CONECTANDO SABERES INDÍGENAS, XAMANISMO E COMUNICAÇÃO ANCESTRAL
DOI:
https://doi.org/10.15628/dialektike.2025.19003Resumo
A comunicação é essencial para todos os povos, expressando-se de formas simbólicas que moldam relações humanas, comunitárias e com a natureza. Entre os povos indígenas, ela adquire complexidade ao integrar ciência, arte e espiritualidade em uma dinâmica que envolve tanto seres vivos quanto não vivos, utilizando instrumentos, rituais, cantos, danças e outras ferramentas. Este ensaio propõe aprofundar a noção de Comunicação Ancestral, entendendo-a como uma rede complexa de interações entre seres humanos, natureza e espíritos. O problema central é a invisibilização dos modos indígenas de comunicação e construção de conhecimento, intensificada pela hegemonia do pensamento ocidental. Visibilizar essas práticas da ciência do antigos é urgente para fortalecer a diversidade cultural, repensar a relação homem-natureza-espirito e também oferecer contribuições para pensar as ciências da Comunicação. A hipótese defende que a Comunicação Ancestral é um sistema sensível e complexo, capaz de inspirar novas relações éticas, epistemológicas e ecológicas. Autores como Ailton Krenak, Davi Kopenawa, Marcia Kambeba, Edgar Morin, Lévi-Strauss, Sodré e Conceição Almeida sustentam a importância dos saberes ancestrais para regenerar o planeta. A continuidade das práticas comunicativas indígenas, apesar da colonização e suas violências históricas, revela sua força vital e relevância para as Ciências. Este ensaio pretende ser ampliado e concentrado com a metodologia que inclui análise teórico-crítica de autores indígenas e não-indígenas, escuta de narrativas orais, práticas de experimentação comunicativa sensível e a utilização da Catografia, estratégia pensada por Andrielle Guilherme, para mapear essas práticas. Também propõe o diálogo com tecnologias contemporâneas para atualizar e difundir esses saberes.
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