1996. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/cienciah.pdf.>. Acesso em: 12 mar. 2024.

______. MEC – Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – Ensino Médio. Brasília, 2018. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/historico/BNCC_EnsinoMedio_embaixa_site_110518.pdf>. Acesso em: 5 mar. 2024.

______. MEC – Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – Ensino Fundamental. Brasília, 2018.

CRUZ, L. O.; MORAIS, E. G. O uso do Google Earth como metodologia no ensino de cartografia para estudantes do ensino médio. Geoconexões, [S. l.], v. 3, n. 17, p. 4–23, 2024. DOI: https://doi.org/10.15628/geoconexes.2023.14601.

DANTAS, L. A.; TRAVASSOS, L. E. P.; LAUDARES, S.; TRAVASSOS, L. P. O uso do software Qgis em aulas de Geografia nos anos finais do Ensino Fundamental: Relato de experiência de estágio obrigatório. Boletim Alfenense De Geografia, 2(4), 259–275, 2022. https://doi.org/10.29327/243949.2.4-15

EVANGELISTA, A. M.; MORAIS, M. V. A. R.; SILVA, C. V. R. Os usos e aplicações do Google Earth como recurso didático no ensino de Geografia. PerCursos, 18(38), 152–166, 2017. https://doi.org/10.5965/1984724618382017152

FILADELFO, E. B. Novas Tecnologias no processo Ensino-Aprendizagem em Geociências: O uso do Google Earth na Educação de Jovens Adultos. Trabalho de Conclusão de Curso, curso de Especialização em Educação de Jovens e Adultos, Programa de Pós-Graduação Lato Sensu, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, campus Nilópolis, RJ, 2016.

GIORDANI, A.C.C.; CASSOL, R.; AUDINO, D. F. Inserção do Google Earth no ensino de Geografia. In:12° Jornada Nacional de Educação/ 2º Congresso Internacional de Educação, 2006, Santa Maria. Educação e sociedade: perspectivas educacionais no século XXI, 2006

GONÇALVES, A. R.; NOCENTINI A., Iara R.; AZEVEDO, T. S.; GAMA, V. Z. Analisando o uso de Imagens do “Google Earth” e de mapas no ensino de Geografia. Ar@cne. Revista electrónica de recursos en Internet sobre Geografía y Ciencias Sociales. [En línea]. Barcelona: Universidad de Barcelona, nº 7, 2007.

GUIMARÃES, T. O.; MARIANO, G.; SÁ, A. A. A. Roteiros Geoturisticos no Litoral Sul de Pernambuco. Estudos Geológicos, v. 26, n. 3, 2016. DOI: https://doi.org/10.18190/1980-8208/estudosgeologicos.v26n3p1-47.

IPEA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; IBGE –Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Brasília: IPEA; IBGE, 2014.

LIMA, R. N. S. Google Earth aplicado a pesquisa e ensino da Geomorfologia. Revista de Ensino de Geografia, Uberlândia, v. 3, n. 5, p. 17-30, jul./dez. 2012.

LIRA, J. N. Estudo sedimentológico e evolutivo da Coroa do Avião, Itamaracá-PE. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CTG. Programa de Pós-Graduação em Geociências, 2010.

OLIVEIRA, G. P.; BISPO, C. O.; NASCIMENTO, D. A.; SILVA, O. G. O Google Earth™ como uma ferramenta de apoio aos estudos preliminares de geomorfologia fluvial: estudo de caso no riacho de Vila Maria, Garanhuns-PE. Geosaberes, Fortaleza, v. 9, n. 18, p. 1-9, 2018. DOI: https://doi.org/10.26895/geosaberes.v9i18.656.

PERNAMBUCO, Secretaria de Educação e Esportes. Currículo de Pernambuco: ensino fundamental. Secretaria de Educação e Esportes, União dos Dirigentes Municipais de Educação. Recife: Secretaria, 2021.

PERNAMBUCO, Secretaria de Educação. Parâmetros Curriculares para a Educação Básica do Estado de Pernambuco: Parâmetros Curriculares de Geografia – Anos Finais. Secretaria de Educação, CAEd Faculdade de Educação, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, 2013.

REGÔ, E.E.; SERAFIM, M. L. A utilização dos aplicativos Google Maps e Google Earth no ensino de geografia: múltiplas possibilidades. II Congresso Nacional da Educação. 2015.

RIBEIRO, D. Q; LOPES DA CRUZ, W.; FERREIRA ALVES DOS SANTOS, G. I. O uso do Google Earth® como ferramenta de ensino da Geografia escolar. GEOFRONTER, [S. l.], v. 8, 2022.

SILVA, J. S.; GUIMARÃES, T. O. Google Earth Pro e sua aplicabilidade no ensino da Cartografia. Revista Geofronter, Campo Grande, v. 6, p. 01-13, 2020.

SOUSA, I. Geotecnologias aplicadas no Ensino Fundamental II: contribuições da formação de professores de geografia em serviço. Metodologias e Aprendizado, [S. l.], v. 6, p. 127–142, 2023. DOI: https://doi.org/10.21166/metapre.v6i.3116.

SOUSA, L. Bio e Geodiversidade do Gerês: utilização do Google Earth como recurso educativo. Relatório de Estágio, Faculdade de Ciências - Universidade do Porto, 2021.

SOUSA, J. J. O Uso Do Google Earth no ensino de Geografia. CIET: EnPED, 2018.

Downloads

Publicado

02-09-2024

Como Citar

PAULINO DE ARRUDA, Italo Rodrigo; MARIANO, Gorki; DE OLIVEIRA GUIMARÃES, Thaís; GOMES DA SILVA LISTO, Danielle. O USO DO GOOGLE EARTH COMO FERRAMENTA DE APOIO NO ENSINO DA GEODIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA. Geoconexões, [S. l.], v. 2, n. 19, p. 302–327, 2024. DOI: 10.15628/geoconexes.2024.17039. Disponível em: https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/geoconexoes/article/view/17039. Acesso em: 9 out. 2024.

Edição

Seção

NÚMERO ESPECIAL - EDUCAÇÃO, ESPAÇO E AMBIENTE: ABORDAGENS PLURAIS