MEMÓRIA COLETIVA E OS DESASTRES AMBIENTAIS NA CIDADE DO CRATO, CEARÁ
DOI:
https://doi.org/10.15628/geoconexes.2024.17030Palavras-chave:
Desastres ambientais, risco, memória coletivaResumo
A gestão de riscos e desastres envolve ações permanentes para o enfrentamento das ameaças com o apoio institucional e com a participação das comunidades envolvidas, sendo estas ações amparadas na ideia de que os riscos e desastres são distribuídos desigualmente no espaço e atingem diferentemente a sociedade. Para discutir a gestão de riscos situamos na cidade do Crato, no Ceará, a área de risco “Rio Granjeiro”, com o objetivo de compreender os desastres ambientais a partir das memórias construídas pelas pessoas que vivenciaram situações de riscos com as ocorrências de eventos pluviométricos intensos na citada área. Como procedimentos metodológicos consideramos as seguintes ações no campo da história oral: estudos em campo, com visitas às 09 (nove) áreas de risco mapeadas pela CPRM; delimitação da área de risco Rio Granjeiro como campo de estudo por apresentar a maior quantidade de imóveis e de pessoas em situação de risco; estudo em fontes documentais escritas: Plano Diretor do Município do Crato e relatórios da CPRM e do CEMADEN; e pesquisa em fontes documentais orais, com a realização de entrevistas semiestruturadas com 03 colaboradores que tiveram experiências com desastres ambientais. As narrativas dos colaboradores evidenciaram um significativo conhecimento sobre a dinâmica da natureza, das ações humanas e da ausência de poder público, tão necessários ao entendimento das situações de risco, das formas agir e prevenir a exposição aos perigos frente aos desastres ambientais. Expressaram a realidade vivida, o reconhecimento das situações de risco pelo crivo perceptivo e das lembranças e suas repercussões na memória.
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