BREVE ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DA INDÚSTRIA DE CERÂMICA VERMELHA NA COMUNIDADE ESPINHO NO MUNICÍPIO DE LIMOEIRO DO NORTE/CE

Resumen

Na contemporaneidade, as atividades industriais aspiram em sua grande maioria uma agressão ao meio ambiente, especificamente quando é utilizada matéria-prima e/ou outros insumos extraídos diretamente da natureza. Ao estudarmos o desenvolvimento do setor mineiro-cerâmico em nosso país percebe-se que as primeiras constatações estão relacionadas às condições de fornecimento da matéria-prima, pois a cerâmica vermelha exige qualidade desse material e sua extração tem se dado de forma desordenada, comprometendo bases sustentáveis em seu desenvolvimento. A indústria de cerâmica vermelha do Ceará constitui-se basicamente pela organização de empreendimentos de pequeno e grande porte, em sua maioria localizada principalmente na área rural. A pesquisa objetiva de forma mais geral avaliar os impactos ambientais da atividade ceramista na comunidade de Espinho no município de Limoeiro do Norte-CE, de forma específica propõe-se identificar os impactos ambientais decorrentes da produção ceramista e diagnosticar junto às famílias as mudanças no cotidiano de suas vidas com a situação da fuligem que adentra suas casas. Traçando como metodologia a realização de revisões bibliográficas, trabalho de campo, anotações do caderno de campo, breves entrevista com famílias moradoras do entorno e atingidas pela emissão de fuligem como também os registros fotográficos. Vale ressaltar que esse ramo de atividade contribui para uma movimentação considerável desse setor cearense, pois é caracterizado na essência pela sua informalidade no trabalho, com pouca especialidade em sua produção, predominando uma mão de obra sem exigência de qualificação e com uma alta rotatividade no quadro de colaboradores. Mesmo diante desta realidade conclui-se que se faz necessário uma fiscalização mais rígida dos órgãos de competência ambiental quanto ao funcionamento e localização das indústrias de cerâmica vermelha, pois a pesquisa em curso aponta impactos ambientais que ocorrem desde a extração do material predominante (argila), como também as questões que envolvem a saúde humana como é o caso das famílias da comunidade de Espinho que residem no entorno da cerâmica e sofrem com a emissão de fuligem pela queima dos fornos.